Bangkok: Amphawa e Maeklong (mercados)

Antes da viagem, durante nosso planejamento, lemos muito sobre os mercados flutuantes nos arredores de Bangkok, já que são uma das atrações mais procuradas da cidade. Lemos muito sobre como esses locais foram descaracterizados pelo turismo nos últimos anos e ficamos na dúvida se valeria a pena visitar um deles. Em nosso segundo dia em Bangkok, nos convencemos de que precisávamos conhecer um dos mercados flutuantes para tirarmos nossas próprias conclusões.

Entretanto, tentamos fugir do mais famoso, o Damnoen Saduak, porque queríamos algo frequentado pelos locais e que ainda mantivesse os temperos e comidas típicos da Tailândia!

Os três mercados mais acessíveis próximos à Bangkok são:

Maeklong (mercado do trem) e Amphawa: é possível visitar os dois em um único dia, já que ficam no mesmo caminho, à cerca de 1h30 de Bangkok de carro. É possível comprar o tour direto na Khao San ou pegar uma mini van coletiva que sai do monumento da Vitória em Bangkok. Endereço do mercado flutuante: Banremu Rd., Ban Prok, Muang Samut Songkhram, Samutsongkhram 75000 | Tailândia. Aberto todos os dias das 7:30 às 17:00. O mercado do trem é famoso por ter um trem que atravessa o mercado todos dias, fazendo os vendedores retirarem suas barracas para o trem passar, dizem que é bem legal. Já Amphawa é um mercado flutuante rodeado por dezenas de barraquinhas de comidas típicas, de lojinhas de souvenires, cafés e restaurantes que vendem comidas típicas. Optamos por fazer esse dueto e contaremos mais detalhes abaixo.

Damnoen Saduak: é o maior e mais famoso mercado da Tailândia. Está a cerca de 100km de Bangkok (1h30 também). Existe há mais de cem anos e por isso é muito lotado, deve-se chegar antes das 08h00 para conseguir aproveitar. Lemos muito a respeito do quão descaracterizado e pega-turista que este mercado tem se tornado. Também é possível andar de barco pelo local. A dica aqui é tentar contratar o tour na Khao San Road que passe pelos canais pequenos e plantações de bananeiras. Edição> Na segunda visita à Tailândia, resolvemos dar uma chance e conhecer. E achamos bem legal pra falar a verdade!! É mais caótico e descaracterizado, mas também é mais divertido e fotogênico. Leia aqui.

Talin Chan: mercado que só abre de fim de semana. Neste mercado, os vendedores novamente ficam nos barcos e os compradores nas plataformas. Este mercado é o mais preservado dentre os três e é muito frequentado por famílias tailandesas que vão passear e almoçar pelo local. Outra grande vantagem é que é possível pegar um taxi até lá (saindo da estção Sanam Pao, saí por cerca de 200 BHT). Era a nossa opção número 1, mas não passamos o final de semana na cidade, então ficará para uma próxima.

Acordamos bem cedinho para aproveitar bem o dia. Optamos por nos aventurarmos indo com as mini vans que partem do monumento da vitória. A partir do nosso hotel (próximo à Khao San), colocamos no google qual ônibus deveríamos pegar até o monumento, descemos e, para nossa surpresa, o terminal que fica abaixo de um pontilhão, era um lugar bem grande, com vans espalhadas para todos os cantos. Após abordar uma quinzena de tailandeses, encontramos um que falava inglês e nos indicou o local correto para pegar as vans com destino ao Maeklong (este ponto fica bem próximo a uma loja de bolinhos e paes, que por sinal, foi um grande achado, pois sentíamos falta de comer algo do tipo de manha). Mas não há outra forma de achar a van correta a não ser perguntando para as pessoas, então tente levar o nome do mercado escrito no idioma local.

Pagamos 70 BHT por pessoa (uma pechincha) e aguardamos uns 15 minutos até a van encher e partirmos. Foi uma viagem bem tranquila de cerca de 1h30 até Maeklong. Ao descermos da van, já estávamos em frente ao mercado do trem. É bem grande e frequentado realmente por tailandeses que procuram comida fresca e temperos. Infelizmente, o trilho de trem estava em reforma e inoperante.

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Mercado do trem, em reforma no dia =/

Embora seja um mercado interessante, só vale a pena se for realmente uma parada a caminho de outro mercado. Cheque na internet o horário que o trem vai passar naquele dia para não perder a atração.

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Note as comidas vendidas em sacos, muito comum nos mercados tailandeses!

Como o trem não passaria naquele dia, haviam poucos turistas perdidos, como nós, e as caminhonetes que fazem o restante do trajeto até o mercado flutuante não estavam operando.A partir daí foi um Deus nos acuda achar um jeito de chegar em Amphawa. Em Maeklong, quantos pessoas vocês acham que sabem falar inglês ou ler nosso alfabeto?! Depois de muita mímica e risadas, uma atendente de pet shop nos compreendeu e explicou que tínhamos que pegar um busão azul, que saia da “rodoviária” em frente. A partir daí foi uma espera de cerca de 40-50min até sair até o ônibus chegar. É importante destacar que, embora as pessoas não nos compreendessem, todos tentavam ajudar e o motorista do tal ônibus ficava fazendo sinal que estávamos indo na direção certa, o melhor da Tailândia é o povo tailandês!

Ufa! Mais 20-30 min e chegamos ao mercado flutuante. Achamos um charme, mas não vá esperando conseguir as fotos ultra coloridas e um canal lotado de barcos, como Damnoen Saduak. O local é composto por um canal principal com diversas barraquinhas vendendo souvenieres (bolsas, camisetas, artesanatos, tudo típico da Tailândia e de qualidade), restaurantes à beira do canal com comidas típicas tailandesas, tudo fresco feito na hora. No canal, inúmeros barquinhos que se atracavam às margens, fazendo também comida fresca na hora.

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O mercado flutuante de Amphawa

O local tem bastante gente, mas não chega a ser lotado. Nas barraquinhas, achamos algumas peculiaridades, como lulas gigantes, peixes ensopados (não sei quem tem coragem de comer aquilo), arraias e muitas outras coisas que não temos ideia do que era, mas era bizarro e impressionante.

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Barcos restaurante dentro do canal

Após bater perna pelo local, escolhemos almoçar em um dos restaurantes com mesas na beira do canal. Foi bem gostoso, pedimos algumas vieiras (chique né) e almoçamos enquanto os barquinhos (e um barcão oferecendo massagem) passavam pelo canal.

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Almoço (vieiras!) e sobremesa (docinhos de coco)

Após o almoço, passamos mais um bom tempo passeando pelo canal, experimentando alguns doces curiosos que vimos no caminho e relaxando um pouco. Por volta das 15h00, achamos que já era hora de voltar e pegamos uma van exatamente na mesma avenida que o ônibus nos deixou. Nesta avenida, que é a única de frente ao mercado, tem várias barraquinhas oferecendo van até Bangkok, é bem fácil achar. Pagamos 100 BHT e tivemos que esperar uns 10-15min a van chegar.

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Vai um peixe ensopado na bacia aí?
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Não tenho idéia do que isso seja, achei bonito!

Enfim, foi um passeio um pouco cansativo, por não ser muito trivial chegar até lá. Nossa dica é para procurarem um passeio com van fechada partindo da Kaho San. Com certeza será um pouco mais caro, mas vai valer a pena… foi um erro termos ido com a cara e a coragem, perdemos muito tempo no deslocamento. Além disso, ressalto novamente que este mercado é mais para quem esta querendo beliscar comidas típicas e se misturar, na medida do possível, ao povo local. Se você quer fazer um passeio mais “sem erro” e conseguir aquelas fotos bonitas, escolha o Damnoen Saduak.

Cambodia: Siem Reap

Resumindo o Cambodia em uma frase: não há nada no mundo igual o Angkor Wat!

O complexo de templos, que é o maior da história da humanidade, é um dos lugares imperdíveis do Sudeste Asiástico. O complexo todo tem proporções colossais, sendo composto por uma área de 400 km² repleta de história, com quase 50 ruínas de templos já escavadas. Não vou me alongar aqui, mas é fundamental ler sobre a bela e triste história do país antes de se aventurar pelo local.

Pesquisamos bastante sobre quanto tempo ficar e optamos por ficarmos 2 dias completos (na verdade, 1 dia + 1 tarde + 1 manhã). Para nós, foi um tempo adequado, mas poderíamos ter facilmente ficado mais um dia. É importante destacar que nossa velocidade nos passeios é bem dinâmica (segundo um aplicativo, andamos quase 30 km em um dia no parque!), então com crianças ou pessoas de mais idade, considere estender a visita.

A chegada à Siem Reap se dá pelo pequeno Aeroporto internacional há poucos minutos da pequena cidade. Ao pousar, o visitante deve pegar uma sequência de 3 filas: a primeira é para tirar o visto, um processo simples, basta apenas aguardar sua vez, dar o seu passaporte e pagar a taxa de U$35,00 (não é necessário levar foto). A segunda fila, que é logo em frente, é para retirar seu passaporte com o visto já colado nele (na verdade não é bem uma fila, os funcionários da imigração vão gritando o nome do passaporte e a nacionalidade, é bem engraçado, todo mundo dá risada! Só não fique dando bobeira, já que a pronuncia do seu nome será beeem diferente do correto! Já a última fila só deve ser pega depois do preenchimento de um formulário de imigração (diferente do formulário que já deve ser preenchido no avião) que se encontra em vários balcões da pequena área de chegada. Este formulário será entregue às autoridades para realizarem a imigração.

Caso queira simplificar sua chegada e ganhar tempo, peça seu visa online pelo site https://www.evisa.gov.kh/?lang=Por, pague U$37,00 e ganhará alguns minutos a mais no país. Importante: se for ao Cambodia via terrestre, não deixe de pedir seu visto anteriormente online!!!

A excelente e economica (com muito bom café da manhã) guesthouse na qual ficamos hospedados (Schein Guesthouse) nos ofereceu o translado e o nosso motorista de tuk-tuk já estava a nossa espera. Aqui vale uma nota, os tuk-tuks cambodianos são diferentes dos tailandeses, sendo na verdade constituídos por uma moto 50-100cc puxando uma carruagenzinha para 4 pessoas.

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Como já era hora do almoço, recebemos instruções do hotel para almoçar em um pequeno restaurante familiar chamado Lilly Pop. E que comida! O Pad Thai deixou vários pratos tailandeses no chinelo, e o melhor: por cerca de 4 U$ com bebida inclusa! Excelente local para almoçar ou jantar, mas só tem 4 mesas, por isso costuma estar lotado.

Logo no inicio da tarde fomos aos templos e pagamos ao motorista do hotel U$5.00 para nos levar e buscar. Compramos o ingresso de três dias por U$40.00 por pessoa (há também a opção de um dia por U$20,00 ou 7 dias por U$60,00). NÃO PERCA o ingresso, ele será pedido todos os dias da visita e em todos os templos do complexo. Deixe em um lugar com fácil acesso.

O templo escolhido para nossa estreia no complexo não poderia ser outro: Angkor Wat! Aah, que lugar é aquele!!! Ao chegar, atravessa-se uma ponte sobre um lago para chegar a uma espécie de portal, que já é bem interessante. Mas ao cruzar as ruínas do portal tem-se a espetacular visão do imenso templo. O tamanho surreal das ruínas junto com o chão árido de terra e o calor de 40ºC, formam exatamente a imagem que tínhamos quando ouvimos sobre o Cambodia. O lugar é muito rico em detalhes e cores, preparem as câmeras! Passamos cerca de 5 horas perambulando por este grande templo admirando a beleza única do local e não foi suficiente para explorarmos tudo. Cada escultura, cada entalhe e cada parte do templo tem sua história, por isso ou pesquise bem antes de ir ou contrate um guia local (negocie e não será caro).

