Onde se hospedar na Europa?!? Como locar?!?

Hoje vou falar um pouco sobre as acomodações na Europa!  Vamos focar nos países em que nos hospedamos em dezembro do ano passado (2014): Áustria, Suíça, Itália e Hungria.

Como o propósito da nossa viagem era passar grande parte dos dias turistando nas cidades, procuramos hotéis/hostels/apartamentos/guest houses/ Bed and Breakfast (B&B)  que oferecessem um bom preço e condições aceitáveis de estadia.

E afinal, qual a diferença entre eles?

– Hostels: existem aqueles que só oferecem opções de quartos coletivos (hospedagem de várias pessoas por quarto) e também os hostels que disponiblizam quartos privativos.  Nestes últimos, não notamos qualquer diferença quando comparado a um hotel! E o mais importante: esta diferença também não foi notada de forma significativa no preço!!! Nosso primeiros instinto ao iniciar nosso planejamento de viagem, foi reservar hostels com quartos coletivos, entretanto, pesquisando os preços, percebemos que nem sempre é economicamente vantajoso (parece loucura, mas é verdade!). É claro que se você estiver sozinho, um quarto coletivo será imbatível, mas para duas pessoas o preço do quarto individual sai quase o mesmo preço. Vale a pena pesquisar com cuidado e fazer as contas.

– Guest house: são quartos (suítes) locados por um dono/morador. Geralmente os donos oferecem também café da manha. Tivemos uma ótima experiência nos Guesthouses que ficamos (donos super cuidadosos e receptivos)! Além disso é uma oportunidade super bacana para pegar dicas de locais menos turísticos da cidade, especialmente restaurantes – o que geralmente garante comida boa, tradicional e a um preço mais em conta.

– B&B: muito parecido com o que conheçamos como pousadas. Os cafés da manhã tendem a ser caprichados e os donos simpáticos.

– Apartamentos: muitos dos apartamentos funcionam com hotéis, com portaria 24h para pegar as chaves. Mas preste atenção: quase todos cobram taxa de limpeza adicional de 50-70 EUR por locação!!! Leia muito bem os “detalhes” antes de locar. No apartamento que ficamos, não tivemos que pagar a taxa, mas lavamos a louça, levamos o lixo no incinerador, etc…

Como pesquisar e alugar?

Todos nossos alugueis foram realizados no site “booking.com”, que se mostrou com os melhores preços na época que fizemos a locação. Não tivemos nenhum problema em qualquer um dos 10 lugares que ficamos hospedados durante nossa viagem e, por isso, passamos a recomendar e confiar no site!

Outra vantagem é a facilidade para alugar, sem a necessidade de dar informações pessoais em excesso, e as opções de cancelamento sem taxas (disponíveis para a maioria dos locais). Usamos bastante o recurso de cancelamento durante nosso planejamento – sempre ficávamos de olho e, se algum hostel mais bacana entrava em promoção, cancelávamos o anterior – e não tivemos nenhum problema.

(Atualização-2016) Recentemente, houve a popularização de ferramentas de busca conjunta (agrupadores, como o Trivago, que comparam preço em vários sites de reserva). Essas ferramentas são boas, mas fique atento: nem sempre o site com “melhor preço” é realmente o site com melhor preço, visto que muitos omitem as taxas de serviço, 10% de impostos e outras coisas para ficarem no topo da lista de mais baratos. Novamente, leia todos os detalhes antes de reservar! Continuamos preferindo o Booking pela transparência, possibilidade de cancelamento e pagamento direto para o hotel (na maior parte das vezes).

Algumas dicas de selecionar o melhor custo benefício

– Quanto antes alugar, mais barato você vai pagar!

– Procure por hospedagens com vários comentários (>50) e leia-os.  Faça seu próprio filtro, de acordo com o quer você julga importante.  Mas acredite, se há mais de 5 comentários dizendo que a água do chuveiro não esquenta, ela realmente não vai esquentar!!! Em conjunto com os comentários, avalie a nota geral: locais com nota maior que 8 costumam não terem grandes problemas.

– Olhe no mapa da cidade onde o hotel é localizado antes de reserva, dê preferência para locais próximos ao centro e a metrôs. As vezes é melhor pagar um pouco a mais pela facilidade de locomoção (colocando na ponta do lápis, tende a valer a pena).

– Novamente, leia bem os detalhes da sua locação (se está incluído café, wifi, se há alguma taxa adicional – como, por exemplo, taxa de limpeza ou imposto de cidade-, se o quarto tem banheiro privativo ou coletivo) para não ter surpresas na hora que chegar, ou pior, na hora de pagar!

– Como comentado no post sobre “Como alugar carro na Europa?”, clique aqui para lê-lo, filtre pelos hotéis que tem estacionamento, pois é uma forma boa de economizar um dinheiro de parquímetros ou estacionamento privativo, caso esteja de carro.

– Particularmente, recomendamos locais que ofereçam café da manhã. Parece frescura, mas faz diferença na disposição acordar e tomar um café reforçado. Além disso, você economiza o tempo que gastaria procurando uma padaria ou um café e, economicamente falando, tende a ser bastante vantajoso.

Nossa experiência

Contando um pouco sobre as experiências que tivemos, a Áustria, em geral, apresentou hotéis/hostel aconchegantes. No interior, há um ar mais rústico e o que predomina são as belas paisagens dos Alpes. Já na capital, Viena, os hotéis de redes internacionais são mais prolíferos.

Viena – Ibis Wien City: é um Ibis. A região do hotel (Schönbrunn) é um bairro mais antigo, um pouco decadente comparado com outras regiões, mas apresenta hotéis com excelentes custo-benefício e fica bem perto de atrações (palácio de Schönbrunn) e de metrôs – 72EUR.

