Nossos perrengues em viagens

Porque rir é melhor que chorar, selecionamos alguns dos nossos melhores perrengues em viagens!

  1. Namibia – Etosha – “Modelo exótico”

Saímos bem cedo para iniciar nosso dia de Safari no Etosha, depois de algumas horas, decidimos ir em direção ao gigantesco salar ao norte da reserva. Chegando próximo, o estomago do Rafa começou a reclamar. Já adentrando no salar, na única estrada disponível, Rafa diz que era inevitável e decide parar o carro no meio do salar e ir atrás da caminhonete para atender a natureza (nota: descer do carro é super proibido e não recomendável). Rafa lá e eu segurando uma pá, atenta, caso aparecesse algum predador. Eis que surge no horizonte um ônibus de chineses. Um BUSÃO, no meio da savana! Sabe-se Deus como eles locaram um busão pra fazer safari! Que correria, precisava ser finalizado o serviço e ainda por cima pegar a pá, enterrar e lavar as mãos!!! No final, tudo deu certo, os chineses pararam junto ao nosso carro, desceram, encorajados pela nossa presença, tiraram as centenas de fotos e foram embora sem perceber nada (ou não).

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Já que já estávamos fora do carro…
  1. Botswana – Delta do Okavango – “De encontro com os elefantes”

Após observarmos uma família linda de elefantes tomando banho em um lago, seguimos nosso caminho por entre uma estreita trilha em meio a arbustos retorcidos. Eis que nos deparamos com um elefante gigantesco no meio dessa estradinha. Como ele nem dava sinais de se mover, resolvemos arriscar e passarmos do ladinho dele. Bom, ele se moveu. E rápido. E na nossa direção. Rafa começou a dirigir como um louco na estrada cheia de curvas e buracos, com elefante atrás! Eis que depois de uma curva, surge um outro elefante na frente, a centímetros do carro! Só fechei o olho e me imaginei explicando pra seguradora que demos PT em um elefante! Nem sei como passamos, mas passamos.

 

  1. Botswana – Savuti – “Compartilhar e racionar”

Nada como um bom planejamento de viagem para um safari na Botswana. Planejamos em detalhes a lista de mercado e quantidade de litros de combustível necessário. Adivinha? Tava lá a gente no meio da savana, 200km de qualquer cidade, com combustível para 210km, almoçando um quarto de um pão de forma com um resto de Nutella e aproveitando as últimas gotas do nosso galão empoeirado e quente de água…

  1. Botswana – Chobe – “Só mais 10 minutinhos… rally time!”

No Chobe, é obrigatório sair da reserva antes do pôr do sol. Estávamos lá o dia inteiro procurando por algum felino até que, próximo ao pôr do sol, vimos alguns jipes parados ao lado de um mato alto e, de repente, ouvimos um rugido. Fiquei eufórica, finalmente iria ver um leão! Decidimos quebrar as regras, já que tinham outros carros de turismo conosco (levar bronca em bando é mais tranquilo). Quase uma hora se passou, e nada do leão sair do mato, e um guia encostou o carro no nosso e perguntou se também tínhamos reservas noturnas especiais. Obvio que não. A partir daí, foi uma correria, se algum guarda nos pegasse dentro do parque, estaríamos bem ferrados. Resultado: 40 min de rally na savana, no escuro, até chegar a um dos portais da reserva. O carro balançava tanto que foi um milagre termos saído sem um pneu estourado e com os amortecedores intactos. Quando chegamos, Rafa, com a maior cara de coitado, olhou para o guarda furioso e falou que ficou mais de 1 hora atolado em areias profundas. Escapamos de uma!

  1. Suiça – Alpes – “Acima das nuvens”

Saimos de Interlaken com destino a Bolonha, decidimos seguir o GPS. Em um determinado momento, vimos uma placa branca com as bordas vermelhas na estrada e, depois disso, nem uma alma viva. Achamos estranho, mas seguimos em frente. Percebemos que a estrada era sinuosa e estávamos subindo muito, com muita neblina, árvores congeladas e  montes de neve cada vez maiores. Depois de 1h00 dirigindo, a paisagem se abriu e demos conta que estávamos próximos a algum pico, já acima das nuvens! Que paisagem fantástica! Paramos, sem saber se seguíamos ou voltávamos, já quase sem combustível, quando avistamos um carro com um casal de idosos. Eles pararam e nós contamos que queríamos ir para Itália, seguindo GPS. Eles caíram na risada (nunca é bom sinal!). Explicaram que a estrada estava fechada, que era ilegal estar ali e ganharíamos, nos 4, uma bela multa se alguém nos visse. Descemos rapidinho!

