Phi Phi, o paraíso é aqui!

Depois de quase 48 horas de voo/aeroporto, optamos por começar nossa viagem pelo sudeste asiático da forma mais relaxante possível: pegando uma praia!!! E a praia escolhida (a ilha, na verdade) não poderia ser outra a não ser a famosa Phi Phi!

CHEGANDO ATÉ A ILHA

Para chegar até a ilha é necessário pegar um barco (ferry). Existem algumas agências que fazem o trajeto e você pode comprar com facilidade a passagem na hora, direto no pier, ou reservar com antecedências (phiphi-ferry.com ou www.phuketferry.com). Como são poucos os horários e barcos que fazem o trajeto e era véspera do dia de Ano Novo Chinês, nós compramos nossos tickets online com 3 dias de antecedência. Outra vantagem de comprar online é que você pode pedir para a agência te pegar no hotel e levar até o pier por R$ 5,00/pessoa.

E aqui vai a primeira dica importante: existem duas opções de barcos que fazem o trajeto Krabi-PhiPhi ou Puket-PhiPhi, um chamado Ferry, que é mais barato e leva 2-2,5 horas para chegar e a outra é chamada Speed Boat ou Speed Ferry, que é mais cara, mas leva 1 hora para chegar (e sai um pouco mais cedo também, o que gera um ganho de tempo maior no fim das contas).

Como a grana era curta, escolhemos o ferry mesmo. O barco era composto por uma parte superior toda aberta e uma parte inferior fechada, com cadeiras. Nos instalamos na parte superior para ver a paisagem, mas uns 10 minutos após sairmos do píer, quando entramos em mar aberto, o barco começou a balançar um pouco e, consequentemente, nos molhar. Descemos para a parte de baixo e segundos depois as demais pessoas desceram correndo, totalmente molhadas por uma grande onda.

Embora não houvesse chovido na semana da nossa visita ou na semana anterior, o mar estava anormalmente agitado aquela semana e o barco começou a balançar muito, mas MUITO MESMO! Para completar o pacote, o motor ficava na parte de baixo e o cheiro de óleo e diesel estavam absolutamente insuportáveis naquele ambiente fechado. Eu, Camila, jamais fiquei enjoada na vida, nem em barcos, ou aviões ou parques de diversão, mas tenho que confessar que precisei juntar todas as minhas forças para não vomitar.

Foi um perrengue daqueles! A água começou a entrar no barco, famílias com crianças começaram a ficar ainda mais nervosas, todo mundo verde de enjoo, as bagagens absolutamente molhadas e o clima foi ficando tenso. Um pai, cuja filha de 2 anos estava passando mal, pediu para o capitão desacelerar, mas o “capitão” começou a gritar com ele de uma forma absolutamente desnecessária e a confusão se instalou de vez… Foi um verdadeiro fuzuê! Por fim, chegamos (quase) sãos e salvos, depois de 1,5 horas.

Na nossa segunda vez em Phi Phi, optamos novamente pelo ferry, mas acabamos reservando por outra empresa (são várias que saem mais ou menos no mesmo horário). Embora o barco saísse meia hora mais cedo, chegamos no mesmo horário dos demais na ilha, já que esta empresa passava por Phi Phi Lee (contornava a ilha), o que tomou um bom tempo. Informem-se antes de comprar e evitem.

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No speed boat, na chegada à Phi Phi. Pensa num sorriso falso minha gente!!

HOSPEDAGEM

Definir onde ficar em Phi Phi foi bastante complicado. A ilha é um lugar de extremos: grande e magníficos resorts isolados e caros ou pequenos hotéis familiares/hostels baratos e ruins. Quase não existem meios-termos entre esses extremos e, para completar, os hotéis se esgotam rapidamente.