Viena – Urban Resort Viena: também localizado no bairro de Schönbrunn, é um dos hotéis, que apesar do nome (resort), não recomendamos. O quarto é limpo, confortável, mas há muito barulho. Uma espécie de bordel “pizzaria” do lado realmente incomoda até umas 02-03.00! – 60 EUR.

Längenfeld – Guesthouse Helga: esse foi um lugar especial. No meio dos Alpes, uma casinha com alguns quartos e uma dona extremamente receptiva. Café da manha típico com música típica e um quarto confortável. Precisa de mais? – 60 EUR.

Bela vista da varanda do Guesthouse de Langenfeld. No fundo, a cerca de 3200m, está a área de ski.
Bela vista da varanda do Guesthouse de Langenfeld. No fundo, a cerca de 3200m, está a área de ski.

Kappl – Guesthouse Garni Montana: encontramos outra austríaca muito receptiva! O vale magnífico combina com este hotelzinho charmoso, que se preocupa com os mínimos detalhes (tocas, algodão, cremes fornecidos gratuitamente) – 50 EUR.

Varanda do quarto em Kappl. Fantástico né?
Varanda do quarto em Kappl. Fantástico né?

Indo para Suíça, concluimos que a fama de país caro para se viajar é bastante verdadeira!  Hotéis bem localizados apresentam um preço elevado e, mesmo os mais simples, também são caros, oferecendo pouca comodidade.

Lucerna – Ibis Kriens : Um pouco afastado do centro, exige um carro. Padrão Ibis. – 103 CHF.

Davos- Apartment Village Solaria: Muito caro (a cidade é cara)! Não é cobrado taxa de limpeza, mas exigem que deixe o quarto brilhando após estadia. Pelo menos teve neve, vide o post aqui – 91 CHF.

Uma bela surpresa acordar e quando ir pegar o carro no estacionamento do apartamento encontrar o mundo branco.
Uma bela surpresa acordar e quando ir pegar o carro no estacionamento do apartamento encontrar o mundo branco.

Ahh, a bela Itália! O país sofre com acomodações bem antigas que realmente chegam a incomodar. Tivemos algumas experiências negativas de hospedagens, mas aparentemente este é o padrão do país.

Bolonha- Hotel Fiera: um hotel low cost, cerca de 5 km do centro (suamos para chegar ao centro, mas deu para ir a pé), mas de fácil acesso. Um cheiro forte de cigarro pode ser sentido nos corredores encarpetados. O quarto, apesar de grande, também cheirava um pouco a bolor. Não recomendo! -41 EUR

Florença – Hostel Plus Florence: neste hostel pode-se sentir uma energia muito bacana! Um belo de um sagão com atividades de entretenimento, tudo muito limpo e organizado. Dividimos o quarto com mais 4 pessoas: não houve barulho nem nada a reclamar.  Faltou apenas privacidade mesmo e um banho para um dos coleguinhas  –  31 EUR.

Siena – B&B La Verbena: Esse daqui é um charme. Casal de donos simpáticos, uma bela vista dos campos da Toscana, café da manhã fora do comum e um quarto muito aconchegante! Ele não fica dentro de Siena (que é uma cidade muralhada), mas recomendo muito ficar nesse local (é bem concorrido no Booking!) – 42 EUR.

Roma – Residence Villa Tassoni: Mais uma decepção da Itália. Hotéis e hostels em Roma são muito caros e então procuramos algum que não ficasse exatamente no meio dos pontos turísticos, mas algo próximo ao metro (10 minutos a pé) e Vaticano (20 minutos). O quarto era extremamente mofado, paredes verdes (e não é exagero!), apesar da boa nota no Booking.  Acho que não demos sorte com o quarto, sugiro tentarem outro – 40 EUR

Veneza – Hotel Al Malcanton: Outra sorte grande! Realmente gostei muito desse hotel. Não começamos muito bem (tivemos que ligar para o dono e esperarmos 15 minutos para ele vir abrir a porta principal), mas depois nos surpreendemos com a limpeza e decoração do quarto – típico estilo antigo italiano, mas de bom gosto. Um bom preço de hotel na ilha e tem uma localização perfeita para se perder pelas ruelas da lindíssima Venice – 49 EUR

Na esquina de nosso hotel, passava esta avenida. Será que tinha barulho?
Na esquina de nosso hotel, passava esta avenida. Será que tinha barulho?

Por fim a Hungria! Budapeste tem centenas de hostels muito bons e baratos no coração da cidade, devido a moeda desvalorizada.

Budapeste – Urban Life Budget Hostel: Boa localização, boa recepção, bom quarto. Tudo o que é necessário para curtir Budapeste! – 46 EUR

Como puderam ver, há uma certa variação de preço e de tipos de acomodação entre os países e entre as cidades do mesmo país. Acredito que quanto menor a cidade, mais aconchegante será o hotel e, então, caso tenham oportunidade, aproveitem as pequenas cidades e vilas fora da rota tradicional! Em geral, não se preocupem, ficamos em hotéis bem baratos e quase todos atenderam nossas expectativas. Novamente, repito que é importante ler muito bem os comentários do Booking antes de locar, realmente espelham o que é o hotel! Boa viagem!

Ah, e ao retornar da viagem, reserve um tempinho para avaliar os hotéis nos quais ficaram, a retroalimentação dos feedbacks ajudarão outros viajantes!  😉

De carro pela Europa

Ao planejarmos a nossa Euro trip, consideramos dois meios de transporte a serem utilizados na viagem: trem ou carro.

