Singapura em um dia

Singapura (ou Cingapura, ambas as grafias estão corretas) é uma cidade estado muito organizada e economicamente importante, fazendo parte dos chamados Tigres Asiáticos. Cerca de 5 milhões de pessoas habitam a cidade, sendo que pouco mais de 2 milhões nasceram lá. Como a cidade é composta basicamente por imigrantes e filhos de imigrantes, são 4 os idiomas oficiais! Só com base nesses números já dá para ter uma idéia do caldeirão cultural que a metrópole oferece.

Como a pegada da nossa viagem era mais cultural e histórica, decidimos não usarmos muito do nosso tempo e ficamos 24 horas na cidade. Para nós, foi o suficiente. O Rafa gostou bastante, ficaria mais, eu, Camila, achei que foi o tempo ideal.

Dica útil: antes de desembarcar na cidade, leia sobre as leis locais. Demonstrar afeto em público ou mascar chicletes são proibidos (entre outras coisas) e podem render multas ou até chibatadas! Além disso, não saia sem seu lenço umedecido e álcool em gel. Embora a cidade seja ultra-moderna, no bairro indiano é quase impossível encontrar papel higiênico!

TRANSPORTE E HOSPEDAGEM

Singapura é uma cidade que conta com ampla rede de metrô. Para sair do aeroporto, pegue o metrô nos Terminais 2 ou 3 (linha verde) e siga para a cidade:

Linha Violeta = Harbour Front (Sentosa Island / Universal Studios) + Chinatown + Clarke Quay + Little India

Linha Vermelha = Marina Bay Sands Cassino + City Hall + Funan Mall + Orchard Road + Novena

Linha Verde = Aeroporto + City Hall + Chinese Gardens + Arab Street + Buggis Street

Mas atenção ao horário de chegada do seu vôo!! O metrô fecha meia noite, mas quando alguma linha esta em manutenção, ele fecha as 23:00! O mais engraçado é que pegamos o metrô as 23:00 no aeroporto e, do nada, ele parou duas estações a frente e os funcionários começaram a gritar que tínhamos que sair, que o metrô estava fechando! Bizarro! Ficamos perdidos no meio da cidade, disputando um taxi com outras dezenas de pessoas na mesma situação.  Pelo menos o taxi não é muito caro por lá…

Ficamos hospedados na rede Hotel 81, que não é lá grandes coisas, mas tem hotéis com boa localização e a um preço bem menor que o praticado no restante da rede hoteleira local (depois descobrimos que as pessoas só vão a essa rede para fazerem “negócios”, por assim dizer… basicamente, dormimos em um motel sem saber).

O QUE VISITAR:

Arab Street: o bairro árabe é bem bacana, tem muitas lojas de tecidos (incríveis, tecidos riquíssimos como nunca vi antes) e de perfumes sem álcool, que são uma ótima lembrancinha, se você tiver alguns dólares pra gastar. Além disso, são muitos os restaurantes típicos, todos muito agradáveis e limpos. Encaixe a visita ao bairro perto da hora do almoço!! No bairro fica ainda a grande Mesquita do Sultão. A construção é muito imponente e visitantes são bem vindos (eles inclusive emprestam roupas, caso você esteja com ombros de fora).

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A imponente Mesquita do Sultão.

É bacana observar as diferentes culturas convivendo no bairro, vale a pena!

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Caldeirão cultural da Arab Street.

Chinatown: na estação de metro de  Chinatown, busque a saída A com direção a Pagode Street, a principal rua da super limpa e organizada Chinatown de Singapura. Ande pela rua e observe as casinhas típicas em estilo chinês. Próximo ao fim da rua (que é bem curtinha), será possível observar o muro do templo hindu Sri Mariamman, cuja entrada fica virando a direita, na South Bridge Road. Esse templo tem esculturas bem bonitas e coloridas, ao estilo indiano. A entrada é gratuita, mas é necessário pagar 5 dólares de Singapura para fotografar. Ainda na South Bridge Road, voltando no sentido da Pagode Street, há a Mesquita Jamae, que é relativamente grande e tem um estilo arquitetônico diferente das mesquitas tradicionais. A entrada também é franca e eles emprestam uma espécie de capa para as mulheres. Depois, retornamos em direção ao Sri Mariamman e viramos na primeira rua a direita, chamada de Temple Street, que se transforma, no final do dia, na Chinatown Food Street. Passeie pelas ruas transversais também. De modo geral, o passeio todo vai demorar entre 1 e 2 horas, a Chinatown de Singapura é bem pequena e descaracterizada… vale a passagem mesmo pelos templos e mesquitas que ficam nos arredores.

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Fachada do templo Sri Mariamman

 

Buddha Tooth Relic Temple: quase saindo de Chinatown, ainda pela South Bridge Road, há o grande e lindíssimo Buddha Tooth Relic Temple. Imponente por fora e magnífico por dentro, o templo é bem diferente de todos os outros que visitamos na Tailândia/Camboja/Vietnã e mistura imagens de Buda com imagens de deuses hindus, tudo em meio ao mais absoluto luxo. A entrada também é franca e há um cesto com lenços para quem estiver vestido com roupas sem manga, não deixe de visitar!

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O rico Buddha Tooth Relic Temple.

Little India: um pouco maior que Chinatown e Arab Street, o bairro indiano nos passou a impressão de ser o mais legítimo dos três em termos de apego às tradições. A rua principal do bairro é a Serangoon Road, uma rua de comércio onde é possível encontrar temperos, incensos, roupas e filmes indianos. Não deixe de entrar nas pequenas lojas e explorar os produtos legitimamente indianos (que muitas vezes você não tem idéia de para que servem)!! Nessa rua ainda ficam o Tekka Market Centre (mercado de secos e molhados) e o templo hindu Sri Veeramakaliamman Temple. Dizem que o templo é lindo, mas não conseguimos entrar, já que o templo fecha das 12:30h às 16h! Outra rua ótima para comprar coisinhas, é a Buffalo Road. Siga pela Seragoon Road até o cruzamento com a Syed Alwi Road, onde se encontra o Mustafa Centre, uma enorme loja de departamentos. Nós almoçamos por lá, na Komala’s, uma espécie de fast food indiano. Pedimos um dosai, um tipo de panqueca gigante que você mergulha em quatro molhos, servidos em baldinhos comunitários (sim, passei mal).

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Dosai e os baldinhos comunitários de molho: sabor e salmonela em uma refeição!

 

A locomoção entre Arab Street, Little India e Chinatown pode ser feita de metrô ou a pé. Fomos andando e os locais são relativamente perto um dos outros.

Marina Bay: para chegar até lá, é possível ir andando a partir de Little India (um pouco longe, mas possível) ou pegue o metrô até o City Hall ou até o Marina Bay Cassino. É na marina onde fica a famosa roda gigante, o hotel Skypark (o icônico prédio com um barco em cima), parte da pista do GP de F1 e o símbolo máximo da cidade, o Merlion. A partir do deck de observação do Merlion, é possível ter uma vista bem legal da quantidade e imponência dos prédios da cidade. De lá, fomos andando, passando pela pista de F1 e pela roda gigante, até o Skypark, cujo lobby é aberto ao público. Também é possível subir até o topo, no navio, onde existe um restaurante e uma piscina com borda infinita (mas atenção, só é permitida a subida de quem disser que vai no restaurante… e lá uma água custa 15usd!).

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Nos despedimos da Ásia com esse passeio rápido, mas eficiente, pela moderna Singapura e, as 23:00, pegamos nosso avião de volta para a casa!