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A primeira visão do incrível Angkor Wat.

Perambule pelo templo, suba e desça as escadarias, vire onde der vontade… vague sem rumo e se espante em cada metro quadrado do templo. Angkor Wat é um local para ser explorado sem pressa, sem horário para sair!

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Ao anoitecer, lá estava nosso motorista nos aguardando para nos levar de volta ao hotel. À noite, fomos a pé do nosso hotel até o centro conhecer as centenas de feirinhas de rua (Night Market, pub street) da cidade e escolher um restaurante para jantar. As feirinhas tem pouca variedade (nada comparável à Khao San) e é necessário pechinchar muuuito para comprar alguma coisa por um preço padrão Sudeste Asiático. Mas, levando em conta que a população de lá é extremamente carente, sem nem uma infra-estrutura básica e passam fome, pode valer a pena você querer pagar um pouco mais caro por algum presentinho. Aqui vale um parêntese: a população do Cambodia é muito sofrida e pobre (o país sofreu um dos maiores genocídios da história) e vê no turismo uma escapatória, uma luz no fim do túnel. Por essa necessidade, às vezes os vendedores se tornam mais insistentes que o aceitável. Seja legal, sorria, agradeça e siga seu caminho… não trate com grosseria ou indiferença um ser humano que vê em você a oportunidade de por comida na mesa aquele dia.

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Na Pub Street e arredores, é possível escolher diversos restaurantes para comer as comidas locais, como o famoso churrasco de mesa, com bife de cobra, crocodilo, etc, ou o Fish Amok (curry suave de peixe cozido no coco), que foi nossa opção no restaurante chamado Amok! Não saia do Camboja sem provar, o sabor é diferente de tudo e impossível de descrever.

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Fish Amok, o verdadeiro gosto do Cambodia!

As refeições nesta redondeza costumam custar cerca de $7-10 por pessoa (muito caro para o Sudeste Asiático), mas são locais bem agradáveis e comidas confiáveis! Nas ruas, também é possível encontrar barraquinhas com algumas delicias, como o sorvete na pedra, com frutas naturais que são trituradas e congeladas na hora, uma perdição!

No segundo dia, decidimos fazer o chamado “Pequeno circuito” + visita ao templo Banteay srei. Também compramos este passeio com a Guesthouse a um preço bem justo de U$27,00. Desta forma, nosso motorista Li (super gente boa) nos levava de templo a templo com o Tuk Tuk e nos aguardava após explorarmos o local. DICA: não deixe de alugar Tuk Tuk que fique o dia inteiro com você, pois a distância entre os diversos templos são de alguns quilômetros e, como disse anteriormente, você chega a andar 20km somente explorando os templos! Não caia na besteira de tentar fazer de bike, a não ser que você seja um ciclista acostumado a treinar dentro de uma sauna.

Saímos bem cedinho, cerca de 04.30, pois decidimos pegar o nascer do sol em Angkor Wat. É muito bonito, mas verifique se o sol na época da viagem nasce exatamente entre as torres principais do templo. Além disso, se está indo para tirar somente uma foto, provavelmente irá se irritar com a multidão querendo tirar exatamente a mesma foto. Pondere se vale a pena. Nós achamos interessante, mas não é nada imperdível.

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O dia amanhecendo em Angkor Wat

Após o nascer do sol, voltamos para o hotel e tomamos café da manhã (já que os templos só abrem as 8:00). Aproveite e passe toneladas de protetor solar, o sol do Cambodia é uma coisa de outro planeta!

Seguimos para o templo Banteay srei, distante 30 km da maioria dos outros templos, uma viagem de cerca de 1 hora de Tuk Tuk! O local tem um mix de cores lindo nas suas construções, vale a visita. Mas, por ser pequeno, se informe sobre um horário com menor quantidade de pessoas, pois em muitos momentos, as ordas chinesas mal permitem que você veja alguma coisa. O templo é beeeem pequeno mesmo, mas muito entalhado (por isso é chamado de templo das mulheres, visto a quantidade de detalhes).

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O colorido e delicado Templo das Mulheres

Retornamos às proximidades do Angkor Wat, onde prosseguimos com nosso passeio pelo Pequeno Circuito. Passamos rapidamente pelos templos Pre Rup e Banteay Kdei  até chegarmos ao famoso e magnifico Ta Prohm (muito conhecido pelas filmagens de Tomb Raider).

Aqui a natureza faz seu espetáculo, é o mais belo templo do conjunto, com suas arvores se misturando com as ruínas! A possibilidade de explorar qualquer local do templo faz lembrar um pouco o espirito Indiana Jones. O visitante pode explorar e fuçar cada ruína, é extraordinário, uma sensação de mundo perdido! Após quase 2 horas, retomamos ao encontro do nosso amigo Li para prosseguir o circuito.

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O mundo perdido de Ta Prohm!

Nossa próxima parada foi o Ta Keo. Apesar da não recomendação de nosso motorista, decidimos subir os altos e estreitos degraus até o topo do templo. Gostamos bastante do desafio e é um templo muito interessante de se passar 30-40 min. Mas atenção: os algumas escadarias estão bem desgastadas e os degraus são bem altos, suba com muito cuidado porque um escorregão pode ser fatal!

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Escadaria super íngreme e perigosa do Ta Keo

 

Nesse momento, com muita sede, fomos comprar uma água e, para nossa surpresa, cada garrafa custava U$2.00!!! Claro, após negociação pagamos U$0.30-0.50 cada garrafa. Então fique esperto e também não compre mais de uma por pessoa por vez, pois esquentam muito rápido!!! Almoçamos em uma barraquinha no parque mesmo para não perdermos tempo.

Seguimos em direção ao Bayon, quando passamos pelo lindo portal na entrada do Angkor Thom. Chegando ao Bayon, nos deparamos com outra obra-de-arte! O templo tem uma arquitetura espetacular, composta por 216 faces esculpidas, representando uma mistura de Buda e do rei Jayarvaman VII (dizem as más línguas que ele matou o rei anterior e construiu esse templo para todo mundo conhecer o rosto e o poder do novo rei).

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As faces de Jayarvaman VII

De lá, seguimos, a pé mesmo, para explorar as outras áreas do Angkor Thom, como o Baphuon (para entrar neste templo, é obrigatório estar com vestimentas abaixo do joelho e cobrindo os ombros, não adianta usar o lenço para esta função, tal como o Grand Temple de Bangkoc), Terraço dos Elefantes e outros diversos templos menores e ruínas que são de tirar o fôlego. Não deixe de explorar toda essa região a pé, vale a pena!!!

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Um dos “templos perdidos”

De lá, demos uma negociada como o Li para substituirmos os Angkhor Wat (que havíamos visto no dia anterior) pelo Preah Khan, que faz parte do Grande Circuito! Por sinal, acho muito difícil fazer Angkhor Wat junto com os outros templos do Pequeno Circuito pois, como disse, gastamos 5 horas nele e poderíamos ter ficado mais!

Voltando ao Preah Khan, o templo é lindão. Junto com Angkhor Wat e Ta Prom, faz parte do nosso top 3 templos prediletos. O lugar tem um charme especial por ficar localizado meio que em um pântano, é necessário atravessar uma ponte para entrar no templo, o que dá a noção de que realmente estamos em uma selva. Novamente, explore sem pressa e descubra cada continho do lugar.

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Preah Khan – Poderia ser cenário de qualquer filme

De lá, por volta das 16h00, decidimos ir até o Phnom Bakheng (que ainda está sendo escavado!) para tentar ver o belíssimo pôr do sol do local. Ele fica no topo de um morro e, por isso, você tem uma visão privilegiada da selva e inclusive do Angkhor Wat! Infelizmente, somente 300 pessoas sobem ao mesmo tempo e, quando chegamos, já havia uma fila gigantesca de pessoas. Caso aconteça isso, não perca seu tempo, a partir deste horário as pessoas que estão lá em cima não vão descer e perder o pôr do sol!

Reencontramos nosso tuk-tuk e seguimos para o hotel depois do exaustivo e maravilhoso dia!!! Gostaríamos muito de ter uma bucha vegetal neste momento, porque ficamos dois tatus encardidos!

Nesta noite, retornamos ao Pub Street, mas preferimos ir jantar (ou tentar) no Lilly Pop novamente. Mas, estava lotado e atravessamos a rua para jantar no muito bem com conceituado restaurante The Sugar Palm. Que erro!!! Nem vale a pena dizer muito sobre o restaurante, apenas não vá, pois não é gostoso, os pratos são ridicularmente pequenos e é muito caro!

No nosso terceiro e último dia, pagamos mais U$ 5,00 para, adivinhem, retornar ao Angkor Wat! Aproveitamos para explorarmos alguns locais do templo que não havia dado tempo de explorar, como a subida em uma das torres. Também, retornamos ao Phnom Bakheng de manhãzinha, já que não havia sido possível no dia anterior. Retornamos à cidade na hora do almoço, e, adivinhem, novamente optamos por um delicioso almoço no Lilly Pop (comida boa por menos de 5 usd não se acha em qualquer esquina!).

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Phnom Bakheng – No alto do morro!

Já era hora de partir do Cambodia e passamos em nosso hotel para pegarmos a mala e seguir ao próximo destino da viagem: a jóia do Vietnã, Hoi An!!!

Resumindo: se possível, visite o complexo de Angkor Wat uma vez na vida, o local é absurdamente fabuloso! As fotos tiradas lá são as mais maravilhosas da viagem. Com certeza entrou na nossa lista de locais que gostaríamos de voltar algum dia!

Chiang Mai e suas centenas de templos

Chiang Mai, ao norte da Tailândia, é considerada a capital espiritual do país. E não é para menos, são centenas (isso mesmo, centenas) de templos espalhados literalmente a cada quarteirão da cidade! É templo para todos os gostos! A maior parte fica na antiga cidade amuralhada, chamada de Old Town (onde é bom ficar hospedado também).

Além dos ricos e diferentes templos, a cidade também atrai muitos turistas que procuram passeios “exóticos”, tais como a tribo das mulheres girafa, parques de elefantes pintores/jogadores de futebol e o famoso Tiger Kingdom. Nós desaconselhamos muito fortemente qualquer uma dessas atrações! Praticá-las é contribuir para a prática do turismo exploratório e irresponsável, além de financiar atividades muitas vezes ilegais!

Com relação a tribo das mulheres girafa, a tribo verdadeira fica em Myamar. A pequena comunidade localizada próxima a Chiang Mai é, na verdade, composta por refugiados, e acabou se tornando um zoológico humano devido ao fluxo de turistas. Muitas vezes, as meninas acabam não indo à escola para ficarem em casa, posando para fotos e vendendo artesanatos aos turistas… pessoalmente, acredito que estimular isso não é legal, mas algumas pessoas acham que é uma ajuda válida.

O Tiger Kingdom, por sua vez, é alvo de polêmicas constantemente e a justiça tailandesa já tentou fechar o local uma dezena de vezes sob alegações de maus tratos e tráfico de filhotes! Honestamente, é muita ingenuidade achar que dezenas de tigres são bonzinhos naturalmente, sem estarem dopados. Honestamente, sou apaixonadíssima por felinos e um dos sonhos da minha vida é acariciar um desses animais, mas minha consciência não me permitiu sequer cogitar a hipótese de ir lá.