Claro que há diversas vantagens e desvantagens de cada meio. Em resumo, o trem é muito interessante para quem pretende conhecer as grandes cidades europeias e para quem viaja sozinho, uma vez que o custo de um pacote individual “Eurorail Global Pass” acaba sendo inferior ao aluguel de um carro.

Já o carro é uma opção para aqueles que gostam de flexibilidade. Não é necessário se preocupar com os horários de saída e sempre é possível dar aquela esticadinha naquela cidadezinha que mais gostou. Além disso, para duas pessoas, o preço do carro se aproxima muito de dois tickets (Eurorail) de trem.

O fator decisivo para a nossa tomada de decisão foi a flexibilidade que o nosso roteiro exigia. Como pretendíamos subir os Alpes para esquiar (Langenfeld e Sölden), passear por vilas aconchegantes (Kappl e Feldkirch) e realizar um tour pela Toscana (nesta, o aluguel de carro é item obrigatório!), o carro foi a opção escolhida (e não nos arrependemos em momento algum!). Além disso, o custo de 18 dias de carro acabou saindo praticamente equivalente ao custo de duas passagens de trem + aluguel de carro na toscana. Notem que estamos considerando o gasto com combustível, pedágios e estacionamentos nessa cálculo!

Outra motivação para quem, assim como eu (Rafael), é apaixonado por carros é a excelente malha viária e as belas paisagens européias. Digo, honestamente, que foi um grande prazer dirigir os cerca de 4000 km pela Europa.

Qual carro locar?

Isto depende do número de pessoas e da duração de seu roteiro. Considere um carro hatch se as bagagens não forem muito grandes. Acredite, quando você for a Roma e procurar lugar para estacionar, agradecerá por estar com um carro pequeno.

Outra dica é escolher um carro que seja confortável para toda sua viagem e que seja econômico. Neste quesito, recomendo a locação de um veículo movido a diesel.

Optamos por um Golf VII TDI 1.6L, que atendeu a todas nossas expectativas: muito econômico (20km/L),  confortável e conseguia facilmente enfrentar as estradas íngremes dos Alpes. O preço da diária foi de 35 EUR / dia (final de 2014).

Um detalhe é que a maioria dos carros na Europa não possui entrada USB (e olha que eles são bem mais modernos que os nossos!). Assim, experimente as rádios locais, faça sua própria playlist no smartphone ou grave um CD. Nós havíamos levado um pendrive com várias trilhas sonoras e acabamos um pouco frustrados por não podermos utilizar, entretanto, isso fez com que ouvíssemos as rádios locais, o que acabou criando memórias associativas muito mais interessantes.

Dica: aluguel de carros é igual comprar passagem aérea, quanto maior a antecedência mais barato é!!!

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“Nosso” Golf nos Alpes.

Locadora

Escolhemos a Europcar, pelo singelo motivo de apresentar um carro confortável pelo menor preço. Realizamos a locação pela internet e foi muito simples retirar o carro no nosso primeiro destino (Viena). Foi necessário apenas apresentar a CNH (junto com a  Permissão Internacional)  e pegar a chave do veículo. Solicitaram para andarmos um quarteirão até a garagem da locadora, onde o carro já estava sendo revisado pronto para a viagem. Vale a pena pesquisar também na Avis, Hertz, CardelMar.

Dicas úteis:

– Evite locar o carro em estações ferroviárias e aeroportos (acrescenta-se um valor de cerca de 60 EUR para retirar carros nesses locais);

– Evite locar o carro em um país e deixá-lo em outro (acrescenta-se cerca de 200 EUR na locação de veículo);

– Caso tenha um cartão da Accor Hotels (e caso não tenha peça gratuitamente no site), utilize o site da Europcar/Accor (https://microsite.europcar.com/leclubaccorhotels/) para conseguir descontos na locação;

– Caso tenha um cartão Visa Platinum ou Mastercard Platinum, não é necessário a locação de nenhum seguro adicional (isso vale também para seguro viagem, o que ajuda a economizar um valor considerável). Vale muito a pena conversar com seu gerente e estudar a possibilidade de migrar para um cartão tipo Platinum antes de viajar;

– Consulte os países que sua locadora permite a circulação de veículos (https://www.europcar.pt/termos-condicoes-gerais-de-aluguer);

– Evite fazer locação do GPS (é caro!). Recomendável adquirir um aplicativo para seu Smartphone. Assim, poderá usufruir do seu aplicativo também em uma próxima viagem para Europa. Veja  mais detalhes abaixo, no tópico sobre aplicativos de GPS;

– Alugue correntes de neve durante o inverno, pois na maioria dos países europeus, é obrigatório possuir este item no porta-malas (aprenda a colocar no https://www.youtube.com/watch?v=Wh3gV-nrvaE, ou peça para lhe ensinarem na hora da locação);

Rodovias e pedágios

Trafegamos por 5 países diferentes e a conclusão foi: as estradas europeias são realmente muito boas!

Iniciando pela Áustria, que cortamos Leste-Oeste e Norte-Sul, o limite de velocidade nas auto-estradas é de 130km/h e a velocidade deve ser reduzida conforme a indicação da pista e nos túneis. Estradas secundárias te levam para paisagens fascinantes (vide post sobre Kappl) e, apesar destas estradas menores terem pista simples, são bem conservadas e seguras. Neste país, é necessário a utilização do selo para transitar (Vignette). Entretanto, como alugamos o carro no próprio país, não foi necessário adquirir um.  Me lembro de ter parado em apenas um pedágio (muito barato), que era igualzinho aos pedágio brasileiros (um cobrador pedia por um valor especifico). Outro ponto que surpreende é a educação dos motoristas: absolutamente ninguém trafega acima da velocidade ou fica andando pela esquerda sem necessidade, logo, pratique a sua boa educação e faça o mesmo (lá e também aqui!).