Com relação a localização dos hoteis, Phi Phi toda é incrível e cada praia tem sua particularidade e beleza. Simplesmente não tem como errar! A única praia não recomendada para banho é a praia do pier, Ton Sai Bay. Mas se optar por um hotel perto, não se preocupe, basta atravessar a ilha (o que se faz em 5 minutos a pé) e estará na praia mais agitada, a Loh Dalam. É nessa praia que ficam a maior parte dos bares, mas a noite o barulho é grande, então se você não está procurando balada, fuja dela. Minha recomendação pessoal: fique um dia no centro para aproveitar os barzinhos e um dia em uma praia afastada (exceto se você foi procurando agito, aí tem que ficar no centro mesmo). Ficamos em Long Beach e recomendamos fortemente, muitos peixinhos coloridos e muita paz!

Vamos aos nossos locais de hospedagem:

Como estávamos quebrados da longa viagem, optamos por investir e passarmos nossa primeira noite no hotel mais caro da viagem, o PhiPhi The Beach Resort (4900 baths). O hotel é muito bom, cada quarto é uma cabana incrustada na encosta da ponta da praia de Long Beach, uma das melhores da ilha. Para chegar até os quartos, o hotel conta com carrinhos de golfe para levar e trazer os hospedes. Além disso, o restaurante do hotel é muito bom e com preços bem condizentes com o restante dos restaurantes medianos da Tailândia (super recomendo o large noodles ao molho de ostras, aliás). O resort ainda oferece cadeiras de praia, guarda-sol e toalhas de praia gratuitamente para os hóspedes e aluga a preços baratos –  snorkel (5 reais o dia todo) e kaiak (15 reais por hora).

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Phi Phi the beach resort. Olha a cor dessa água!!!

De lá, é possível ir a pé até o View Point… teoricamente. Na verdade é sim possível chegar até o View Point (é possível chegar de qualquer hotel da ilha, já que este é o ponto de evacuação em caso de Tsunami, mas a trilha leva mais de uma hora), mas vale a pena subir ao View Point saindo do centro da cidade, como falaremos mais abaixo.

No segundo dia dormimos em um barco (mais detalhes abaixo) e no terceiro dia optamos por um hostel baratinho, o Sea Shell Hut. Esse hostel conta com quartos coletivos e individuais e fica bem no centro da ilha. Pagamos aprox. 115 reais (1110 baths) a diária e não deu para reclamar, embora velho, o quarto era limpo. A única consideração é a água da pia, que vinha diretamente de um balde… é colegas, sente o nível! Escovamos os dentes com água mineral esse dia, só pra garantir. 😉

Outro hotel que chegamos a reservar e depois cancelamos ao lermos as resenhas foi o Viking (1950 bath, melhor custo benefício impossível!). Mas ele ficava bem próximo do nosso hotel, em Long Beach, e fomos até ele de kaiak. Nos arrependemos de não termos dado uma chance, o lugar é surreal de lindo e rústico.

EDIÇÃO: na nossa segunda vez na ilha, realmente ficamos no Viking e gostamos bastante! O hotel é composto por cabaninhas distribuídas na mata (logo insetos existirão) e tem uma praia privativa bem gostosa. De lá é possível ir a pé até o centro em uma caminhada leve de 20 minutos, ou seja: você está isolado, mas com acesso fácil a tudo! O restaurante do hotel é bem gostoso e oferece gratuitamente uma degustação próximo ao horário do jantar.

Ficamos nele 1 noite e passamos as demais no Panmanee, no centro (2350 bath/diária). O hotel é super bom e a localização é ótima, bem no coração do centrinho comercial da ilha.

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Viking hotel e sua praia super exclusiva!

NOSSO CRONOGRAMA NO PARAÍSO

Primeira viagem (2016)

DIA 1:

Chegamos na ilha por volta das 9:30 da manhã e o barco do nosso hotel estava a nossa espera no pier. Cinco minutinhos depois e já estávamos fazendo o check-in. Subimos para o quarto, colocamos a biquini/sunga e fomos jacarezar na praia.

Ao colocarmos os pés na água, surprise, surprise: água deliciosamente morninha e centenas de peixinhos coloridos! São centenas mesmo, sem exagero, e nada de precisar ir até o fundo, eles nadam a centímetros da faixa de areia. Isso porque bem em frente ao nosso hotel fica o Shark Point, um aglomerado de pedras onde é possível ver pequenos e inofensivos tubarões (na teoria né, na prática não li relatos de ninguém que tenha visto e também não vimos).

