A linda Veneza!

Ah, Veneza! A princesa do Adriático!

Veneza faz parte do imaginário popular como uma das cidades mais lindas do mundo e confesso que cresci ouvindo minha mãe dizer que gostaria de conhecer os famosos canais. Entretanto, já há alguns anos, eu vinha ouvindo coisas não tão positivas sobre a cidade, como, por exemplo, de quão lotada ela era, com cheiro forte de lixo e peixe, deteriorada e exploratória para turistas.

Por essas e outras, minhas expectativas eram medianas com relação à cidade. E devo confessar que algumas experiências com a sujeira e o caos de Roma, Bologna e Florença me deixaram mais apreensiva ao longo da viagem com relação ao que esperar de Veneza.

Mas… foi amor a primeira vista! Sem sombra de dúvidas, Veneza foi a cidade mais charmosa de toda a viagem, a mais romântica e inesquecível. Felizmente foi a penúltima cidade do roteiro, porque depois dela fica difícil se surpreender com alguma coisa (sorry Budapest).

O que fazer em Veneza? Ao pesquisar para elaborar o roteiro, a maioria dos blogs/sites de viagem concorda em dizer que não fazer roteiros é o melhor plano. Eu concordo plenamente: perca-se em Veneza!!! Andar sem rumo pelas ruelas estreitas, observando as pessoas, as lojinhas, os cheiros (não, a cidade não é nem um pouco fedida!), as construções, é simplesmente indescritível! Não se preocupe em acabar não chegando aos locais mais famosos, uma hora ou outra você dobrará uma esquina e se deparará com o que procurava, afinal, a ilha é bem pequena!

Uma dica importante: ao alugar um hotel, fique atento e cheque se o endereço realmente fica na ilha! São vários os hotéis no continente, na chamada Veneza Mestre. Ficar no continente é mais barato, mas não é nem um pouco charmoso! Não vale nem um pouco a pena… é uma economia porca.

Outra informação de ordem prática importante: se você estiver de carro, há prédios de estacionamento logo na entrada da ilha. Nós paramos o carro em um deles e fomos a pé até o hostel. O problema é que na saída do estacionamento havia uma ladeira enorme e as mochilas estavam pesadas a essa altura da viagem… foi sofrido subir com elas. Maaass, na volta percebemos que havia uma espécie de trem aéreo que ligava os estacionamentos à uma avenida próxima ao hostel… #ficaadica.

Os pontos mais famosos e que valem alguns minutos de calma contemplação são:

  • Ponte Rialto e o grande canal: A Ponte Rialto é a ponte mais antiga da cidade e a primeira a ligar os dois dados da mesma pelo maior canal da cidade, o Grande Canal. A ponte é linda e a vista é de tirar o fôlego!É lindo para ver o sol se pôr.
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Fim do dia visto da Ponte Rialto.
  • Praça e Basílica de São Marcos: a praça de São Marcos é a maior de Veneza e é um ponto de encontro para pessoas do mundo todo e possui alguns dos cafés mais famosos da Itália. Na praça, fica a basílica, uma igreja rica em mosaicos de ouro, prata e pedras. A riqueza dos detalhes da parte interior é impressionante! Isso porque na época áurea da cidade, todo navio voltava do oriente trazendo presentes e adornos para a igreja (a maioria tesouros históricos saqueados…). O símbolo maior da igreja são os cavalos de bronze que adornam a parte externa e que foram roubados diversas vezes ao longo da história da cidade (hoje são réplicas, e os originais estão dentro da igreja);
  •  Palácio Ducal: ainda na praça de São Marcos, ao lado da basílica. Não chegamos a entrar;
  • Ponte dos suspiros: andando pela rua paralela ao canal, ainda ao lado da praça, é possível ver a ponte dos suspiros, uma pequena ponte que ligava o palácio Ducal à prisão. Leva esse nome porque ao passar por ela, era a última vez que os condenados viam os canais de Veneza. Dizem que os casais que se beijarem em uma gôndola no momento em que ela passa por baixo da ponte e os sinos da basílica estiverem tocando, terão o amor eterno (nossa, que específico não!);
  • Por fim, é impossível falar de Veneza sem falar nas gôndolas! Elas estão por todos os lados e contribuem muito para a beleza épica da cidade. Ao pesquisarmos, lemos muito sobre os prós e contras de fazer esse passeio, uma vez que ele é muito lugar-comum, “turisticão”, uma coisa que as pessoas fazem sem pensar, só seguindo a onda. Mas, de fato, fizemos! Fizemos e não nos arrependemos. Não é nada espetacular e imperdível… mas vale a pena pelo novo ponto de vista que o passeio adiciona. A cidade vista de baixo, os detalhes, o silêncio e a proximidade com aquela água verde são demais! Para quem quiser fazer o passeio, a palavra de ordem é negociar: cheguem como quem não quer fazer o passeio e deixe os preços irem caindo. Bem cedo pela manhã ou bem ao fim da tarde é mais fácil negociar porque a procura é menor.
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De gôndola pelos canais.
  • Além desses pontos, a cidade é cheia de outras pequenas praças e igrejinhas, mas não vale a pena elencar, apenas perca-se e encontre-as.

 

O mesmo vale para os restaurantes, vá passando pelas ruas e, se achar o lugar legal, entre! Os preços não diferem das outras cidades turísticas da Itália. Aliás, foi em uma pequena pizzaria (Dolphins, muito boa!) de lá que aprendemos que pepperoni lá é pimenta, e não o nosso salame apimentado #ficaadica!

É possível ainda pegar um barco e conhecer as ilhas de Murano e Burano. Dizem que Murano não vale a pena, apesar dos famosos vidros, mas que Burano é uma versão mais colorida de Veneza, o que rende boas fotos. Como a beleza de Veneza já foi suficiente para nós, preferimos relaxar e aproveitar a cidade com mais calma, sem conhecermos as ilhas.

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Tem como não se apaixonar?!