Partindo para Liechtenstein, as estradas são em geral de pista simples. Mas não se preocupe, ande alguns kms e as estradas voltarão a ser duplas. Detalhe: você estará na Suiça.

Na mesma linha da Áustria, as estradas suíças são excelentes. Detalhe para o limite de velocidade que é de 120km/h nas auto-estradas, 80km/h nas pistas simples e 50km/h em trechos urbanos. Atente-se para não tomar multas. Uma experiência interessante na Suíça foi a dirigibilidade na neve. Apesar de ter alugado as correntes de neve, não foi necessário utilizá-las, não senti nenhuma diferença entre dirigir na neve e na chuva. Entretanto, dirija com muita atenção e caso sinta os pneus patinarem, pare e coloque as correntes. Não há pedágios neste país. Mas atenção:

– É necessário adquirir o Vignette (40 francos) para trafegar na Suíça (a multa por não utilização é cara). Em qualquer posto de gasolina próximo a fronteira é possível comprá-lo e basta colar o adesivo no vidro dianteiro de seu veículo;

– Sempre ande com os faróis acesos na Suíça!!!

Já a Itália segue o mesmo padrão de rodovias dos países anteriores. A velocidade na auto-estrada é de 130km/h e os caminhões sempre trafegam pela direita, tornando a estrada muito agradável de se dirigir. Não é necessário nenhum selo (Vignette) para entrar no pais.

Entretanto, você se deparará com vários pedágios. Em geral, você retira um ticket do pedágio (ou um cobrador ou uma máquina eletrônica parecida com as de Shopping Center) logo na saída da cidade em que se hospedou e você pagará este ticket na entrada para sua cidade destino. Ou seja, é muito importante não perder o ticket!!!

Consulte o preço médio dos pedágios das rodovias no site: http://alugueldecarrosnaeuropa.com.br/preco-do-pedagios-na-italia-como-funciona/

Um post especial será feito de como é dirigir na Toscana. Adiantando um pouco, é extremamente gratificante e tranquilo (delicie-se pelas estradas belas da Toscana), mas leve um Dramin no bolso.

Partindo para Hungria, também é necessário a compra do Vignette (10 EUR para 10 dias) na fronteira antes de entrar no país. O limite de velocidade nestas estradas é de 130km/h (mas tive a impressão de que os motoristas dirigem bem acima desta velocidade). Detalhe: nas rodovias de 3 faixas, utilize sempre a faixa da direita quando livre. É muito comum os húngaros se incomodarem com carros trafegando na faixa central (e nem se fale na faixa da esquerda).

Dicas úteis:

– Evite dirigir em grandes centros. Alugue hotéis com estacionamento e opte por se locomover com transporte público da cidade;

– Nas cidades italianas, o transito é caótico e os motoristas são mal educados. Novamente, ou alugue um hotel com estacionamento ou pesquise um estacionamento próximo ao seu hotel para deixar o carro durante toda a estadia. Sério, não se aventure a dirigir em Roma, é dor de cabeça na certa!

– Em todas as grandes cidades, há um parquímetro. Logo que descer do veículo, veja o número da sua vaga (pintado no chão geralmente) e insira o dinheiro no parquímetro escolhendo o número de sua vaga. Em alguns parquímetros, basta realizar o pagamento e a máquina imprimirá um recibo que você deve deixar sobre o para brisa de seu veículo. O valor da hora varia de cidade para cidade, mas na média é de 3 EUR ou menos;

– Vale a pena reservar um tempo antes da viagem para fazer anotações sobre as estradas principais que irá trafegar. Como sabem, imprevistos (como perda do celular) acontecem e é bom ter um plano B.

Placas de sinalização

Procure estudar a sinalização básica de cada país que você irá. Atente-se às cidades italianas nas quais, em geral, é proibido trafegar de carro no centro histórico.

Eu, por exemplo, descobri somente depois de muitos e muitos kms de que as placas brancas com riscos pretos na diagonal significavam “sem limite de velocidade” na Autobahn (Alemanha), o que me deixou com o gostinho de “podia ter aproveitado mais”.

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Placa indicando ausência de limite de velocidade na Autoban.

Outro exemplo da importância das placas e dos planos B foi na Suíça, onde havia uma placa redonda (circulo branco interno e circulo vermelho externo) em uma estrada indicando que esta estava fechada. Nosso espírito aventureiro (só para não admitir a falta de atenção) nos fez continuar na estrada até que deparamos com montes de neve interditando-a. Valeu a pena errar nesse caso!

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Perdidos nos Alpes.

Selos (VIGNETTE)

Vignette Austria: 8.70 EUR por 10 dias (não necessário caso alugue o carro neste país)

Vignette Suiça: 40 francos por um ano

Vignette Hungria: 10 EUR por 10 dias

Sempre é possível adquirir o Vignette em postos de gasolina na fronteira dos países.

Abastecendo o veículo

Isto é uma tarefa bem simples. Na maioria dos postos europeus, não há frentistas. Então, você mesmo terá que descer do carro, pegar a mangueira de combustível (Diesel ou Gasolina) e abastecer o seu carro (haverá um click quando o seu tanque estiver cheio). Você terá então que entrar na loja de conveniência  e dizer ao atendente o valor de seu abastecimento. Dá para acreditar?! Imaginem se fosse no Brasil!