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Peixinhos coloridos em Long Beach. Olha a transparência dessa água!!!

Ficamos na praia, nadando com os peixinhos, até a hora do almoço. Comemos no próprio restaurante do hotel (como já disse, preço bom, comida ótima). Subimos para o quarto para descansarmos um pouco do sol e, uma hora depois, quando voltamos para a praia, outra surpresa! Cadê a praia que estava aqui?!

O efeito da maré em Phi Phi é uma coisa que eu nunca havia visto na vida! O mar sobe e desce muito rápido e de forma muito intensa! Então, antes de qualquer passeio CONSULTE A TÁBUA DE MARÉS!

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Shark point e o efeito das marés. Com maré alta só é possível chegar lá de barco ou kaiak, mas com a maré baixa é possível andar quilômetros mar a dentro.

Passamos o resto da tarde vendo a vida passar e jantamos no próprio hotel também.

DIA 2:

Acordamos cedo e alugamos um kaiak no próprio hotel por uma hora. Passeamos por toda long beach. Aproveitamos o resto da manhã na praia do hotel e fizemos o check-out as 13:00.

De lá, o barco do hotel nos deixou no pier e aproveitamos o tempo para passearmos pelo centrinho de Phi Phi.

As 14:00 deixamos a mala no escritório e seguimos para o aguardado passeio de Sleep Aboard em Maya Bay! Rumo A Praia, literalmente a praia das praias!!!!!!!!!! Nela foi gravado o famoso filme A Praia com o Léo DiCaprio!

O passeio do Sleep Aboard em Maya Bay é realizado por apenas uma agência e apenas um barco por noite, com 30 pessoas, tem permissão de permanecer na baía de Maya Bay para o pôr do sol e a pernoite. Por isso, é muito importante reservar com antecedência (pelo site http://www.mayabaytours.com/) !!

O passeio funcionou da seguinte forma:

-15:00- Saída do píer em direção a Phi Phi Lee

-15:30 – Passamos pela Viking Cave e seguimos para o no lado oposto da ilha, para snorkel. No dia do nosso passeio não fizemos essa parada porque o mar estava muito agitado no local. Em vez disso, paramos na entrada de Maya Bay para fazermos snorkel lá.

O snorkel foi muito bacana, a água é absurdamente transparente e os corais e a diversidade dos peixinhos é impressionante. Infelizmente não tenho nenhuma foto porque não levamos uma GoPro (ou equivalente). Dica: vale muito a pena levar uma nesse passeio. É um investimento que nós nos arrependemos bastante de não termos feito.

-16:30 – Voltamos do snorkel para o barco e um bote nos leva até A Praia, finalmente!!

Chegamos com a maré baixa, mas, na minha opinião, isso não tirou nenhum pouco do charme daquele paraíso. A Praia é realmente A praia! Maya Bay é incrível, é linda de chorar! E vê-la totalmente vazia, tê-la só para nós, sem disputar espaço com centenas de turistas ávidos pela foto perfeita foi impagável!

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Maré baixa dando um charme à Maya Bay!

Descemos do bote e após alguns segundos de contemplação seguimos para Lo Sama, uma espécie de tablado onde pode-se ver o lado oposto da ilha, uma vista linda. Ficamos lá alguns minutos e voltamos para Maya Bay, para esperar o sol se pôr.

Uma vantagem da maré baixa nesse horário foi a possibilidade de irmos a pé até uma faixa de areia que fica a direita da praia principal e na qual tem-se o melhor ângulo do pôr do sol (com maré alta só se chega de barco). Foi demais… o sol se pondo no paraíso e apenas nós e outras 15 pessoas lá para vermos…

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O paraíso é aqui!

-18:00- O jantar foi servido na praia, em esteiras na areia. Havia um curry de frango e arroz com legumes que estava surpreendentemente saboroso! Depois do jantar eles deixam um tempo para jogar cartas, conversar ou andar pela praia. Fizemos um pouco de cada.

