Deserto da Namíbia – Solitaire, Sesriem e Sossusvlei

O deserto da Namíbia é certamente um dos lugares mais incríveis que visitamos! É imperdível e tem que ser encaixado em qualquer roteiro!

Com mais de 55 milhões de anos (o mais antigo do mundo!), o deserto da Namíbia possui uma diversidade de elementos que o torna único! O contrataste de cores é o primeiro ponto que chama atenção: a areia tradicional branca do deserto de repente some e dá lugar à magnífica areia vermelha (se não acreditar, olhe as fotos ;)), que formam dunas gigantescas, nas quais é permitida a subida (ou a tentativa rsrs, já que essa não é uma tarefa fácil).

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Rafa e as dunas 😉  Vejam o contraste da areia vermelha das dunas e a areia normal do solo.

A mais alta delas chega a 325m de altura! Apenas como uma referencia, o Empire State em Nova Iorque possui 383m! Relataremos esta experiencia logo mais abaixo!

No meio deste contraste de cores, ao caminhar pelas dunas, é possível também encontrar um dos mais belos animais africanos: o Oryx, animal símbolo do país. Pois é, não nos perguntem o que ele está fazendo ali, mas nos deparamos com um bom número deles vagando por lá.

 

A macro-região onde há a entrada do parque nacional (Parque Namib-Naukluft) e as principais dunas é chamada Sesriem. Uma vez no parque, a principal área de dunas é conhecida como Sossusvlei. E é escondido entre as dunas de Sossusvlei que se encontra um dos locais mais incríveis não só da Namíbia, mas do mundo: o salar Deadvlei! E não bastasse tudo isto, é nas proximidades deste deserto que nos deparamos com a cidade mais charmosa da África, Solitaire.

Mas vamos por partes…

Viemos para Sesriem a partir da também belíssima cidade litorânea de Swakopmund, levando praticamente o dia todo de viagem, mas passando por diversas atrações (veja aqui)!

Chegamos em Solitaire por volta das 17h00 . Puro charme! Uma micro-cidade composta de um posto de combustível, uma pousada, uma padaria e diversos cactos e carros antigos abandonados! Presa fácil para as lentes de nossa Canon com a luz alaranjada do por do sol! Além de super charmosa, a cidade é uma parada obrigatória, já que tem o único posto de gasolina no raio de 200km e é lugar com a melhor padaria de toda viagem, a Mc Gregor’s Bakery, com a torta de maça mais famosa do país.

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A cidade toda em uma foto: lodge, posto e padaria!
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Padaria delícia!
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Carros antigos abandonados dando charme à cidadezinha!

Neste dia, decidimos dormir 30 minutos depois de Solitaire e cerca de 40 minutos do portão de Sesriem, em um leito de rio seco chamado Agama River Camp, onde durmimos logo ao lado de alguns Oryx e um chacal. Recomendamos!

No outro dia, seguimos então ao tão esperado dia em Sesriem e Sossusvlei!

Dica: Para pegar o famoso nascer do sol do pico de alguma duna, é necessário dormir no Sesriem Campsite, dentro do parque, já que é impossível entrar na reserva e chegar à duna antes dos primeiros raios de sol. No verão (Setembro a Março), o portão abre as 6h00 e no inverno abre por volta das 06h45.

Em termos de estrutura, é possível ficar dentro dos portões do parque em um camp/lodge coordenado pela NWR (Sesriem Camp). Tal como os campings gerenciados por eles no Etosha, a estrutura precisa ser revitalizada com urgência… além disso, a área de camping  fica em um areião fundo, no qual é necessário acionar o 4 x 4.

Chegamos nos portões por volta das 09h00 e seguimos a uma atração menos visitada, mas que vale a pena: o Sesriem Canyon.

O local é um canyon estreito e profundo, no qual é possível descer e caminhar (embora mal sinalizado… chegamos antes que qualquer outra pessoa e ficamos meio perdidos se era ou não o local certo e como descer para o leito). Passeamos e aproveitamos a tranquilidade deste lugar por cerca de 1 hora. O destaque é as fendas que se fecham em algumas regiões e permitem a entrada de poucos raios de sol.

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Olá sombra

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Seguimos deserto adentro para a região das dunas vermelhas e salares! Das dezenas de dunas no local, destacam-se: Ellim Dune, Dune 45 e a area de Sossusvlei composta pela Big Daddy, Big Mamma e Deadvlei. Cada uma tem seu próprio charme e recomendamos passar em todas elas.