Também, na Suíça, notamos que em alguns postos havia uma maquina de dinheiro/cartão de credito que você tinha que selecionar quantos euros de combustível você pretendia abastecer e o número da bomba de combustível que gostaria de utilizar. Só assim que a mangueira seria liberada para abastecimento (é bastante intuitivo). Outra dica é utilizar as luvas descartáveis que ficam ao lado da bomba para evitar ficar com as mãos cheirando combustível por quilômetros.

Em muitos postos de gasolina, há uma praça de alimentação. Em específico na Áustria, recomendo almoçar um dia nestes postos já que a comida é realmente boa e é uma experiência diferente.

Atenção: a gasolina  é chamada na Itália por Benzina.

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Saladinha nada básica no posto.

Carteira Internacional

A principio, gostaria de dizer que a Permissão Internacional para Dirigir (PID) não é necessária  para quem for fazer uma viagem a Europa. Salva exceções de regra de locação das locadoras (por exemplo, no caso de alugar um carro esportivo, a locadora poderá pedir este documento).

Entretanto, caso seja parado na fronteira, ou por um policial, ou se envolva em um acidente, será muito mais tranquilo apresentar a PID às autoridades.

A PID pode ser solicitada no DETRAN ou POUPATEMPO de sua cidade. No meu caso (Campinas), houve apenas necessidade de levar o CPF e RG (original e cópia),  e pagar uma taxa de R$233,75 (+R$11,00 para envio pelo correio). Chegou em 1 dia útil.

Atenção:

– Sempre leve sua CNH (mesmo que tiver a PID). Sua PID somente é válida em conjunto com CNH.

– A validade de sua PID será a mesma de sua CNH.

GPS

Como mencionado anteriormente, evite alugar GPS em seu veículo.  Recomendo adquirir um aplicativo para seu smartphone (deve ser OFFLINE, não se iluda achando que será fácil encontrar wifi em todos os lugares, pelo contrário). Sendo bem direto, ou compre o aplicativo SYGIC ou TOM TOM. Para decidir qual comprar é simples: veja qual é o mais barato (ambos utilizam o mesmo mapa). Eu optei pelo SYGIC e não tenho do que reclamar.

Dica salva-viagens:

– Compre um carregador de bateria portátil para seu smartphone (ainda mais se você utilizar seu celular também como câmera fotográfica). GPS consome muita bateria e, em trajetos longos, uma carga extra é fundamental. Usei minha capa-carregadora praticamente todos os dias.

Conclusão

Delicie-se pelas estradas bem pavimentadas com paisagens magníficas. Dirigir pelos Alpes e se perde na região da Toscana realmente não tem preço.  Além disso, considere a experiência de dirigir e abastecer o veículo em outro países e explorar aquelas pequenas vilas que encontra em seu caminho.

Suíça: Davos

De Liechtenstein, cruzamos a fronteira para a Suíça, indo em direção a Davos. Escolhemos a cidade porque ela estava na direção do nosso destino principal no país, Lucerna, e também porque, por estar em uma região alta, havia boas chances de pegarmos neve.

Chegamos por volta das 17:00, após passarmos por vários campos verdejantes e subirmos uma serra cujas árvores estavam já sem folhas, paisagens que davam uma amostra da famosa beleza campestre suíça.

Ao entrarmos na cidade, a primeira decepção: montes de neve derretendo nas laterais das ruas. Chegávamos pouco tempo após nevar e não veríamos um floco caindo, para minha tristeza (nem eu nem o Rafa nunca tínhamos visto neve caindo e havíamos escolhido Davos para passar a noite porque a previsão do tempo era de neve).

Seguimos para o hotel (não haviam hostels disponíveis), o Apartment VIllage Solaria, que acabou sendo um dos mais caros da viagem (95 francos). Já que estou falando nisso, vou deixar registrado que fiquei inconformada de pagar esse preço e ainda ter que tirar o lixo e deixar o quarto totalmente arrumado e limpo ao sair, hunf!

Após deixarmos a bagagem, fomos procurar algum lugar para comer. A cidade estava quase toda fechada e os poucos restaurantes abertos ofereciam refeições a preços impraticáveis. Decidimos ir ao mercado e comprarmos queijos e cerveja para comermos no hotel. Pagamos um preço ok, mas na hora de escolhermos os queijos nós nos perdemos nos tipos e acabamos escolhendo dois queijos horríveis – um com um cheiro de chulé que faria um gorgonzola parecer perfume e outro que parecia uma mussarela dura. Decepção e mais decepção, fomos dormir com a sensação de dia perdido. =/

Na manhã seguinte acordamos cedo para irmos para Lucerna e, após nos prepararmos para sair e abrimos a porta, surpresa!! NEVE!!!!!!!!!!!! Estava nevando bem fininho, uma mistura de neve fraca com chuva, mas era neve! Todo o frio e toda a programação de irmos para a Europa no inverno se resumia a esse objetivo, ver neve (ok, não era só esse o objetivo, mas confesso que voltaria muito frustrada de não pegar neve)!

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O mundo ficando branco!

Toda a frustração foi recompensada e Davos, que tinha tudo para ganhar o título de pior cidade da viagem, acabou se tornando uma lembrança única. Pegamos o carro e dirigimos até o lago que fica na entrada da cidade. A neve começou a se intensificar até chegar ao ponto de deixar o mundo todo branco. Lá, sozinhos no meio da nevasca, corremos, deitamos e, é claro, comemos neve. De quebra ainda pegamos um típico trem passando a centímetros de onde estávamos, o que rendeu uma das fotos mais bonitas da viagem.

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A neve no Lago de Davos.