Já com relação aos parques de elefantes, é necessário escolher com muito cuidado e tomando como base informações confiáveis. Corte logo de cara qualquer lugar que faça shows com os animais (pintura, futebol, malabarismo, etc) e ofereça passeio com cadeirinhas em cima do elefante. Além disso, na última década, depois de dezenas de documentários explicitando a carnificina por trás dos shows com esses animais, proliferaram instituições que visam a proteção e o resgate. Entretanto, atenção! Grande parte desses protetores se aproveitam do rótulo de turismo responsável, mas tratam os elefantes de forma precária e exploratória!!! Pesquisamos muitíssimo antes de optarmos por fazer um passeio desses (vide aqui) e não nos arrendemos: pagamos mais caro, mas saímos de lá com a alma leve, sabendo que não patrocinamos nada de ruim.

Outra consideração sobre a cidade: lemos muitos relatos de pessoas que acharam Chiang Mai muito “pega-turista”, com preços inflacionados, pessoas tentando se aproveitarem dos turistas e perda da identidade cultural. Devido a esses relatos, fomos com expectativas bem baixas. Não sei se demos sorte, mas para nós a cidade foi bem encantadora e acolhedora… então nem pense em tirá-la do seu roteiro com base nessas críticas! Dê uma chance e aproveite para fazer uma imersão no budismo.

 

Maaasss, depois desse longo e necessário parênteses, voltemos para nosso passeio em Chiang Mai!

Reservamos um dia e meio para a cidade e o tempo foi adequado, embora seja fácil montar um roteiro de mais dias pela cidade.

DIA 1:

Acordamos bem cedo e pegamos uma espécie de caminhonete tuk-tuk (característica de Chiang Mai) em direção ao templo mais importante da cidade, um dos mais importantes de toda a Tailândia, o Wat Phra Doi Suthep. Para chegar até lá, são 30 minutos de carro de muita serra e a forma mais usual é procurar uma dessas caminhonetes e aguardar mais pessoas chegarem em busca do mesmo destino para dividir a corrida (cabem até 10 pessoas por caminhonete e o trajeto ida e volta custa 500 baths  – ou menos, depende do horário e poder de argumentação. Como queríamos chegar bem cedo (por volta das 8:00), acabamos pedindo para o motorista levar apenas nós dois, sem esperar outras pessoas.

Indicamos muito fortemente estar lá as 8:00. Pegamos o templo apenas para nós e outras 5-10 pessoas. Deu para curtir cada detalhe e sair quando o local estava começando a lotar. Para chegar de fato ao templo, é necessário encarar uma lindíssima escadaria de mais de 300 degraus, toda ornamentada e com corrimões representando a Naga – a serpente mitológica que protegeu Buda na tempestade. O local inusitado e afastado do templo foi escolhido porque, de acordo com a história, um elefante que carregava um osso de Buda subiu e só parou quando chegou no topo, e lá morreu (cumpriu sua missão).

Uma vez no templo, os visitantes podem escrever no manto dourado que será usado na pagoda principal, receber a benção de um monge e colocar sininhos de vento ao longo do telhado do templo. Outra atração legal é o conjunto de estátuas é uma sequência que representa os 7 dias que levaram Buda ao nirvana. Vale muito a visita!!!

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A escadaria em forma de Naga
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Cabeça da Naga… gigante e lindona!
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A linda estupa ao sol da manhã.
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O lindo Wat Suthep e sua estupa reluzente.
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Deixando nossa marquinha no manto!
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Mirante, esculpido em madeira com os símbolos do zodíaco chines.

Saímos de lá por volta das 9:30 (já que os motoristas esperam por duas horas) e as 10:00 já estávamos de volta ao Old Town em Chiang Mai.

Como só tínhamos o passeio do Patara as 13:00, resolvemos andar sem rumo pela cidade e ir entrando nos templos que encontrássemos pelo caminho. Infelizmente, não nos preocupamos em anotar os nomes porque achamos que o celular estivesse habilitado para registrar os locais de cada foto tirada, mas o recurso não funcionou muito bem e acabamos sem a informação… Mas também não há segredo: viu um templo, entre para dar uma olhada. Se gostou, fique mais tempo e aproveite (os templos menos famosos costumam tem pouquíssimas pessoas).

Dentre os que lembramos os nomes estão:

Wat Chiang Man que é um dos mais antigos templos da cidade, construído em 1292, um exemplo da arquitetura Lanna, característica do norte da Tailândia. A atração principal do templo é seu chedi dourado rodeado por elefantes esculpidos, característica única do templo. Os detalhes em vermelho no telhado e os entalhes ornamentais de ouro são mais novos que o restante da construção original.

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A mistura de luxo e rusticidade do Wat Chiang Man.

Wat Duangdee que é bem pequeno e modesto. Ele não tem nada de diferente ou único, mas estava enfeitado com umas bandeirinhas coloridas, que são pedidos de oração.

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O simples Wat Duangdee

Templo negro minúsculo (nome desconhecido): não temos ideia do nome desse templo, ficava no meio de uma calçada, literalmente! Ele é minúsculo, mas muito diferente de todos os outros por ser pintado em em tom de azul profundo, quase preto, que fazia o dourado brilhar ainda mais. Uma lindeza!

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Um templo no meio de uma calçada, literalmente!

Wat Chai Phra Kiat: outro templo menos turístico e pequeno. Chama a atenção pelos detalhes em verde no telhado e pela imensa fotografia do rei!

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Olha o rei aí! Até dentro dos templos o monarca tailandês é reverenciado.

 

De lá, fomos almoçar e seguimos para o inesquecível passeio com elefantes no Patara

Ao voltarmos, tomamos um belo banho para tirar o cheiro de elefante e seguimos bater mais um pouco de perna pela cidade!

Saímos do Old Town e fomos dar uma conferida no famoso Night Market de Chiang Mai! Esse mercado acontece todas as noites, das 18:00-00:00 e fica a aprox. 30 minutos andando do East Gate (nos arrependemos de não pegarmos um tuk-tuk no dia seguinte, porque elefantes+caminhada=pernas doendo demais no dia seguinte).

Esse mercado é bem gigante, começa com várias barraquinhas ao longo da rua e, mais ao fim, há duas galerias gigantescas, uma de cada lado da rua (em uma delas há uma praça de alimentação ao ar livre, estilo feira, bem legal inclusive). Sério, é gigante mesmoooooooo!!! Se prepare para andar mais que mula de padeiro! Entretanto, como tudo na Ásia, o mercado segue o estilo “Same, same… but different”: o que você viu nas 5 primeiras barracas vai se reproduzir pelo resto do mercado inteiro.

Aqui, diferentemente dos outros mercados que conhecemos na Ásia, negociar é um pouco mais difícil, os comerciantes não baixam tanto o valor dos produtos. Depois de revirar o mercado de cima a baixo, garimpamos um porta-passaporte de couro e gravado a mão lindão para dar de presente (não tiramos foto .. =/ ). Achei as roupas de lá bem fracas, se comparadas as das feirinhas de Bangkok, mas haviam mais opções de os óleos de massagem e incensos.

 

DIA 2:

Como partiríamos para Singapura as 15:00, pulamos da cama bem cedinho e fomos bater perna pelos templos mais famosos da cidade!

Wat Chedi Luang: já abrigou o famoso Buda de Esmeralda, que hoje encontra-se no Grand Palace em Bangkok. O templo é bem bacana, tem um buda reclinado bonito e todo ornamentado com flores. A parte mais interessante do complexo, porém, é a enorme pagoda que foi parcialmente destruída por um terremoto em 1545. No dia da nossa visita, os monges estavam preparando o local para uma celebração e haviam centenas de barbantes saindo do buda em todas as direções, além disso o teto também tinha as bandeirinhas coloridas lindas.

Lá também é comum os monges se oferecerem para conversar com os turistas para aprimorarem o inglês e ensinarem sobre o budismo. Nesse dias eles estavam ocupados com a decoração e não estavam realizando as conversas.. #chatiada

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Wat Chedi Luang 

Wat Pan Tao: muito diferente dos outros por ser todo esculpido em madeira teca. É bem menos luxuoso, mas muito exótico e elegante. Dentro do templo, há algumas estátuas de cera de monges sob uma redoma de vidro… é muito bizarro, eles são assustadoramente realistas e o fato de estarem tão protegidos pelo vidro reforça a sensação que são reais! Precisamos dar um google para ter certeza que não eram pessoas mortas! O templo fica praticamente dentro do Chedi Luang.

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Wat Phra Singh: um complexo relativamente grande, que conta com um templo principal, casas de monges, templos pequenos e um jardim lindão. Também é importante historicamente, foi construído no século 14 para guardar as cinzas de um rei. Abriga ainda a Lion Buddha,  que é a imagem mais reverenciada de Chiang Mai e possui murais e telhados muito ornamentados e bem conservados.

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Wat Phra Singh
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Lion Buddha

Andamos por mais alguns templos pequenos e menos conhecidos e fomos seguindo em direção ao templo de prata.

Wat Shri Suphan (templo de prata): o templo fica mais afastado, fora do Old Town. Fomos andando, mas recomendo um tuk-tuk. O complexo é composto por um templo tradicional e pelo templo de prata. Esta último é absolutamente magnífico, totalmente diferente de todos os outros! Imperdível!!! O único detalhe é que ele está passando por algumas reformas e, fora isso, mulheres não podem entrar na área interna do templo. Nesse templo também é possível conversar com os monges.

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Por fim, almoçamos no The Chef by Thai Chef, um restaurante bem pequenininho, com uma decoração toda moderna, mas com a mais pura e divina comida de rua! O Pad Thai que comi lá foi o melhor de toda a viagem, fechou com chave de ouro nossa passagem pela Tailândia.

Cruzeiro em Halong Bay

Ao norte do Vietnã, cerca de 4-5 horas de Hanói, fica situada uma das 7 maravilhas naturais do mundo, a Baía de Halong.

Halong Bay conta com um agrupado de mais de 2 mil ilhas, dos mais variados formatos e tamanhos, pontilhadas sobre uma água verde-azulada linda. São várias as lendas que cercam o local, a versão que ouvimos do nosso guia é que um Deus mandou dois dragões com corpo de serpente para proteger o povo vietnamita dos invasores bárbaros. Os dragões desceram no mar e o movimento de seus corpos na água produziram as formações rochosas vistas hoje na baía. Além disso, os dragões tiveram centenas de filhotes e estes se transformaram em humanos e ficaram com o povo, ajudando-os a reconstruir o país. Por isso, o nome Halong significa Onde o Dragão Desceu.

É possível visitar o local com passeios de de um, dois ou três dias. Um dia é muito pouco, visto que o tempo de deslocamento desde Hanói é de 4-5 horas! Três dias, para nós, é muito tempo dentro de um barco. Por isso, optamos pelo passeio de 2 dias e 1 noite (2D1N) e achamos que foi um tempo ok.

ESCOLHENDO O CRUZEIRO

São, literalmente, centenas de barcos e opções de cruzeiro! Para escolher é necessário ficar atento a alguns pontos:

  • No Vietnã, não há lei de proteção de marcas, então é comum mais de um barco com o mesmo nome. Fique atento para não levar gato por lebre;
  • Não confie em passeios baratos. Conhecemos pessoas que tiveram que dormir com baratas. Cogite os barcos a partir de 100 dólares;
  • Leia MUITO ATENTAMENTE tudo que está sendo oferecido! É comum alguns não incluírem o passeio de kaiak ou outras atividades no valor;
  • Cheque a forma de pagamento! Alguns barcos cobram mais caro se o pagamento for realizado ao fim do passeio com cartão de crédito;
  • Os barcos realmente bons costumam lotar com 1 mês de antecedência, então fique atento. Comprar em Hanói pode até ficar mais barato, mas a chance de não ter barcos bons disponíveis é relativamente alta;
  • Negocie! Como em tudo no sudeste asiático, os preços vão caindo, basta chorar um pouco.