Iniciamos a jornada seguindo direto a Sossusvlei! As estradas são asfaltadas dentro da reserva até à entrada de Sossusvlei, onde a diversão começa! O 4×4 a partir daqui é obrigatorio e percorremos cerca de 5 divertidos kms de areia funda. Não dêem bobeira, acelerem de modo constante, desviem dos carro atolados, e não terão problemas.  🙂

Dica: Se não tiver 4×4, não se preocupe, há transfers pagos de locomoção ou se preferir, caminhe cerca de 40 minutos (chegue cedo, fazer caminhada no deserto ao meio dia não é legal).

De lá, caminhamos debaixo de cerca de 40ºC no deserto passando por alguns pequenos salares até atingir o famoso e magnifico Deadvlei, composto de inúmeras acácias pedrificadas e cercado por dunas gigantescas. O lugar é fantástico, muito fotogênico, uma verdadeira pérola escondida em um deserto que por si só já é único e magnífico!

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Deadvlei!  *.*

Depois de pensarmos e repensarmos, afinal eram 13:00 e estávamos com sede, calor e fome, decidimos subir a duna. E nada mais, nada menos que maior duna do lugar e uma das maiores do mundo: a Big Daddy! É claro que nem nos nossos sonhos iriamos até o ponto mais alto dos seus 325m, mas atingimos o seu topo intermediário e caminhamos uma ou duas centenas de metros nela até pararmos para deslumbrar aquela paisagem. Cercado por salares, as arvores mortas do Deadvlei pareciam insignificantes lá de cima. Imperdível! Tome coragem e suba!

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Olha isso! S2

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Mas a fome e o sol chegaram ao limite e retornamos ao carro onde fizemos um lanchinho. Diga-se de passagem, foi o único lugar da Namíbia que fomos explorados. Um gurda do parque decidiu fazer uma inspeção em nosso frigobar e decidiu confiscar nosso presunto e uma coca-cola… rsrs

De lá, seguimos entre as dunas até a nossa próxima parada, a duna 45! Ela possui este nome por esta a exatos 45km do portão de entrada da reserva de Sesriem (por isso que disse que é impossível ver nascer do sol lá de cima se não dormir dentro de Sesriem) e, assim como a Big Daddy, possui paisagens espetaculares para qualquer lado que se olhe do topo dela.

 

Levamos cerca de 40 árduos minutos para subir até um local que achamos adequado para sentarmos e aproveitarmos a próxima hora de cara para o vento, só relaxando e curtindo as paisagens. Muito mais divertido do que subir, é a hora de descer em que brincamos de escorregar, pular, correr nas areias vermelhas até atingir a base novamente.

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Vejam o tamanhozinho dos carros lá na base!
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Inclinação absurda!

Já por volta das 16h00, fomos conhecer nosso local de camp à beira do deserto. Mais um da rede NWR,  não possuia lá as melhores estruturas, tudo meio antigão, mas nos propiciou um momento especial à noite: uma briga de gazelas machos, com direito a diversas cabeçadas e uma perseguição alucinante dentre os camps.

Aah, mas antes desta briga, ainda deu tempo para ir a Ellim Dune! A cerca de 5km no camp, decidimos subir até o seu topo para apreciar o por do sol com uma bela garrafa de vinho. O inesperado foi que demoramos cerca de 1 hora de subida na areia fofa (pensamos que seriam poucos minutos de caminhada). A vista é ok, mas o por do sol não é tão espetacular como deve ser da Duna 45 (ficamos com medo de não dar tempo de chegarmos ao camping antes do fechamento dos portões, deveríamos ter arriscado).

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Por do sol na Ellim Dune.

No próximo dia, haviamos planejado de acordar as 04h00 para seguir para a escalada na Duna 45 para apreciarmos os primeiros raios de sol do dia transformando a imensidão em vermelhidão (o motivo para termos dicado dentro de Sesriem). Entretanto, fomos surpreendidos por uma rajada forte de vento (a ponto de ficarmos com medo da barraca voar do topo do carro) neste horário e consideramos que não teríamos condições de caminhar até o topo, abortando a missão. Fica para a próxima.

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Se um ventinho de nada faz isso, imagina o vendaval.

Neste dia, nosso destino era qualquer lugar próximo à fronteira da Botswana, nosso próximo destino! Mas antes disso, passamos novamente em Solitaire com um proposito: tomar um delicioso café da manha na Mc Gregor’s Bakery! Capuccinos e deliciosos doces fazem parte da bancada da pequena padaria, mas foi a tradicional torta de maça que forrou muito bem nossos estômagos. Uma das melhores coisas que comemos na África, e olha que não gostamos de torta de maça!

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Melhor torta de maça da vida!

Foram dois dias de paisagens inesquecíveis e que novamente super recomendamos a visita! Assim como o Etosha, é imperdível a visita aqui caso viajem para Namibia!

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Sossusvlei: simplesmente incrível!

3 comentários sobre “Deserto da Namíbia – Solitaire, Sesriem e Sossusvlei

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