De lá, quando a neve estava começando a diminuir de intensidade, fomos para o centro esportivo da cidade, onde é possível patinar no gelo. Estávamos tão entretidos com a neve no lago que acabamos ficando com o tempo apertado e, por isso, não patinamos. Mas demos sorte – olha Davos surpreendendo! – e pegamos alguns minutinhos do time de hóquei da cidade treinando.

Para quem quiser esquiar, a cidade também é uma opção. Há uma espécie de trem que leva os turistas e habitantes ao topo de uma das montanhas e, para o qual, alguns hotéis fornecem passagem de graça ou a preços reduzidos.

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HC Davos

Liechtenstein: Vaduz – Treisenberg – Malbun

Saimos de Feldkirch por volta das 11:00 da manha e nos dirigimos para o pequeno Liechtenstein. Antes de cruzarmos a fronteira, paramos em um posto de combustíveis para comprar o selo de “pedágio” suíço que nos permitia entrar no país de carro (na verdade, para entrar especificamente em Liechtenstein não era necessário porque tinhamos o selo da Áustria – é necessário um ou outro – mas como iriamos no mesmo dia para a Suíça, achamos melhor já aproveitarmos a parada no posto).

Liechtenstein é minúsculo principado, com mais ou menos 160 km quadrados, cujo sistema de poder é monarquia constitucionalista (ou seja, eles tem uma família real, mas a mesma não tem poderes na prática – parecido com o Reino Unido). Por ser um país tão pequeno encravado numa região tão histórica, achamos que o país seria uma verdadeira volta ao tempo medieval. Ledo engano: o país é moderníssimo – frustrantemente moderno eu diria.

O Franco Suíço é a moeda oficial, mas o euro é aceito normalmente e com uma cotação muito honesta (mas ao pagar com euro, o troco geralmente é dado em Francos, então atenção para não comprar uma água com uma nota de 100,00 e acabar com 99,00 Francos na mão!).

Em menos de 40 minutos já estávamos na capital, Vaduz. A cidade é bem pequena, com cerca de 5 mil habitantes (isso porque é a capital hem!) e muito moderna, com prédios novos, ruas largas, carros importados e um custo de vida alto…#ficadica.

Estacionamos perto do centro e fomos andando pelas ruas principais do centro, nas quais ficam as atrações do país: a catedral, o Palácio do Governo, o Museu do selo e a Casa Vermelha. A idéia era entrar em cada um desses pontos, mas acabamos não indo em nenhum! Por quê? A catedral estava fechada e os demais era necessário pagar para entrar (e pagar caro). Queríamos, pelo menos, passar no centro de informação ao turista para carimbarmos nossos passaportes, mas não valia a pena (não me recordo do preço, acho que era perto dos 20 reais, não é um valor exageradamente caro, mas para ter um carimbo não valia a pena). A coisa mais memorável da cidade foi o kebab que comemos de almoço, em um restaurante bem pequeno que fica numa espécie de galeria perto do mercado.

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Rua principal de Vaduz

Há a opção de fazer uma trilha que leva ao topo de uma colina, na qual está o palácio real. Subimos de carro porque de lá iriamos para Treisenberg. O palácio até que tem seu charme, é um típico castelo europeu, mas em tamanho mediano. Ainda é utilizado como residência, então não é permitida a entrada, nem mesmo nos jardins.

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Palácio da família real.

De lá, subimos uma espécie de serra com vegetação cerrada para chegar a Treisenberg, ainda em Liechtenstein. O curto caminho até lá foi a melhor parte da nossa visita ao país, porque pegamos muita neblina nessa serra, o que fez nós nos sentirmos dentro daquela típica floresta de conto de fadas que todos imaginamos na infância.

Sobre Treisenberg não há muito o que comentar, é uma cidade muito pequena e sem nenhum grande atrativo turístico. As casas são um pouco mais tradicionais, no estilo suíço e há uma igreja interessante (embora também estivesse fechada).

De lá seguimos para Malbun, uma cidade ainda mais alta, na qual os habitantes do país costumam passar o inverno esquiando. Não havia neve quando fomos, ms acho que deve ser um local bonito no meio do inverno. De lá fomos para a Suíça, por volta das 15:30. Só pelo fato de termos conhecido 3 cidades em 4 horas já dá para ter uma idéia do tamanho do país e da falta de atrativos. Honestamente não recomendo (nem mesmo uma passada para dar check no mapa).

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Igreja de Treisenberg.
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Malbun

Áustria: Mauthausen

Uma das grandes vantagens de viajar de carro é a flexibilização do roteiro, o que  permite não apenas mudar os planos com mais facilidade como também conhecer lugares “fora da rota” comum – o que enriquece muito a viagem em termos culturais e torna a experiência ainda mais única.

Eu, Camila, sempre fui apaixonada por história e literatura, o que me levou a ler vários livros maravilhosos que trazem a guerra como plano de fundo (vide A menina que roubava livros, O diário de Anne Frank, Os catadores de conchas, dentre outros).

Aliando a comodidade do carro com essa paixão, não tinha como ir para a Áustria e não conhecer um campo de concentração. O escolhido, pela importância e proximidade com nossa rota original, foi Mauthausen (ou Mauthausen-Gusen).

O campo fica bem próximo de Linz e a duas horas de Viena, na direção de Munique e Salzburg. Durante a dominação nazista da região, o campo transformou-se em um dos maiores complexos de trabalhos forçados da Europa. O campo foi construído por prisioneiros, deslocados do campo de Dachau para este fim, e fica localizado acima de uma grande pedreira, na qual os judeus e outros prisioneiros eram obrigados a trabalhar até a exaustão completa. Mauthausen foi o último campo de concentração a ser libertado pelas tropas aliadas ao final da guerra e um dos que mais causou a morte dos internos.