Definir o cruzeiro foi uma das partes mais trabalhosas de todo nosso planejamento pré-viagem. Depois de ler centenas de reviews e negociar, via email, com os 5 barcos que havíamos pré-selecionado, durante semanas, fechamos com o Galaxy Premium Cruise.

O barco está na categoria mediana, não é super luxuoso, mas fica entre os 3 e 4 estrelas. Julgamos que foi uma escolha muito adequada. Nada menos que isso é recomendável por questões de higiene e saúde (e olha que nós não somos nem um pouco frescos e já nos metemos em muita biboca por aí).

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Galaxy Cruise
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Nossa suíte (segunda classe) com vista para o mar

O PASSEIO

Uma van nos pegou no hotel as 7:30 da manhã e, após passar em mais dois hotéis, seguimos para Halong. Durante o trajeto, que demorou aprox. 4,5 horas, são distribuídas garrafas de água e há uma parada para banheiro em uma espécie de shopping de beira de estrada (com preços absurdamente fora da realidade!!!). Não compre nada lá e leve um pacote de bolacha pra matar a fome durante o caminho.

DIA 1:

Chegamos no porto por volta das 11:30 e esperamos por quase uma hora para embarcarmos (tempo usado para limpar as cabines).

Entramos no navio, deixamos as coisas no quarto, lavamos o rosto e seguimos para o almoço. O restaurante é composto por 3 grandes mesas e os passageiros são estimulados a sentarem juntos e interagirem. Lemos relatos de pessoas que detestaram ter que dividir a comida com estranhos, nós achamos bem legal. Conhecemos muita gente bacana e, inclusive, trocamos muitas figurinhas das próximas cidades do nosso roteiro.

A comida estava muito saborosa, com opções de carnes, peixes, legumes e frutos do mar. Tudo em grande quantidade! Não parava nunca mais de chegar comida!!!

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Comida de primeira, para todos os gostos.

Depois do almoço, tivemos um tempo livre. Subimos para o deck e ficamos curtindo a paisagem. Por sorte, não pegamos chuva (fevereiro é um mês bem chuvoso por lá), mas estava bem nublado, o que diminui um pouco a cor verde da água.

Por volta das 15:30, paramos para fazer kaiak pelas ilhas. Para quem não curte/tem medo, é possível pagar para os locais levarem para um passeio de barco a remo. Honestamente, quem tá na chuva é para se molhar! Colocamos um short e uma jaqueta (estava muito frio, de tremer o queixo) e fomos remando!

O passeio dura quase uma hora (o que é o suficiente, porque o braço dói de remar) e foi bem legal. Pudemos ver barcos de pesca, pescadores pegando mariscos e passamos por baixo de uma caverna linda!

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Fazendo kaiak em Halong Bay!
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Pescadores trabalhando próximo à caverna
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Nesta foto, é possível ver um pouco melhor o tom verde esmeralda da água.

Ao voltarmos para o navio, havia um lanche da tarde, com direito a vinho incluso, nos aguardando no restaurante. Fizemos uma roda e cada um se apresentou brevemente.

Após, subimos novamente para vermos mais da paisagem e esperar o por do sol.

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Pôr do sol em uma tarde nublada de Halong Bay

 

Dica, após o pôr do sol, vá tomar banho! Após o jantar a água quente acabou e o Rafa ficou sem banho!

Ficamos curtindo a paisagem, deitados em espreguiçadeiras e conversando com o pessoal até a hora do jantar, por volta das 19:00. Pouco antes desse horário, o barco atraca em uma área delimitada pela marinha do país (para terem controle e não correrem o risco de algum piloto sem noção sair navegando e bater em uma ilha a noite).

Jantamos como reis, muita comida novamente. Tudo muito gostoso e variado! Terminado o jantar, fomos pescar lulas!

Confesso que não é fácil, ficamos lá durante umas duas horas e só duas pessoas (o que não nos inclui) pegaram alguma coisa. Mas foi divertido, rolou uma competição e muita risada.

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Tentando pescar alguma coisa…

Cada um ficou lá pelo tempo que desejou e, depois, subimos para o restaurante, onde foi montado um karaoke. Como no nosso grupo haviam duas meninas de Singapura que mandavam muuuuito bem, nós ficamos lá escolhendo as músicas e elas cantando. Rolou até “My Heart will go on” (música tema do Titanic), meio inapropriado, mas foi engraçado!

Lá pelas 11:00 fomos dormir. Preciso dizer: a noite fez muuuuito frio! Acordei com dor de garganta  =/

DIA 2:

Acordamos as 7:00 e subimos para uma aula de Tai Chi Chuan. Depois descemos e tomamos café da manhã (com direito a pho, lógico).

Por volta das 9:00, fomos visitar a caverna de Hang Sung Sot (Surprise Cave).

Para chegar até lá, subimos uma escadaria bem íngrime, atrás de outras dezenas de pessoas de outros barcos. Como fomos fora de temporada, o lugar não estava tão lotado, mas mesmo assim estava beeem cheio.

A caverna é gigantesca, mas é toda iluminada por umas luzes coloridas bizarras que descaracterizam a beleza natural do lugar. Tirando isso e o fato do nosso guia estar meio acelerado no dia, nos puxando e mandando parar de fotografar e andar (acreditem…), o passeio é ok… nada imperdível, mas legal.

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A vista valeu a subida 😉
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O lado iluminado de forma menos bizarra da caverna
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Neon colorido, precisa disso?!

O passeio durou 1 hora. Voltamos para o barco, arrumamos as malas e liberamos os quartos.

Subimos então para a aula de culinária, enquanto o almoço era preparado.

Depois da aula, tivemos mais um tempo para curtir a paisagem antes de almoçarmos. Comemos, já ancorados no pier, e saímos do navio por volta das 12:00.

VALE A PENA?

Tenho minhas dúvidas. O passeio ficou bem salgado (pegamos o dólar a 4 reais! não estávamos esperando por isso) e o dia não estava bonito.

Halong Bay é bacana, é bonita e diferente… mas eu não iria novamente. O passeio é meio paradão, apesar das atividades. Honestamente, trocaria os dois dias em Halong por um dia em Sapa e mais um dia nas ilhas da Tailândia.

Bangkok: roteiro para os templos

Como comentamos no post geral sobre Bangkok, um dia inteiro deve ser reservado para a visitação aos templos da cidade, que são muuuuitos e muito belos!

Felizmente, a maioria dos maiores e mais famosos ficam num raio de cerca de 5 km, o que torna possível visitá-los andando a pé ou de tuk-tuk. Nós optamos por fazermos todo o circuito a pé e foi tranquilo (teria sido mais tranquilo se não estivesse fazendo 40º na sombra…).

Roteiro e GPS offline em mãos, saímos por volta das 7:00 do nosso hotel (que ficava perto da Khao San) e visitamos os templos na seguinte ordem:

Grand Palace –> Wat Pho –> Wat Arum –> pausa para almoço –> Wat Suthat –> Wat Ratchanadaram –> Wat Saket (Golden Mountain)

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Grand Palace

Abre diariamente de 08h30 às 15h30 e fica ao lado do Rio Chao Phraya. O preço da entrada é bem salgado, 500 bahts. Dentro do complexo do Grand Palace está o belíssimo Templo do Buda de Esmeralda (Wat Phra Kaew), onde está localizado o pequeno, porém de grande importância, Buda de Esmeralda, o local mais sagrado da Tailândia! Tenha isso em mente durante o passeio, esse é um local muito sagrado para os tailandeses… não tente dar uma de esperto e tirar fotos!!  #turismoresponsavel

As filas são gigantescas, programe-se para chegar no horário de abertura!!! Chegue cedo ou não vá, sério. Chegamos as 7:30 e foi bem tranquilo, não pegamos fila para comprarmos o ingresso e nem para emprestarmos roupa. Tivemos mais ou menos 40 minutos para andarmos tranquilamente por lá antes que se formasse uma verdadeira enxurrada de pessoas. É bem chocante como toda a calma do lugar vai embora e fica impossível apreciar os detalhes da mesma maneira com mil chineses te acotovelando para tirar uma droga de uma foto.

Por falar em roupa, o dress code do Grand Palace é muito rígido, o mais rígido de toda Tailândia: a entrada é permitida apenas com calça comprida ou saia/vestido abaixo do joelho (mas realmente abaixo, na canela) e com ombros cobertos. Havíamos lido sobre isso, por isso havia levado um lenço para cobrir os ombros e o Rafa havia ido com uma bermuda abaixo do joelho… mas não adiantou, tivemos que pegar emprestado gratuitamente roupas mais adequadas…

O complexo é imenso e absurdamente magnífico, reserve três horas para a atração, no mínimo. No Grand Palace é possível fazer uma visita gratuita com guias ou alugar um guia áudio (100 Baht), mas tem que chegar cedo para conseguir!

Se você tiver pouquíssimo tempo e só puder fazer uma coisa na cidade, sem dúvidas vá ao Grand Palace! Não tenho palavras para descrever a magnitude e a riqueza do lugar. O GRAND PALACE FOI A CONSTRUÇÃO MAIS BONITA QUE VISITAMOS NA VIDA, nesta e em outras viagens. Já foi ao Vaticano e achou rico e bonito? Te garanto que vai achar o Grand Palace mil vezes mais incrível. Olha só essas fotos, todas sem filtro nenhum (aliás, esse foi um momento “Por que ainda não compramos uma câmera decente mesmo?!”).

Ah, e lembrando que o golpe mais clássico de Bangkok é alguem te parar perto do Grand Palace e falar que está fechado e tentar de convencer de fazer algum tour. Não caia. Eles podem ser super simpáticos e você pode até achar por 1 minuto que estão querendo te ajudar… não caia!

Nota: na nossa segunda visita à Bangkok, três anos após a primeira, a sensação é a mesma – esse lugar faz a viagem valer a pena por si só!

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Os riquíssimos detalhes e esculturas no Grand Palace
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É tanto brilho que fica difícil até abrir o olho!

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Até os jardins são surreais! O engraçado é que o local tem tanta coisa que, na nossa segunda visita, queríamos reproduzir essa foto e não achamos esse local!
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Mar de gente depois das 9:00.

Wat Pho

Ali fica a famosa estátua do Buda reclinado, com impressionantes 43 metros de comprimento e 15 de altura. Na planta dos pés, ficam 108 painéis em madrepérola com símbolos que representam o Buda. No dia que fomos, os pés estavam cobertos e passando por restauração =(

Ao redor da estátua ficam também 108 tigelas de bronze. Acredita-se que jogar moedas nas tigelas enquanto faz um pedido traz boa sorte. Vou falar, foi difícil pensar em 108 pedidos! Devo ter repetido cada um umas 30 vezes (isso me fez perceber como eu só tinha coisas para agradecer e não para pedir). Edição> e eles se realizaram!

O complexo abre de 08h às 17h e a entrada custa 100 bahts por pessoa. Ali perto também há a Chetawan Traditional Massage School onde a massagem tailandesa tradicional é 260BHT por meia hora.

O complexo é enorme, com várias construções impressionantes. No complexo são mais de 1000 imagens de buda, a maior coleção da Tailândia!!! O Wat Pho fica a 10 minutos de caminhada do Grand Palace (saindo a esquerda) e o complexo todo é lindo, dedique duas horas para conhece-lo completamente.