-20:00- É servido um churrasco de frango ao barbecue (muuuito bom!) e um bucket de bebida é dado para cada pessoa. Logo após começam os jogos em grupo. Se você não tiver na vibe, sem problemas, o pessoal deixa todo mundo bem livre para andar na praia. Eu recomendo interagir com a galera um pouco e depois ir deitar na praia, longe do barulho, no meio do nada e ficar olhando as estrelas… fizemos isso e foi demais. Deitar na areia, ouvir o mar, ver o céu estrelado e não ouvir nenhum barulho além da natureza… incrível!

-22:00- Botes vieram para nos levar de volta ao barco principal para o aguardado mergulho com os plânctons fluorescentes!!

Algumas pessoas do nosso grupo não quiseram mergulhar porque não queriam dormir molhadas e salgadas (é galera, não tem chuveiro, tá) e também porque a brisa do mar estava fria. Entretanto, o mar estava muito morno e gostoso, não se deixem enganar pela brisa!! Na minha opinião, quem está na chuva é para se molhar… nesse caso, quem está no meio do oceano é para se molhar ainda mais!!!!!

Pegamos o snorkel e pulamos na água! Gente, FOI INDESCRITÍVEL! Não há câmera que consiga captar o brilho emitido pelos plânctons, por isso não temos foto. É uma experiência para ficar na apenas memória pelo resto da vida. A medida que você e as pessoas ao seu redor se movimentam, a água brilha em um tons de azul e verde. É como estar nadando no céu e poder tocar as estrelas… sério, o passeio todo vale muito a pena por causa desse momento!!!

-22:30- Voltamos para o barco, tomamos “banho” de lenço umedecido, trocamos de roupa e fomos dormir. Essa parte não foi legal. Dormimos em colchonetes e sacos de dormir e podíamos escolher entre ficar na parte de cima do barco ou na parte inferior, coberta, na qual ocorre uma festinha até as 3:00 da manhã (não estávamos no clima, ainda estávamos muito cansados da longa viagem de avião).

O dia estava muito quente, mas de madrugada a brisa do mar estava congelante. Estávamos de blusa de frio e com sacos de dormir até o pescoço, mas foi quase impossível pegar no sono devido ao frio e ao barulho da festinha.

-8:00 dia seguinte- “Acordamos” e tomamos café da manhã (simples, mas honesto). Pegamos o snorkel e fizemos mais uma horinha de mergulho.

-9:30- Pegamos os botes e fomos de volta a Maya Bay. Pegamos a praia com a maré cheia e o cenário se transformou de maravilhoso para indescritível. O sol batendo naquela água e refletindo as nuances verdes e azuis é demais.

É uma pena que a parada é bem rápida, tempo suficiente apenas para as últimas fotos (inclusive para a famosa foto do grupo pulando, como na cena final do filme).

Maya Bay deixou um gostinho de quero mais, uma sensação de quão pequenos somos perante a grandiosidade da natureza. É um lugar que quero voltar sem dúvidas!!! Li relatos de muitas pessoas que detestaram o lugar devido ao volume de turistas numa praia que é bem pequena. Minha dica para você não se decepcionar é chegar cedo, cedo mesmo, as 6:00 da manhã! Mesmo que a maré esteja ruim no dia, chegue esse horário e curta um pouco da praia só para você.

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Maya Bay, ao amanhecer, com a maré subindo.
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Nosso momento Hollywood!

 

-10:00- Voltamos para o barco rumo a Phi Phi Don. Fim de passeio.