Voltando a nossa visita, chegamos no campo por volta das 10:00 da manhã, sem maiores dificuldades. O ingresso tem o preço simbólico de 2 euros, mas por termos ido em dia de semana, não precisamos pagar nada (não sei se é sempre assim ou se a entrada foi gratuita devido a estarmos fora de temporada). Ganhamos um guia do complexo, com as informações de cada um dos prédios e optamos por comprar um audio-book (não disponível em português, mas que vale muito a pena se você arranha o inglês). Acabamos pegando um para cada (10,00  euros cada), mas apenas um para o casal já teria bastado.

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Portão principal de entrada do campo.

O campo em si é bastante sanitizado, muito limpo e restaurado. Eu tinha lido a respeito disso antes de partir, algumas pessoas acham que o ambiente foi limpo demais e acabou se descaracterizando, mas eu discordo. O local realmente parece que não é real, mas não pela limpeza e pinturas recém-aplicadas, mas pela sensação de vazio que paira no ar.

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O campo, vazio.
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Dormitórios, ainda com a mobília original.

Acho que o fato de termos ido no inverno e em um dia no qual haviam mais umas 10 pessoas apenas no local contribuiu para essa sensação, mas acho que não apenas. O local realmente tem uma atmosfera pesada, especialmente no subsolo, onde é possível ver os fornos usados para cremação dos corpos e, principalmente, na câmara de gás, mantida intacta.

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Entrada para o crematório e câmara de gás.

Ainda no subsolo, há duas salas com os nomes das pessoas que perderam suas vidas no campo e mensagens de suas famílias. Depois de dois locais tão carregados, a sala das homenagens dá uma suavizada no clima.

Outra parte fundamental da visita é a pedreira, na qual os prisioneiros eram obrigados a trabalharem. As pessoas eram obrigadas a descerem até a pedreira, pegaram as pedras e as trazerem para cima, descalços, subindo a pior escadaria que já vi. Muitos perdiam o equilíbrio ao pisarem um uma pedra solta ou devido a exaustão completa e acabavam caindo, levando consigo as pessoas que vinham atrás (o que causava a morte de muitas delas). Por ser inverno e o clima estar úmido, a descida estava proibida quando visitamos, mas na foto abaixo dá para ter uma idéia de quão imensa e íngreme é a escadaria.

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As terríveis escadarias da pedreira.

No total, nossa visita durou aprox. duas horas e meia e, apesar da sensação amarga que permaneceu por algumas horas depois, recomendo muito conhecer o local e aproveitar para refletir um pouco sobre essa parte vergonhosa da história.

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Monumento em homenagem às pessoas que perderam suas vidas na pedreira  =_(

Europa no inverno: o que levar na mala

Uma das principais preocupações de quem está planejando uma viagem deve ser o que levar na mala. Acreditem, uma mala mal planejada pode causar muita dor de cabeça (e dor nas costas!). A primeira coisa a se considerar é, logicamente, o clima do destino e a quantidade de dias da viagem.

A nossa viagem de 20 dias pela Europa foi no início do inverno e a previsão era pegarmos temperaturas variando de -10 a 20ºC, de dia, a depender da cidade. Depois de lermos muito sobre o assunto, decidimos levar o mínimo possível de peças que nos permitissem passar os 20 dias sem lavar roupa ou lavando o mínimo possível.

Abaixo listamos o que levamos (para cada) e comentamos se foi necessário ou não (já contando as peças com as quais embarcamos):

ROUPAS E ACESSÓRIOS: prove todas as roupas e escolha peças que combinem entre si, opte por cores neutras e pratique o desapego: você vai ter que repetir as roupas muitas vezes, preocupe-se mais em ficar confortável e levar uma bagagem fácil de transportar do que com o fato de aparecer em várias fotos com a mesma roupa!

2 conjuntos de blusa e calça térmica: essencial! Não dá encarar o inverno europeu sem roupa térmica, sério! Elas são relativamente baratas (você encontra na Decathlon por 39,90, mas já vi promoções por 29,90 cada peça), confortáveis e não pesam na mala. Foram as únicas peças grandes que lavamos durante a viagem e elas secam muito rápido, mesmo com o clima frio e úmido.

2 blusas finas de malha, com manga: levamos como reserva para caso não fosse possível lavar as térmicas. Totalmente dispensável.

4 blusas de lã finas, estilo cardiga: muito útil para colocar por cima da térmica e para serem usadas sozinhas em  dias de menos frio.

2 jaquetas realmente quentes: indispensável! Levamos 2 jaquetas bem quentes e impermeáveis (importante para neve ou para não ter que correr da chuva). Essas são as peças mais importantes da mala, então vale a pena investir um blusas realmente quentes e bonitas (afinal, você vai sair com elas em todas as fotos). Li muitos blogs indicando comprar as peças lá, mas eu particularmente não recomendo, o preço vai ser quase igual e você vai ter a dor de cabeça de sair para comprar (escrevendo agora isso não parece um problema na verdade, mas quando você está super empolgado para conhecer as coisas e com um roteiro apertado como o nosso, procurar uma loja não será divertido). Cada um de nós emprestou uma blusa de alguém da família que já tinha viajado para destinos de inverno e compramos a segunda peça na Decathlon (as linhas da Quechua-mesmo as mais baratas- não perdem em nada para as marcas tradicionais importadas, super recomendamos!)

3 calças jeans: um bom número, mas dá para levar duas. Dê preferencia para cores mais escuras, que sujam menos, e cortes mais tradicionais, assim a calça chamará pouca atenção nas fotos.