Como fomos próximo ao Ano Novo Chines, estava ocorrendo uma espécie de celebração e monges estavam dando bençãos ao turistas. O monge que nos abençoou era um fofo, ficou toda animado quando acertou que a capital do Brasil era Brasília! ❤

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Olha o tamanho desse Buda!!!
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Metros e mais metros de mosaicos coloridos!

 

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Budas, muitos Budas… centenas deles!
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108 pedidos (número da sorte dos tailandeses)!
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O monge que manjava do Brasil!

Wat Arum

O Templo do Amanhecer é o maior cartão postal de Bangkok, um símbolo do país (estampado nas moedas, inclusive!). Ele fica às margens do rio e é lindo de se ver de longe,  ao amanhecer ou entardecer. As torres do templo são todas decoradas com conchas e pedaços de porcelana colorida, um trabalho minucioso.

Para chegar lá, basta atravessar o rio na frente do Wat Pho. As balsas saem o tempo todo e custam centavos. Se estiver em outro poto da cidade, usar o Chao Phraya Tourist Boat, no sentido do Central Pier e descer na parada de número 8.

Na nossa primeira vez em Bangkok ele estava em reformas, mas conseguimos voltar nele 3 anos depois e realmente vale a visita! Os mosaicos são incríveis e a estrutura é colossal!

 

Wat Suthat 

É um dos templos mais importantes para a população local e é famoso por ter em frente dele um balanço gigante, que já não funciona mais, mas que já foi utilizado (o que é assustador, porque ele é gigantesco!). A entrada custa 20 bahts.

O templo é interessante, vale a pena dar uma passada, mas comparado com os outros não é nada de demais. A arquitetura é bem mais simples, com menos ornamentos e muito menos luxo.

Achei que a visita valeu a pena porque o local é menos turístico e passa uma sensação de paz muito grande. No sol e calor das 14:00 em Bangkok, sentar no chão e meditar um pouco foi um verdadeiro alívio para corpo e alma. Mas se precisar cortar algum, sugiro que seja esse.

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O balanço gigante. Acho que dava frio na barriga hem…
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Momento relex no Wat Suthat

 

Wat Ratchanadaram

Fica a 5 min do Wat Suthat e a entrada custa 20 baths. Tem uma arquitetura levemente diferente e dentro tem um mini-museu com plaquinhas explicando várias coisas sobre o budismo e meditação.

Atrás do templo, ainda dentro dos muros do complexo, tem um mercado budista bem legal e autêntico, com monges comprando suas coisas e pessoas locais. Mesmo se não for comprar nada, vale a pena dar uma olhada! Além disso, nas ruas que ligam esse templo ao do balanço gigante há uma grande concentração de lojas de itens budistas e artesanatos em madeira muito bacanas.

Da primeira vez que fomos, entramos “pelas costas” do templo – pelo lado da feirinha – e não achamos tão legal. Curiosamente, quando voltamos à cidade, passamos na frente dele (pelo lado correto), e pensamos: “Que templo lindo, por que não conhecemos da outras vez?!” e entramos. Passeamos pelos jardins, tiramos fotos da fachada maravilhosa ao entardecer e nada de reconhecer. Só quando entramos dentro é que nos demos conta! rsrs.

Imperdível ao entardecer

 

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Estátuas de monges assustadoramente reais no mercado

Wat Saket (Golden Mountain) 

Este templo é fica no alto de uma montanha artificial e é facilmente reconhecido pelo chedi (ou estupa) dourada e enorme. A vista lá de cima dá uma dimensão do tamanho de Bangkok! Aberto das 8:00 – 16:00.

O templo em si não tem nada demais, é bem pequeno e meio que parece mais um loja. O bacana mesmo é subir os 318 degraus da escada em espiral que leva até o topo!! Durante a subida, são dezenas de sinos e gongos, de diversos tamanhos, que os visitantes podem tocar para anunciar sua subida (seja gentil no tocar, não precisa quebrar os sinos tá! #sqn).

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Sinos na subida da Montanha Dourada
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Os mais brutos podem tocar o gongo… rsrrs
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Vista de Bangkok
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O grande chedi dourado

Terminamos nossas andanças por volta das 16:30 e fomos aproveitar a feirinha da Khao San Road.

Além destes templos, também lemos muito sobre o Wat Benchamabophit, o Templo de Mármore. Mas ele ficava a 2 km do Golden Mountain e nós estávamos muuuito quebrados, com muito calor e fome para encararmos mais uma caminhada.

Passar o dia andando de templo em templo e observando os detalhes, a religiosidade dos tailandeses e a rotina dos monges é imperdível! Se tiver apenas uma manhã na cidade, corra ao Grand Palace e ao Wat Pho, são o supra sumo da arquitetura do país!

Bangkok: dicas e considerações gerais

Bangkok, a capital tailandesa, é uma das cinco cidades mais visitadas do mundo e desperta sentimentos antagônicos.

A cidade é enorme, vibrante e caótica… uma típica cidade do sudeste asiático! O que surpreende, entretanto, são os contrastes. É possível vislumbrar templos magníficos e riquíssimos ao lado de casas sem saneamento básico.

Além disso, o comércio da cidade é uma verdadeira bagunça: em frente a uma joalheria, você encontra ambulantes vendendo peixe, ao lado de ambulantes vendendo roupas usadas, ao lado de pessoas cortando o cabelo e toda essa mistura louca cercada por gatos famintos e esgoto a céu aberto. Falando assim parece ruim, mas na verdade não é! Passado o choque inicial, é bem divertido ver essa “mistureba” toda em todo lugar! Chega a ser um estilo de vida… é difícil de explicar como uma coisa tão bizarra se torna tão harmoniosa!

De modo geral, conversando com as pessoas que conhecemos ao longo da viagem, Bangkok desperta amor ou ódio em quem a visita. É bem difícil sair indiferente da capital tailandesa. Nós AMAMOS. Eu aceitaria uma proposta de trabalho em Bangkok sem pensar duas vezes! A cidade é muito vibrante e viva e o povo tailandês é sensacional. Bangkok foi colocada na nossa lista de “Locais que temos que voltar um dia”, sem dúvida! Edição: e voltamos! E amamos tanto quanto da primeira vez!

CHEGANDO/SAINDO E ANDANDO POR BANGKOK

AEROPORTOS

Bangkok conta com dois aeroportos internacionais, o grande, novo e imenso Suvarnabhumi International Airport e o também internacional, mas mais antigo, Don Muang International Airport.

Geralmente os voos internacionais chegam partem do Suvarnabhumi, entretanto, algumas low costs importantes, como a Air Asia, operam pelo Don Muang. Então, antes de comprar a passagem, verifique atentamente de qual aeroporto o voo partirá! Para o nosso trajeto Chiang Mai- Singapura, era mais barato comprar Chiang Mai-Bangkok e depois Bangkok-Singapura do que comprar o voo direto. Por pura sorte os voos chegaram/partiam do Suvarnabhumi, mas poderíamos ter nos dado muito mal se um dos voos partisse de outro aeroporto.

Independente de qual aeroporto, é importante passar pelo Health Control antes de passar pela imigração. Se você passar direto, vai ter que voltar e pegar toda a fila de novo!

Nós chegamos pelo Don Muang e as opções de transporte para o centro da cidade são mais restritas, basicamente ônibus ou taxi. Acabamos pegando o ônibus número 1, que sai da entrada 6 do aeroporto, em direção ao centro. Dentro do ônibus existem várias placas com o número do ônibus que você deve tomar para cada região da cidade, então não tem erro, mas, na dúvida, mostre para o cobrador onde você deseja ir.

Na volta, pegamos um ônibus da região da Khao San Road até o Monumento da Independência e, de lá, pegamos um taxi até o aeroporto Don Muang (saiu 200 baths).

TRANSPORTE DENTRO DA CIDADE

Andamos muito de transporte público na cidade, especialmente ônibus (já que o Sky Train não chega à região da Khao San). Para tanto, aproveitávamos a internet do hotel para checar no google maps qual ônibus pegar e nunca deu problema, foi uma forma bem rápida e eficiente de nos locomovermos.

Além disso, os táxis com taxímetro são bem baratos, então vale bastante a pena pega-los e Uber funciona suber bem na cidade também.

Já os famosos tuk-tuks são uma forma de trasporte mais turística e tendem a cobrar mais caro que os táxis. A regra, é claro, e negociar! Já chegamos a baixar o preço de 500 para 150 baths em uma corrida.

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Evite os tuk-tuks dentro do possível.

QUANTO TEMPO FICAR? ONDE SE HOSPEDAR?

Roteiro de 3 dias

Difícil dizer quanto tempo ficar em Bangkok… depende muito da velocidade da viagem e de quais atrativos você procura. Incluindo os bate-volta, como Ayutthaya e mercado flutuante, eu diria de 4 a 5 dias.

Nós ficamos 3 dias da primeira vez e foi bastante corrido, não conseguimos ver tudo que gostaríamos. Na segunda vez, voltamos para conhecer o que havia ficado para trás na primeira e também voltamos nos nossos lugares do coração. Distribuímos nosso tempo da seguinte forma:

Viajem de 2016:

Dia 1: Circuito de templos durante o dia + Khao San Road e Rambuttri

Dia 2: Mercados Maeklong (mercado do trem) e Amphawa (mercado flutuante alternativo) durante o dia + Asiatique a noite (chato, não coloquem no roteiro!) + esticadinha rápida na Khao San Road

Dia 3: Ayutthaya dia todo + Khao San road e Rambuttri a noite (cansados demais para ir em qualquer lugar mais longe)

Viajem de 2019:

Dia 1: Chatuchak market + Wat Arun (estava em reforma da primeira vez) + Chinatown

Dia 2:  Damnoen Suduak + Golden Mountain + Thip Samai Pad Thai + Khao San Road

Dia 3: Grand Palace e Wat Pho (meio dia na cidade)

Ambas as vezes planejamos mas não fomos ao Lebua Sky Bar devido ao cansaço acumulado.

Com relação ao local de hospedagem, não tenha dúvidas: a região da Khao San é perfeitamente localizada. Além da própria Khao San, que é uma atração a parte, a rua paralela, a Rambuttri é repleta de restaurantes bons e baratos. O clima da região é bem gostoso, com muita gente animada, e o lugar é bacana de dia e de noite (de dia, forma-se uma feirinha com roupas a preço muuuito bom e a noite as barracas substituem as roupas por baldinhos de bebida). Isso sem falar no sorvete de coco no próprio coco da Khao San… o melhor do mundo!!!

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Peixe assado inteiro na Rambuttri, uma delícia!

Não indico ficar propriamente na Khao San porque o barulho é bem grande e os albergues tem um entra e sai de pessoas grande demais. Ficamos no At Smile House, que fica cerca de 3 quarteirões da Khao San e foi um verdadeiro achado! Pagamos menos de 3000 baths (para o casal) para ficarmos 4 noites em um quarto privativo com banheiro. O lugar era uma graça, muito limpo e moderno e o staff era muito prestativo, super recomendo!!! Nota: na segunda vez, ficamos na Rambuttri e foi um pesadelo, impossível dormir! Trocamos de hotel no segundo dia.

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Khao San, sua louca e linda!

COMPRAS!

As coisas na Tailândia são muito baratas, fato! Tão baratas que ao longo da viagem nós fomos perdendo a noção do valor do dinheiro e passamos a considerar um prato de 20 reais loucamente caro!

Como Bangkok era a segunda parada do roteiro e a primeira grande cidade que visitaríamos, não quisemos comprar muita coisa por lá, visto que ainda teríamos muitas oportunidades (e lembrando que viajamos só com bagagem de mão, logo, não tínhamos espaço).