VALE A PENA FAZER O SLEEP ABOARD? Depois de fazermos o passeio, Rafa e eu ficamos conversando sobre se valia a pena ou não, se faríamos de novo ou não. Honestamente é difícil dizer. Ter a praia só para nós, sem disputarmos com mil turistas foi fantástico, ver o pôr do sol de lá foi um privilégio e nadar com os plânctons foi inesquecível. Entretanto, passar a noite em claro, tremendo de frio, com o corpo cheio de sal e molhados do mergulho noturno não foi legal. O barulho da festa dentro do navio incomodou bastante quem queria descansar (e éramos a maioria). A festinha deveria ser feita na praia e não no barco. O preço do passeio foi bem salgado (foi o mais caro de toda a viagem)… com o que gastamos nele, poderíamos ter ficado em um resort e termos alugado um barco privado para nos levar até Maya Bay ao amanhecer e termos a praia só para nós da mesma forma (mas perderíamos o snorkel com os plânctons, que é fenomenal). Rafael faria de novo? Não. Camila faria de novo? Sim. Honestamente, na dúvida, faça e tire suas conclusões.

Dica: sua bagagem ficará no escritório deles, então leve uma mochila com tudo que possa precisar. Indico: lenço umedecido, álcool em gel, toalha de natação, uma troca de roupa, uma blusa de frio, tampão de ouvido, pente, escova de dente,protetor solar, repelente e câmera fotográfica/celular carregados.

 

DIA 3: 

Chegamos do Sleep Aboard por volta das 11:00 e fomos deixar nossas coisas no hotel. Almoçamos numa padaria e seguimos pegar uma praia por volta das 14:00. Desta vez, fomos para Loh Dalam, a mais badalada das praias de Maya Bay.

Por conta da maré, tratamos logo de alugar um kaiak lá e fomos remando até Monkey Beach (fica a uns 20 minutos de remada, dá para ir tranquilo). Essa praia fica escondida e é repleta de macacos – que são atraídos pela comida dos turistas. Fique atento porque os danados roubam as mochilas para verem se tem comida. Aqui vai um pedido: não seja irresponsável, não alimente os macacos! Isso deixa os animais ociosos e a nossa alimentação não é apropriada para eles!!!

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Macaquinho safadinho.

A cor da água daquela praia é demais, a mais incrível da viagem toda. Dá só uma olhada!

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Sem filtro nenhum, juro!

Pegamos só uma hora de kaiak, então foi o tempo de irmos, darmos um mergulho e voltarmos. Peguem de 2 a 3 horas de kaiak para curtir de verdade essa água incrível e cheia de peixinhos. Novamente: cheque a tábua de marés para não ter que voltar com o kaiak nas costas!

Voltamos ao hotel por volta das 16:00 e fomos tirar uma sonequinha (já que não havíamos dormido) antes de subirmos para ver o pôr do sol no View Point. Não colocamos despertador… acordamos as 21:00.   =/

Fomos tentar aproveitar a noite em Phi Phi. Passamos rapidamente nos bares de Loh Dalam e também fomos ao Reggae Bar (Muay Thai bar). Esse bar tem um ringue de Muay Thai no meio do salão e quem luta são os clientes! Qualquer um pode lutar (e ainda ganhar um bucket na faixa). É super engraçado sentar á e ficar vendo as lutas… algumas pessoas lutam super bem, mas outras… só risos!

DIA 4:

Nosso barco rumo à Krabi saía as 10:30 da manhã, então acordamos cedo e fomos conhecer o View Point. De dia ele perde parte da magia que tem ao pôr do sol, mas mesmo assim vale a passada.

Aqui fica mais uma dica: são dois os caminhos que levam do centro ao View Point, um de escadas, curto e rápido e outro no qual você sobe uma ladeira de terra e é muuuito mais longo. Não sabíamos da existência desse caminho e adivinha qual pegamos?! Então peça informações antes de sair seguindo as placas.

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A vista dos dois lados da ilha, no View Point de Phi Phi.

Do View Point é possível ter uma idéia do porque o Tsunami foi tão devastador… todo o centro da ilha, onde fica a maior parte dos hotéis, fica nessa faixinha de terra entre as duas praias. Basicamente não havia para onde correr. =(

Outro passeio muito bacana e que não conseguimos fazer devido ao tempo curto foi o das ilhas de Mosquito e Bamboo. Conhecemos um casal de brasileiros que achou tão incrível quanto Maya Bay, então vale dar uma conferida.