2 sapatos: dois pares de sapatos quentes é o número ideal, nem mais nem menos. Escolha sapatos confortáveis e que sejam a prova de água. Se seu destino tiver neve, procure sapatos adequados, com solado apropriado (mais quente e não escorrega). Eu, Camila, fui com um tênis acolchoado especial para caminhadas na neve (da Decatlhon também) e com uma bota de couro, estilo montaria, super linda. Usei a bota 2 dias e me arrependi amargamente nos 2 dias: mesmo não tendo chovido e eu não tendo andado na neve com ela, ao fim do dia eu já não sentia meus dedos de tão frio e de tanta dor (era o meu par de botas mais confortável, mas ser confortável após 10 ou 12 horas de caminhada não é a mesma coisa de ser confortável para ficar sentada no escritório).

1 havaiana: tomar banho em hostel é sempre mais agradável com uma havaiana no pé…

1 par de meias térmicas: muito recomendável, elas são fofinhas e confortáveis, além de protegerem do frio mais intenso. Se pretender esquiar, é essencial! São baratas e você pode encontrar na Decathlon também (nossa, vou cobrar comissão…).

Íntimas: 4 pares de meias comuns (confortáveis, nada de meias que escorreguem para dentro do sapato), 7 calcinhas/cuecas, 3 sutiãs. São peças fáceis de lavar, então não vale a pena levar uma para cada dia.

Gorro/ cachecol/ luvas: são peças-chave para dar uma mudada no visual (já que os casacos serão sempre os mesmos). Recomendo levar 1 gorro e 1 cachecol e comprar mais lá, porque são muuuito baratos, lindíssimos e você encontra ambulantes vendendo em toda esquina (comprei 8 lenços e 2 gorros – ok exagerei, mas acabaram sendo souvenirs muito legais para as amigas). Luvas quentes – aquelas luvas fofas de lã não vão te ajudar! Se for esquiar, é fundamental luvas próprias (adivinhem onde tem e é barato, na Dec____). Usamos as nossas próprias para ski mesmo quando não estavamos esquiando, elas são super quentinhas e não são feias não.

1 pijama: um pijama curto. Até os hotéis de pior qualidade tem aquecimento e cobertas grossas. Se necessário ainda dá para usar a térmica como pijama quente.

REMÉDIOS:

Ninguém quer ficar doente, mas é melhor prevenir do que remediar! Lá fora não é tão fácil comprar sem receita, então é melhor levar daqui. Se você faz uso de medicação controlada ou remédios mais específicos, procure seu médico e leve uma receita (pode ser solicitado ao embarcar/desembarcar).

Levamos remédio para: dor de cabeça, febre, dor de estômago (ENO, salvou nosso dia em alguns momentos), dor muscular, diarréia, prisão de ventre, anticoncepcional e enjoo (super útil também). Felizmente, usamos poucos e não sentimos falta de mais nada.

HIGIENE:

Sabonete de corpo e rosto, desodorante, shampoo e condicionador (embalagens pequenas), barbeador, cortador de unha, pinça, hidratante para rosto e boca. Para as meninas: desapeguem de unhas bonitas, não vale a pena ficar preocupada em retocar o esmalte descascado! Vá com as unhas cortadas bem curtinhas e apenas com uma base – ou nem isso – absolutamente ninguém vai reparar na sua mão e você não vai precisar perder tempo com isso.

GERAIS:

Kit de costura (nunca se sabe quando uma das duas duas blusas pode rasgar), papel higiênico, caneta, papel, carregador de celular, adaptador universal, câmera, carregador de baterias, celular, roteiro da viagem, reservas de hoteis, cadeado para mala, sacolinhas de mercado para roupa suja. Um item que salvou nossa viagem várias vezes foi uma capinha de celular que é um carregador de bateria, vale muito o investimento.

Documentos: passaporte válido, RG, seguro viagem. Cheque bem antes de sair de casa!!! Se pretende alugar carro, leve a carteira nacional de habilitação e a carteira internacional.

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Pronto, itens separados é só fazer a mala. Ou a mochila? Ou a mala de mão? Eis a questão! Optamos por ir de mochilão e levar uma mochila de mão (contendo 1 conjunto de térmicas, 2 roupas íntimas e 1 blusa, além dos documentos e eletrônicos – e uma das duas blusas grossas na mão).

Outro truque que foi hiper útil foi separar as peças por categoria e embalar em sacos separados e transparentes. Usamos saquinhos de cozinha tipo ziploc porque é o que tínhamos em casa, mas existem sacos específicos para organização de mala (alguns você tira o ar com o aspirador de pó, mas eu não acho interessante… dá uma sensação de mala vazia que te induz a colocar mais coisas. Além disso, uma vez aberto o saco no destino, como você vai tirar o ar novamente?!).

Minha mochila ficou com 14 kg e a do Rafa com 18 kg. Você deve estar pensando: super leve! Sim, super leve, mas experimente andar mais de meia hora com esse peso nas costas!

Honestamente, achamos que para destinos europeus uma mala com rodinha, dessas menores e mais maleáveis (lembra uma mochila, mas com rodas) teria sido uma opção melhor. Particularmente, acho que o mochilão compensa em destinos com muito sobe e desce de escada ou locais com chão muito molhado ou sujo.

Lembre-se, por mais econômica que seja a viagem, você vai comprar várias coisinhas por lá, então desapegue das coisas velhas e deixe espaço para as novas – e eu não estou falando apenas de coisas materiais! 😉

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Minha mochila, mochila de mão e a bota bonita-mas-congela-pé.