Entretanto, nenhuma outra cidade na Tailândia, Vietnã, Myanmar ou Camboja tinha coisas tão baratas e tão legais como Bangkok, então se você gostar de alguma coisa, não exite e compre! No Laos o night market se equipara em termos de custo, mas são souveniers diferentes. A Khao San é imbatível para roupas.

O Chatuchak market é show para souveniers diversos e roupas mais bacanas e menos turísticas. Para camisetas e massagem a Khao San é imbatível. Então a dica é pegar a rua num final de tarde, depois dos passeios, mas antes do escurecer, já que é quando as barraquinhas de roupas estão abertas.

Visitamos também o Asiatique, um grande centro de compras (um shopping a céu aberto). O lugar é bem organizado e tem centenas de pequenas lojas, além de uma boa praça de alimentação. Mas não vale a pena. Fica super longe da Khao San e as coisas que encontramos lá ou eram bem legais (artesanatos) e bem caros (beeem caros) ou eram bugigangas made in China… Super não valeu a pena, perda de tempo total!!!

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Asiatique, o mercado mais chato do mundo.

OUTRAS DICAS:

  • Troque dinheiro no centro da cidade, é bem mais barato e é muito fácil achar uma casa de câmbio;
  • Notas de 100 e 50 usd tem uma cotação melhor. Caso isso não esteja claro, pergunte;
  • Ao andar de ônibus, sempre indique ao cobrador onde você gostaria de descer. Por mais que eles não falem inglês, estão muito acostumados com turistas perdidos;
  • Os tailandeses são extremamente amáveis, em caso de alguma dúvida, não exite em parar as pessoas na rua e perguntar. A maioria terá prazer em ajudar;
  • O sorvete de coco dentro do coco verde da Khao San é o melhor do mundo… tome muitos, tome todo dia!
  • Bangkok é bastante segura (especialmente para uma cidade daquele tamanho), mas não também não dê bobeira;
  • A cidade tem muita coisa para ver e é fácil perder a noção de tempo. Tenha um planejamento muito bem feito e siga-o, na medida do possível, para otimizar a viagem.

Por fim, CURTA MUITO a cidade! Em nenhum outro lugar do mundo você vai do caos completo ao mais puro silêncio e paz atravessando uma rua! 😉

Sudeste asiático só com bagagem de mão!

Assim que começamos a planejar nossa viagem pelo sudeste asiático, uma coisa ficou clara: teríamos que viajar apenas com uma bagagem de mão de, no máximo, 7 kg.

Por falta de opção, e também por curiosidade, abraçamos o desafio e entramos na vibe do desapego! E ADORAMOS!!!

Por que levar só bagagem de mão? Principalmente porque nosso roteiro incluía muitos voos internos e entre países vizinhos operados por companhias aéreas low cost, que oferecem passagens muito baratas (chegamos a pagar até 10 dólares por voo!), mas, em contra-partida, cobram muito caro para quem quer despachar bagagem. Cada empresa tem suas regras com relação ao peso e ao tamanho da mala de mão permitida, geralmente girando em torno de 53x36x23 cm e 7 kg. A maioria também permite uma bolsa pequena como complementação (tipo bolsa lateral feminina).

Além disso, teríamos que andar bastante com a mala a tira colo, especialmente nos dias que os voos eram no meio da tarde  e já havíamos aprendido na viagem à Europa que uma mala de 15 kg era muito (vide aqui).

Por fim, o terceiro motivo era a vontade de desapegar. Estávamos indo para um destino cuja cultura prega muito a humildade e não a vaidade e queríamos nos preocuparmos com o momento e não com a foto.

ESCOLHENDO A MOCHILA E AUMENTANDO A SEGURANÇA

Uma vez decidido, precisávamos encontrar uma mochila que atendesse as regras. Optamos com comprar duas mochilas de 30 litros da Quechua. Pegamos uma boa promoção na Decathlon e pagamos 120,00 em cada.

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Mochila 30l, semelhante a que compramos.

As mochilas foram uma boa escolha, um bom custo-benefício. Foram muito jogadas e ficaram cheias a ponto de estourar, mas resistiram bravamente e voltaram em perfeito estado, sem nenhuma linha descosturada. Além disso, são bem confortáveis, com suporte nas costas, alças acolchoadas e correias de barriga e peito. Entretanto, ela tem um defeito grave: o modo de fechamento por cordinhas (tipo saco). Se possível, compre uma opção com zíper.

Como essa era a nossa única opção, compramos e depois colocamos a família toda para pensar numa forma de fechar a mochila com segurança. O modo encontrado foi uma gambiarra que funcionou super bem:

  1. Pegamos duas argolinhas pequenas de chaveiro (mas não o tamanho regular, umas um pouco menores) e abrimos;
  2.  Fechamos a mochila e passamos as argolinhas por dentro da cordinha, pelo meio mesmo, uma de cada lado;
  3. Fechamos as argolas com alicate para que ficassem bem firmemente presas;
  4. Fizemos um pequeno picote no local que a corda entra na mochila para que as argolas pudessem entrar no momento de abertura da mochila;
  5. Pronto! É só passar o cadeado por dentro das argolas na hora de fechar.

 

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Gambiarra muito funcional (by mamis <3)

Pesquisamos outras opções para deixar a bagagem mais segura em fóruns e blogs de mochileiros, tais como: capa de mochilão com fechamento por cadeado, capa caseira, feita com tela de galinheiro, retirar a corda e mandar costurar zíper. Achamos que as capas chamavam muito a atenção e que embutir um zíper nos faria perder muito espaço. No fim das contas, ficamos muito satisfeitos com nossa invenção.

Claro que se alguém realmente quisesse abrir a mochila, bastava cortar a lateral ou estourar o cadeado, mas, de forma geral, nós nos sentimos muito seguros na Ásia e essa foi uma preocupação que não tivemos enquanto estávamos lá.

Outra vantagem da bagagem pequena é que você pode, simplesmente, levar a mochila sempre com você, sem precisar colocar no porta-malas de táxis ou bagageiro de ônibus. Isso aumenta ainda mais a segurança e reduz a preocupação.

 

ATENÇÃO ÀS REGRAS

Como não despachamos nada em nenhum voo, precisamos ler as regras de cada companhia aérea sobre o que era permitido levarmos. De modo geral, não é permitido levar aerosóis (inclusive desodorantes e repelentes com esse tipo de tecnologia), objetos cortantes ou perfurantes, explosivos ou inflamáveis (óbvio), armas de fogo ou brancas (óbvio também) e líquidos acima de 100 ml. Todos os líquidos, independente da quantidade de frascos, devem estar dentro de um saco transparente de 20×20 cm e com fechamento.

Nós compramos um saco reforçado, tipo estanque, para levarmos os líquidos, visto que não queríamos que nossas poucas roupas chegassem molhadas e meladas. Entretanto, mesmo seguindo as regras, tivemos uma surpresa em Londres. Lá, mesmo em conexões, todos os passageiros tem que tirar os líquidos da mala e colocar um sacos dados por eles (saquinhos tipo de cozinha, super fracos).

Vimos placas pedindo para colocar os líquidos nos sacos, mas pensamos: “Os nossos estão em um saco até melhor, seguindo as regras, logo, não precisamos… esses sacos devem ser pra quem não trouxe já nos sacos”. Resultado: tivemos que desmontar toda a mala (que estava muito bem organizada por sinal) para duas pessoas super mal educadas da imigração revistarem e colocarem nossos líquidos nos benditos saquinhos. Nessa brincadeira, perdemos nosso protetor solar e quase perdemos nosso repelente (acharam que era aerosol e até explicarmos que focinho de porco não era tomada…). Fiquei bem irritada de ter que refazer toda a minha mala no meio do aeroporto e ainda ver aquelas pessoas abrindo e cheirando todas as minhas coisa e, logicamente, fiquei reclamando com o Rafael. Detalhe: no fim do procedimento descobrimos que uma das fiscais da segurança que estava revistando falava português! #olhaomico #ficadica

 

CHECK-LIST PARA 21 DIAS NA ÁSIA

Documentação: passaporte, certificado internacional de febre amarela, receita de antibiótico, roteiro, passagens aéreas, cópia passaporte e RG, cartão de crédito, seguro saúde.

Higiene: álcool gel, lenço umedecido, escova de dente, pasta de dente, escova cabelo, sabonete de rosto, potinho com condicionador, shampoo em barra (da Lush, maravilhoso, super recomendo), protetor solar (confiscado), protetor solar de rosto, repelente, desodorante, batom e rímel.

Eletrônicos: celular, câmera, carregador celular e da câmera, adaptador universal de tomadas (nem usamos), capa carregadora de celular, pau de selfie.

Outros: caneta, saco estanque, sacolinha para roupa suja, doleira, tolha de nadador, óculos de sol, uma bolsa lateral, lacinho de cabelo e brincos. Sentimos falta de um cortador de unha.

Remédios: Eno, band-aid, remédio dor de cabeça, remédio para infecção intestinal (Azitromicina, receitado por um médico), Dramim (santo Dramim) e remédio para gripe.

Roupas: incluindo o que fomos vestindo

Camila: 1 calça jeans, 2 calças de malha coloridas, 1 short, 1 vestido, 4 blusas, 1 saída de praia (estilo bata, que depois usei como blusa), 1 legging, 2 biquinis, 2 sutiã, 5 calcinhas, 1 havaiana, 1 rasteirinha e 1 alpargata. Além disso, comprei durante a viagem: 1 vestido, 1 camiseta, 1 vestido de festa (vide post aqui), 1 saia longa e 1 blusa de frio.

Rafa: 1 caça jeans, 4 bermudas (duas tipo praia), 2 sungas, 5 camisetas, 1 camisa de manga longa, 1 malha de frio, 1 segunda pele, 6 cuecas, 1 tenis, 1 havaiana, 3 pares de meias. Ele comprou: 1 camiseta (econômico esse menino!).

Erros e acertos da mala:  Lenço umedecido e álcool em gel foram muito essenciais. Sentimos muita falta de um trim (cortador de unha) e de uma blusa de frio grossa para Halong Bay. Poderia não ter levado/usei pouco: a alpargata e a legging.

 

DICAS GERAIS E CONSIDERAÇÕES GERAIS:

  • No fim da viagem, N-A-D-A estará limpo. Entretanto, são muitas as lavanderias que cobram 1 dólar por kilo, então lave tudo no meio da viagem. Havíamos programado para fazermos isso no Camboja, mas o dono da guesthouse que ficamos nos recomendou fortemente a não lavar nada na cidade porque a água é muito salobra e barrenta e mancha as roupas que tenham entrado em contato com protetor solar (ou seja, tudo). Ficamos fedidinhos o resto da viagem.
  • Em nenhum aeroporto vimos ninguém tendo o tamanho e peso da bagagem sendo checada. Muitas pessoas entravam com duas mochilas, ou mochilas/malas muito fora do tamanho permitido. Então, não fique preocupado se a mala estiver com um quilinho a mais no fim (mas não dê sorte para o azar… tente ao máximo ficar dentro das regras, sempre).
  • Como as bagagens não são checadas com relação ao tamanho, é muuuuito comum (quase uma regra) que quem embarcar por último vai ficar sem espaço pra colocar sua mala e ela vai ser despachada (sem cobrar por isso, mas é um transtorno). Por isso a dica de ouro é sempre tentar ser um dos primeiros a embarcar. Além disso, sua mala vai ser muito empurrada e esmagada para outras caberem no compartimento de bagagem, por isso, coloque coisas frágeis na bolsa ou em um local mais seguro.
  • Pessoas viajando para destinos tão distantes apenas com uma mala de mão pequena gera desconfiança nos aeroportos ocidentais (os asiáticos estão acostumados devido as regras das low costs). Recebemos olhares desconfiados em São Paulo e fomos parados em Londres e em Madrid, onde, inclusive, fomos “aleatoriamente selecionados” para fazermos testes de explosivos e drogas. Em Singapura, tivemos que apresentar todas as reservas e todo nosso itinerário de viagem para sermos liberados. Leve numa boa.