Segunda viagem (2019)

DIA 1:

Chegamos na ilha por volta das 10:30 e passamos do centro para comprarmos um saco estanque (útil para tudo, super recomendo!) e acertarmos os detalhes do mergulho que faríamos no dia seguinte.

Pegamos o barco e fomos para o Viking Nature Resort. Fizemos check-in, trocamos de roupa e fomos andando para Long Beach. Almoçamos no PhiPhi The Beach Resort (como dito acima, o large noodles deles é mara!), curtimos um pouco a praia do hotel e voltamos para passar o resto da tarde na praiazinha do Viking.

Pedaço de paraíso

DIA 2:

Mergulho + caiaque até Monkey Beach + pôr do sol no View Point

Fizemos nosso primeiro mergulho de cilindro em Phi Phi e garanto que vale demais a pena, foi uma das experiências mais incríveis da vida! Fechamos com a Profun Divers, uma escola super recomendada, atendimento nota 10, que tem instrutores brasileiros e equipamentos em ótimo estado. Aliás, ter um professor brasileiro fez diferença, dá muito mais segurança ouvir instruções na sua lingua materna e ter a certeza que, caso ocorra algum problema, você será entendido. Fizemos o Discover Scuba Diving (3400 bath – tudo incluso). O tem início às 7:30 e vai até 12:30 e conta com dois mergulhos de aprox. 50 minutos, com intervalo entre eles e almoço no final, e é recomendado, inclusive, para pessoas que nunca mergulharam na vida (como nós), não sendo necessário nenhum certificado ou treinamento prévio.

Mas não é perigoso?! Não. Antes do mergulho, durante o trajeto até o ponto, os guias separam sua dupla e dão um treinamento básico. Chegando no local, você coloca a roupa, pula na água e, ainda na superfície, testa o equipamento e comandos básicos.

Sobre a nossa experiência: Rafa estava bem tenso desde quando inventei essa história de mergulho, mas se saiu suuuper bem, adorou. Eu, confesso, fiquei tensa no começo. Quando coloquei o respirador na boca e tentei respirar, o ar não vinha. Fiquei meio em pânico, mas pulei na água mesmo assim… felizmente sob a água o aparelho funciona as mil maravilhas (a pressão ajuda) e foi tudo perfeito! No treinamento a 2m da superfície, o instrutor nos faz testar na prática o que foi ensinado, inclusive simplesmente tirando o respirador da nossa boca e enchendo a máscara de água! Dá um medinho, mas seguindo as instruções é muito fácil contornar esses problemas e ganhar confiança.

Vimos cardumes enormes de peixes, tartarugas, polvos, moréias, peixe-palhaço (Nemo), arraias e paredões de corais lindos!!! Só faltou mesmo um tubarão pra conta! 😉 Uma dica que o instrutor nos deu e que é legal: se for filmar, faça filmes de 10-15 segundos. Dificilmente você ficará assistindo filmes maiores depois. Falando nisso, optamos por comprar uma action cam exclusivamente para isto: escolhemos depois de muita pesquisa a Yi 4K, um bom custo beneficio por USD99 (Nov/18) com videos com resolução excelente.

Voltamos, almoçamos e pegamos um caiaque para irmos até Monkey Beach (mais sobre ela no relato da primeira vez na ilha, acima). Dessa vez não vimos nenhum macaco dessa vez, mas a praia continua com o verde mais estonteante da vida!

Por volta das 16:40 subimos para o View Point para pegarmos o famoso pôr do sol de lá. Fomos pelo caminho certo dessa vez, mas confesso que ele não é tão mais fácil que o caminho errado que pegamos anteriormente. Para subir, levamos pouco mais de meia hora em um ritmo bem forte. Vale a pena? Bastante! As cores ao pôr do sol são lindas e pegamos os dois lados da praia cheia, realmente muito especial!!

Vale a pena fechar o dia assim!

A noite passeamos pelo centro e dormimos cedo, estávamos muito quebrados da viagem e da euforia do mergulho.