 

 

 

Por fim, viajar levando só o necessário e não ter que esperar bagagem VALE MUITO A PENA!  Com certeza pensaremos duas vezes antes de despachar uma bagagem novamente. Foi uma experiência que exigiu despego e jogo de cintura, mas trouxe muita praticidade e agilidade para a viagem. Na dúvida, se joga!!!

Singapura em um dia

Singapura (ou Cingapura, ambas as grafias estão corretas) é uma cidade estado muito organizada e economicamente importante, fazendo parte dos chamados Tigres Asiáticos. Cerca de 5 milhões de pessoas habitam a cidade, sendo que pouco mais de 2 milhões nasceram lá. Como a cidade é composta basicamente por imigrantes e filhos de imigrantes, são 4 os idiomas oficiais! Só com base nesses números já dá para ter uma idéia do caldeirão cultural que a metrópole oferece.

Como a pegada da nossa viagem era mais cultural e histórica, decidimos não usarmos muito do nosso tempo e ficamos 24 horas na cidade. Para nós, foi o suficiente. O Rafa gostou bastante, ficaria mais, eu, Camila, achei que foi o tempo ideal.

Dica útil: antes de desembarcar na cidade, leia sobre as leis locais. Demonstrar afeto em público ou mascar chicletes são proibidos (entre outras coisas) e podem render multas ou até chibatadas! Além disso, não saia sem seu lenço umedecido e álcool em gel. Embora a cidade seja ultra-moderna, no bairro indiano é quase impossível encontrar papel higiênico!

TRANSPORTE E HOSPEDAGEM

Singapura é uma cidade que conta com ampla rede de metrô. Para sair do aeroporto, pegue o metrô nos Terminais 2 ou 3 (linha verde) e siga para a cidade:

Linha Violeta = Harbour Front (Sentosa Island / Universal Studios) + Chinatown + Clarke Quay + Little India

Linha Vermelha = Marina Bay Sands Cassino + City Hall + Funan Mall + Orchard Road + Novena

Linha Verde = Aeroporto + City Hall + Chinese Gardens + Arab Street + Buggis Street

Mas atenção ao horário de chegada do seu vôo!! O metrô fecha meia noite, mas quando alguma linha esta em manutenção, ele fecha as 23:00! O mais engraçado é que pegamos o metrô as 23:00 no aeroporto e, do nada, ele parou duas estações a frente e os funcionários começaram a gritar que tínhamos que sair, que o metrô estava fechando! Bizarro! Ficamos perdidos no meio da cidade, disputando um taxi com outras dezenas de pessoas na mesma situação.  Pelo menos o taxi não é muito caro por lá…

Ficamos hospedados na rede Hotel 81, que não é lá grandes coisas, mas tem hotéis com boa localização e a um preço bem menor que o praticado no restante da rede hoteleira local (depois descobrimos que as pessoas só vão a essa rede para fazerem “negócios”, por assim dizer… basicamente, dormimos em um motel sem saber).

O QUE VISITAR:

Arab Street: o bairro árabe é bem bacana, tem muitas lojas de tecidos (incríveis, tecidos riquíssimos como nunca vi antes) e de perfumes sem álcool, que são uma ótima lembrancinha, se você tiver alguns dólares pra gastar. Além disso, são muitos os restaurantes típicos, todos muito agradáveis e limpos. Encaixe a visita ao bairro perto da hora do almoço!! No bairro fica ainda a grande Mesquita do Sultão. A construção é muito imponente e visitantes são bem vindos (eles inclusive emprestam roupas, caso você esteja com ombros de fora).

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A imponente Mesquita do Sultão.

É bacana observar as diferentes culturas convivendo no bairro, vale a pena!

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Caldeirão cultural da Arab Street.

Chinatown: na estação de metro de  Chinatown, busque a saída A com direção a Pagode Street, a principal rua da super limpa e organizada Chinatown de Singapura. Ande pela rua e observe as casinhas típicas em estilo chinês. Próximo ao fim da rua (que é bem curtinha), será possível observar o muro do templo hindu Sri Mariamman, cuja entrada fica virando a direita, na South Bridge Road. Esse templo tem esculturas bem bonitas e coloridas, ao estilo indiano. A entrada é gratuita, mas é necessário pagar 5 dólares de Singapura para fotografar. Ainda na South Bridge Road, voltando no sentido da Pagode Street, há a Mesquita Jamae, que é relativamente grande e tem um estilo arquitetônico diferente das mesquitas tradicionais. A entrada também é franca e eles emprestam uma espécie de capa para as mulheres. Depois, retornamos em direção ao Sri Mariamman e viramos na primeira rua a direita, chamada de Temple Street, que se transforma, no final do dia, na Chinatown Food Street. Passeie pelas ruas transversais também. De modo geral, o passeio todo vai demorar entre 1 e 2 horas, a Chinatown de Singapura é bem pequena e descaracterizada… vale a passagem mesmo pelos templos e mesquitas que ficam nos arredores.

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Fachada do templo Sri Mariamman

 

Buddha Tooth Relic Temple: quase saindo de Chinatown, ainda pela South Bridge Road, há o grande e lindíssimo Buddha Tooth Relic Temple. Imponente por fora e magnífico por dentro, o templo é bem diferente de todos os outros que visitamos na Tailândia/Camboja/Vietnã e mistura imagens de Buda com imagens de deuses hindus, tudo em meio ao mais absoluto luxo. A entrada também é franca e há um cesto com lenços para quem estiver vestido com roupas sem manga, não deixe de visitar!

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O rico Buddha Tooth Relic Temple.

Little India: um pouco maior que Chinatown e Arab Street, o bairro indiano nos passou a impressão de ser o mais legítimo dos três em termos de apego às tradições. A rua principal do bairro é a Serangoon Road, uma rua de comércio onde é possível encontrar temperos, incensos, roupas e filmes indianos. Não deixe de entrar nas pequenas lojas e explorar os produtos legitimamente indianos (que muitas vezes você não tem idéia de para que servem)!! Nessa rua ainda ficam o Tekka Market Centre (mercado de secos e molhados) e o templo hindu Sri Veeramakaliamman Temple. Dizem que o templo é lindo, mas não conseguimos entrar, já que o templo fecha das 12:30h às 16h! Outra rua ótima para comprar coisinhas, é a Buffalo Road. Siga pela Seragoon Road até o cruzamento com a Syed Alwi Road, onde se encontra o Mustafa Centre, uma enorme loja de departamentos. Nós almoçamos por lá, na Komala’s, uma espécie de fast food indiano. Pedimos um dosai, um tipo de panqueca gigante que você mergulha em quatro molhos, servidos em baldinhos comunitários (sim, passei mal).

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Dosai e os baldinhos comunitários de molho: sabor e salmonela em uma refeição!

 

A locomoção entre Arab Street, Little India e Chinatown pode ser feita de metrô ou a pé. Fomos andando e os locais são relativamente perto um dos outros.

Marina Bay: para chegar até lá, é possível ir andando a partir de Little India (um pouco longe, mas possível) ou pegue o metrô até o City Hall ou até o Marina Bay Cassino. É na marina onde fica a famosa roda gigante, o hotel Skypark (o icônico prédio com um barco em cima), parte da pista do GP de F1 e o símbolo máximo da cidade, o Merlion. A partir do deck de observação do Merlion, é possível ter uma vista bem legal da quantidade e imponência dos prédios da cidade. De lá, fomos andando, passando pela pista de F1 e pela roda gigante, até o Skypark, cujo lobby é aberto ao público. Também é possível subir até o topo, no navio, onde existe um restaurante e uma piscina com borda infinita (mas atenção, só é permitida a subida de quem disser que vai no restaurante… e lá uma água custa 15usd!).

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Nos despedimos da Ásia com esse passeio rápido, mas eficiente, pela moderna Singapura e, as 23:00, pegamos nosso avião de volta para a casa!

Hanói, a capital do barulho

Hanói é a capital do Vietnã e ponto de apoio para quem, como nós, pretende visitar a famosa Halong Bay. A cidade é uma grande e vibrante metrópole asiática e, obviamente, é muito, muito, caótica!

Como havíamos lido muitos relatos de pessoas que odiaram a cidade, justamente por seu caos e barulho, decidimos gastar o mínimo possível do nosso escasso tempo com capital vietnamita. Ao todo, ficamos duas noite e uma manhã na cidade e, honestamente, não deu para ficar estressado não! Foi uma experiência até que bem bacana!

Sim, a cidade é o caos do caos! Todo mundo anda buzinando o tempo todo, são centenas e centenas de motos andando na contra-mão, subindo nas calçadas e fazendo todo tipo de peripécia inimaginável para nós. Os acidentes de transito acontecem o tempo todo e as pessoas não se importam, elas não param para saber se alguém se feriu ou se o estrago no veículo foi grande… elas simplesmente dizem “Bom dia!” e continuam a vida!! Muita loucura!!

Embora o barulho das buzinas incomode, Hanói foi muito melhor que esperávamos! Minha dica é não se irritar, curtir a bagunça e viver cada momento de atravessar uma rua como uma brincadeira.

Por falar em atravessar a rua, aqui vai a regra de ouro na cidade: NÃO OLHE PARA ATRAVESSAR! É, eu sei, parece coisa de suicida, mas é verdade! Simplesmente atravesse, devagar (nunca corra!!!) e de forma contínua, sem parar. Nas primeiras vezes vai ser difícil e o corpo vai ter uma vontade involuntária de parar ou desviar, mas apenas não faça nada disso e tudo dará certo. As motos e carros desviam dos pedestres.

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Para quê procurar um estacionamento se tem tanta calçada por ai?!

ONDE SE HOSPEDAR?

Em Hanói, como na maioria das metrópoles asiáticas, as atrações mais turísticas se concentram no centro da cidade: nesse caso, o chamado Old Quarter. É muito importante para quem tem pouco tempo para conhecer a cidade ficar hospedado nessa região.

Ficamos no Nova Hotel, um hotel bem baratinho, mas que surpreendeu demais pela qualidade 5 estrelas do atendimento! Fomos recepcionados pelo gerente, que nos ajudou a atravessar a rua (e quem nos ensinou a fazer essa proeza) e nos serviu um lanche da tarde como cortesia. No quarto, pétalas de rosas na cama e muitos mimos, como lixa de unha, kit de costura, lustrador de sapato e etc! O quarto em si não era grande, mas era muito limpo e bom para os padrões asiáticos. Passamos uma noite no hotel, a noite seguinte no cruzeiro em Halong e retornamos para mais uma noite no Nova Hotel. Ao retornarmos, fomos recepcionados com muita cortesia e todo mundo queria saber como havia sido nosso passeio, se estávamos gostando do país e, de quebra, ganhamos um upgrade para um quarto superior de graça (sério, acho que eles acharam que a gente era importante, só pode!). Ahhh, e o melhor: pedi café com leite no café da manhã e me trouxeram café e um pouco de leite numa jarrinha. Detalhe: era leite condensadoooo!!! Depois de quase um mês sem comer nada realmente doce (porque os doces asiáticos são bem suaves), me esbaldei!!!

O QUE VISITAR?

1) O próprio Old Quarter é a principal atração da cidade. São centenas de lojas e os prédios são super altos e estreitos (isso porque o imposto era pago, antigamente, com base na área da calçada da casa, por isso eles as faziam muito estreitas e com vários andares!). Perca-se pelas ruas e observe os vietnamitas em sua rotina. A noite, refaça os caminhos e veja como as calçadas se enchem de banquinhos e barraquinhas de comida.

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Lojas e casas estreitas no Old Quarter em Hanói.

2) Night Market: ainda no Old Quarter, aos finais de semana, algumas ruas são fechadas para os carros e montam-se muitas barraquinhas, formando-se assim o Night Market de Hanói. São, de fato, muitas barraquinhas, mas não vá esperando comprar alguma coisa bacana. Elas vendem muita bugiganga chinesa e roupas de qualidade bem duvidosa. De modo geral, não se importe se não conseguir se perder essa atração, não tem nada de diferente para ser visto lá.

Por falar em compras, vocês verão muitas lojas de ponta de estoque de marcas ocidentais conhecidas em Hanói, isso porque muitas dessas marcas tem fábricas no país. Não sei se, de fato, algumas dessas lojas oferecem produtos que sejam ponta de estoque (duvido). Mas tenho certeza que as dezenas de lojas da The North Fake Face vendem produtos falsificados. Como eu, Camila, estava morrendo de frio e estava com medo de passar ainda mais frio no cruzeiro de Halong, comprei uma dessas blusas em uma loja por um bom preço (e ela atendeu muito bem ao propósito), mas não saia comprando achando que está realmente levando um produto original!

3) Lago Hoan Kiem: fica bem no centro, andando pelo Old Quarter é impossível não chegar até ele. O lago é bem grande e é bacana andar ao redor, vendo seus jardins. Aos fins de semana, muito casais vão lá para tirar fotos de casamento e muitas famílias com crianças vão andar de patins e jogar bola. Ainda no lago, fica o Templo Ngoc Son, construído no século XVIII e que pode ser acessado por meio da bela Ponte Huc. É necessário pagar alguns centavos de dólar para entrar no templo, mas o acesso à ponte é grátis.

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Lago, ponte e templo iluminados a noite.
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A charmosa ponte Huc.

4) Templo da Literatura: Fica na rua Văn Miếu (cerca de 10 minutos de táxi do Lago Hoan Kiem, 20 minutos a pé), é uma pérola da arquitetura vietnamita e foi a primeira universidade do país. Aberto todos os dias das 8h às 17h, e o ingresso custa 15.000 dongs (havíamos lido que ele era fechado de segunda-feira, mas isso mudou). Confesso que eu não estava empolgada para conhecer o lugar, mas valeu muito a pena! O Templo é bem bonito e os jardins passam uma paz enorme.

De quebra, demos muita sorte e pegamos uma comemoração em honra dos combatentes da guerra. Tinha muita música e o local estava todo enfeitado com chapéus típicos! Uma graça!!

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O charmoso Templo da Literatura

5) View Point Café: é um café bem no centro do cruzamento mais louco do Old Quarter. Vale a pena subir para tirar uma foto do caos (principalmente nos horários de pico).

6) Teatro de Marionetes de água (Municipal Water Puppet Theatre): na frente do lago. É super turístico e característico do Vietnã, mas tem duração de 1,5 horas. Não tivemos tempo para ir, mas parece ser bem legal.

7) Catedral: catedral católica em estilo gótico por fora (aparentemente reconstruída por dentro, porque o interior não combina nada com o exterior). Foi a única igreja que vimos na Ásia. Vale uma passada rápida.

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Catedral de Hanói. E olha as motos na calçada novamente!

 8) Apreciar a vida rural local: ao pegarmos a van para Halong, passamos por muitos campos de arroz e bairros bucólicos, com uma pegada bem rural, nos arredores da cidade. Se tiver tempo, pegue um táxi até lá! Os cemitérios em meio aos arrozais e as casinhas muito estreitas e coloridas, com os trabalhadores rurais ao fundo, são um show. Para quem gosta de fotografia, fazer isso renderá fotos mágicas.

SABORES DO VIETNÃ

Phở: uma sopa com macarrão de arroz bem quente na qual são cozidos pedaços finos de carne, broto de feijão e hortelã. O Pho está para eles como o pão está para nós: é comida no café da manha, almoço ou jantar. Ou ainda como lanche da tarde! É bem saboroso e reconfortante, não deixe de provar pelo menos um.

Fresh Spring Roll: diferentemente do tradicional rolinho primavera frito encontrado na Tailândia e em outros locais, o Fresh Spring Roll é composto por carne e vegetais enrolados em uma finíssima folha de papel de arroz. Para acompanhar, molho de pimenta e uma espécie de molho de carne dão o toque final. É super leve e fresco, uma delícia.

Churrasco Koreano: basicamente é o nosso churrasco grelhado na mesa (em uma chapa). Acompanha pão e é uma opção para aqueles dias que bate uma vontade de comer comida ocidental, mas você não quer sucumbir ao McDonalds…

Lanche vietnamita: basicamente um lanche comum, mas com temperos incrivelmente diferentes. Comemos na lanchonete BANHMYP do Old Quarter e recomendamos muito fortemente! Pedimos um lanche de frango, que tinha aparência de carne, e tinha um gosto espetacularmente diferente (meio Chaves né, mas é bom demais).

–> Churrasco Vietnamita: por fim, uma das comidas que mais gostamos em toda a viagem! É servido um panelão de sopa fervente, uma bandeja com muitas verduras, tofu e macarrão e outra com as carnes de sua escolha, todas cruas. Você vai colocando os ingredientes dentro da sopa e eles vão cozinhando lentamente… uma perdição! Não tem como descrever o sabor… é forte e marcante, mas sem ser enjoativa, totalmente diferente de tudo que você já comeu. Coma no restaurante LINH’s, que fica quase em frente a lanchonete Banhmyp. Se você tiver apenas duas horas em Hanói, esqueça as outras atrações e vá comer essa sopa!!!

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Churrasco vietnamita: o gosto é infinitamente melhor que a aparência!

De modo geral, aproveitamos bem nosso curto tempo na cidade e achamos que foi o suficiente. Como eu já disse, dê uma chance e divirta-se com o caos de Hanói!

A lindíssima Hoi An

A pequena Hoi An foi uma das maiores surpresas da nossa viagem à Ásia, um verdadeiro oásis de paz, cores e luzes no meio do Vietnã.

Para chegar até ela, pegamos um voo de Siem Reap para DaNang, uma cidade a poucos quilômetros de Hoi An. O táxi do aeroporto até a pequena cidade fica em torno de 15 dólares e muitos hotéis oferecem o serviço.

Com relação ao tempo, ficamos dois dias na cidade e achamos que foi um tempo adequado, muito embora Hoi An seja uma daquelas cidades na qual é possível passar muito mais tempo, só relaxando e vendo a vida passar. Recomendamos posicioná-la no meio da viagem, assim você pode recarregar as energias para seguir em frente.

Não há uma grande atração para visitar, toda a cidade é linda, bucólica e parece ter saído de uma pintura antiga. Especialmente o centro, chamado de Old Town (onde, aliás, recomendamos fortemente ficar hospedado), com suas casinhas pintadas de amarelo, com vasos de flores nas portas, lanternas coloridas e muitos incensos queimando na calçada.

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Casa típica da Old Town em Hoi An.

Logo cedinho, alugamos uma bicicleta na nossa guesthouse (Harmony Hoian Homestay, pessoal muito prestativo e quartos ótimos, recomendo) e saímos pedalando pela rua rua Hai Ba Trung Street, indo sentido oposto ao centro. Depois de aprox. 5km cruzamos uma ponte, saímos da cidade e nos deparamos com um arrozal típico vietnamita.

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Arrozal em Hoi An

Siga pedalando, entrando pelas estradinhas que cortam os arrozais, sem pressa! Tente sair realmente cedo do hotel, por volta das 8:00 para pegar a paisagem só para você e ver as pessoas trabalhando nos campos.
Andando, ainda pela mesma rua (que se torna uma rodovia), por mais 2 km, chegamos à praia.

Aqui vai uma dica: algumas pessoas ficam na entrada da praia dizendo que é proibido entrar de bicicleta (indicam inclusive placas, de procedência duvidosa). Eles dirão que você tem que deixar a bicicleta nos pátios deles e que não há custos. Quando você volta, adivinha? Tem que pagar, é claro!

A praia em si é bastante bonita, lembra as praias de faixa de areia ampla que temos no Brasil e é bastante limpa. Em um dia de calor, vale a pena passar a manhã.

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Incensos na praia de Hoi An.

Use o resto do dia para passear sem rumo pelas ruelas da cidade. As ruas com mais comércio são Tran Phu e Nguyen Thai Hoc.

Ao longo das andanças, você irá se deparar com alguns locais bem bacanas, como a Ponte Japonesa, que foi construída para ligar o bairro japonês ao bairro chinês, o templo cor de rosa Phuc Kien Assembly Hall, construído para a Deusa Thien Hau, deusa do mar. Para estes dois locais e para alguns templos menores, é necessário comprar um ingresso único que dá direito a 6 atrações.

Além disso, teoricamente, é necessário pagar uma taxa equivalente a 6 dólares para passear pelo centro da cidade. Como estávamos hospedados no centro, nem nos ligamos nisso e saímos pedalando, mas, ao voltarmos, fomos impedidos de entrar sem o passe. A solução foi simples: entrar pela rua ao lado.

Ao entardecer, caminhe pelas ruas que margeiam o rio e veja as lanternas se acenderem e a cidade se transformar em uma explosão de cores. Caminhe novamente por todas as ruas do centro e aprecie o show de cores das lanternas.

Além disso, do lado do rio oposto à Ponte Japonesa, é montado no Night Market, que nada mais é que uma rua que é fechada e barraquinhas de souveniers são montadas. O bacana mesmo são as lojinhas de lanternas, que ficam incríveis!

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Lanternas e mais lanternas!

Por fim, mas não menos importante, é impossível falar de Hoi An sem falar das centenas de alfaiates da cidade e suas lojinhas charmosas! Quando estávamos pesquisando sobre a viagem, nem demos atenção a isso porque não pretendíamos gastar dinheiro e tempo fazendo uma roupa (além de que estávamos viajando com apenas a bagagem de mão, sem espaço para nada que não fossemos utilizar).

Maaaassss… é impossível sair de Hoi An sem comprar alguma coisa! A qualidade das sedas e a beleza dos modelos de vestidos me surpreendeu muito. Imaginava apenas roupas típicas, mas o forte são os vestidos de festa ocidentais. Um vestido longo de festa, de seda, feito sob medida e no modelo e tecido de sua escolha sai por 35 dólares (depois de muita negociação)!!!!

Fiz com a família da guesthouse onde ficamos, cuja parte da frente é uma loja, e o vestido ficou perfeito e entregue em 24 horas! Como estávamos hospedados lá, não precisamos deixar metade do dinheiro antecipadamente (como é praxe) e não tive que me preocupar em voltar ao local para provar, visto que eles me levavam o vestido no quarto quando precisavam verificar as medidas.

Em resumo: perca-se pelas ruas (a cidade é quase uma Veneza nesse sentido), ande sem rumo e sem pressa. Refaça os caminhos a noite, a cidade se ilumina e fica inesquecível. E faça uma roupa, claro! 😉

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Hoi An é tudo que você imagina sobre o Vietnã!