DIA 3:

Tour Moskito (ou Mosquito) e Bamboo + pôr do sol no mar + mergulho com planktons + Raggae Bar

No dia seguinte, voltando do mergulho, combinamos com um dos barqueiros do porto um passeio de meio dia para Moskito e Bamboo + paradinha no Shark Point (2000 bath pelo barco, então se tiver mais gente para dividir, melhor).

Saímos as 8:30 e levamos uns 40 minutos até a primeira parada: Moskito Island. A ilha é pequenininha e tem uma única praia bem estreita e de areias brancas. O mar é verde esmeralda, lindo, com muita vida marinha. Maaas, ela está fechada, assim como Maya Bay, para restauração da vida marinha. O barqueiro parou e ficamos lá contemplando. Eis que ele fala: “go, swim!”. Ficamos meio sem entender e ele explicou que os barcos estão proibidos de se aproximar, mas não há uma restrição para quem quiser pular no mar e ir nadando por contra própria. Como era cedinho e não tinha absolutamente ninguém, decidimos aproveitar a chance.

Olha essa água!

Curtimos a praia só pra gente por uma meia hora (para banho ela não é tão boa justamente porque tem muitos corais no raso, dá medo de bater). Voltamos para o barco. Porém, eu, Camila, não sou nem um pouco boa nadadora… Na metade do caminho fiquei cansada e parei de nadar, mas não me atentei que estava em cima de um coral com dezenas de ouriços. Resultado: chutei um ouriço (sim, isso que dá fazer coisa errada…). Podia ter sido muito sério, mas, felizmente, entraram apenas 4 espinhos pequenos no meu pé e o barqueiro tinha iodo para o primeiro cuidado.

Ouricinhos e ourições

Seguimos para Bamboo Island, que é maior e com mar bem azulzinho! Fizemos snorkel e curtimos as areias quentinhas e brancas por aprox. 1,5h. A dica é chegar cedo, como fizemos. Por volta das 10:00 as lanchas maiores chegam e a praia fica um pouco mais lotada.

Pertinho de Moskito e o mar muda tanto!

De lá voltamos para Phi Phi com uma parada no Shark Point, uma formação rochosa em frente à Long Beach na qual é possível ver pequenos tubarões. Bem, ficamos lá por quase uma hora e não vimos. Mas é um ponto bacaninha de snorkel.

Chegamos no porto por volta das 12:30, almoçamos e ficamos de bobeira na praia/centrinho até 17:00, quando fechamos um passeio, como o mesmo barqueiro, para vermos o pôr do sol no mar e mergulharmos com os planktons (havíamos mergulhado da primeira vez e foi uma experiencia mágica!!!).

Na verdade, havíamos comprado este mesmo pacote com a Adventure Club, mas eles cancelaram alegando que a noite não seria boa para ver planktons. Teimamos. Nos demos mal.

O pôr do sol foi legal, com cores lindíssimas, mas o mar estava batendo muito, era difícil até ficar sentado sem ser jogado de um lado ao outro. Anoiteceu, pulamos na água e não vimos plankton nenhum. =(

Até quando dá errado dá certo em Phi Phi!

Para fechar o dia, jantamos e fomos ao Reggae Bar. O local é um bar onde acontecem lutas de Muay Thai, como já dissemos acima. Acontece que após a primeira viagem, começamos o esporte, então imagina a nossa empolgação! Rafa lutou e GANHOU!!!! Foi super bacana! Nenhuma menina animou, então não lutei (confesso que fiquei feliz, estava com medo de quebrar um nariz no terceiro dia de viagem né…).

Vai marido!!!

DIA 4:

Passeio pelo centrinho até 9:30, quando pegamos o barco para Railay Beach.

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E aqui termina nosso tempo em Phi Phi! Em resumo: leu que o lugar é cheio de gente e muito turistico, que vale a pena ir para outras praias e está na dúvida? Esqueça! Phi Phi é demais! Se quiser fugir da badalação, escolha Long Beach ou uma praia bem na ponta norte da ilha e contrate um barco para fazer os passeios pelas diversas ilhas e praias ao redor.

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Maya Bay, espero te ver novamente um dia!