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Perdidos, acima das nuvens.
  1. Austria – Sölden – “Esquiando como alemães”

Decidimos esquiar com nossos amigos alemães nos Alpes, depois de uma bem-sucedida jornada de 2 dias nas pistas mais fáceis de ski no Chile. Pegamos o bondinho por uns 10 minutos, montanha acima, todo serelepes. Quando chegamos na pista, bateu o desespero: uma ladeira sem fim, inclinadíssima, e sem bordas de proteção separando a pista do precipício. Na temperatura de -5ºC eu suava de medo a ponte de embaçar os óculos. Como tudo que sobe, desce, criamos coragem e fomos descendo de ladinho. Resultado: depois de uns 10 minutos, perdi o controle do ski e caí, rolei por uns 50 metros tentando me agarrar no que dava até que a namorada do meu amigo me salvou com o snowboard. Olho para as laterais da pista e vi bandeirinhas pretas. Perguntei o significado e nossos amigos começaram a rir (nunca é bom sinal gente, sério) e a pedir desculpas. Havíamos pegado a pista do Campeonato Mundial de Ski.

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A tal da placa preta…
  1. Alemanha – Frankfurt – “Zwei Wasser, bitte”

Para aqueles que pensam que em país de primeiro mundo, não tem roubada…aí é que se enganam. Sábado à noite em Frankfurt, Rafa atravessa a rua do hotel para comprar duas garrafas de água. Na mera inocência, foi pagar a conta de 2 EUR com uma nota de 50 EUR. Consequência? O vendedor sacana me devolveu troco de 8 EUR e afirmou que a nota dada era de 10 EUR. No calor da discussão, surgiram outros 4 caras de dentro da lanchonete e intimidaram-no… bye bye dinheiro.

  1. Cingapura – Cingapura – “Aberto a novas experiencias”

Tá lá a Camila com a brilhante ideia de almoçar em um restaurante indiano de comida compartilhada. Pegou uns molhos super doidos e se empanturrou sem preocupações. Após 50 minutos, em uma das inúmeras lojas grandes da moderna Cingapura, o estomago decidiu rejeitar a comida, é claro. Ela saiu correndo para o banheiro, onde se deparou com o inesperado: na luxuosa loja de uma das cidades mais modernas do mundo, não tinha papel higiênico e nem privada rsrs. Tá aí a experiencia de como ter piriri em um buraco e limpar com um baldinho de água.  😊

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Olha esses baldes… tava na cara né!
  1. Tailândia – Phi Phi – “Mar em caos”

Era um belo dia de sábado, nosso segundo dia na Tailandia. Saindo de Phuket para Phi Phi no tal do “Ferry speed”, um barco grande que é mais rápido. Fomos direto ao segundo andar do barco, que era aberto, onde achávamos que passaríamos nossas próximas duas horas de viagem. Mero engano. Muito espertos, ao entrar em alto mar, vimos que as ondas estavam altas e decidimos descer para o andar coberto. 5 minutos depois desce meia dúzia de turistas encharcados por uma onda que passou por cima do barco. Aí começou a sina, era aquele barco que subia e descia as ondas, balançava de um lado para outro, um cheiro de óleo diesel queimando e água começando a entrar. O capitão acelerava como louco e as pessoas começaram a passar mal. Camila, que nunca fica mal com nada, quase botou as tripas de fora. Para completar, um italiano foi tirar satisfação de como o capitão e os dois quase saíram no soco, um verdadeiro caos. Lição aprendida: tomar dramin antes de entrar em qualquer barco.

  1. Tailandia – Phi Phi – “Rafael em caos”

Mais uma do estômago dele, para variar. Após um delicioso café da manhã na praia de Long Beach, precisávamos pegar um barco de 10 minutos até o centro de Phi Phi. Ao nos acomodarmos no pequeno Long Tail, o estomago dele começou a “reclamar”. Não fazia nem 30 segundos que o barco tinha saído e o desespero batia na cara da pessoa, precisava descer urgentemente. Não houve opção, teve que segurar até a chegada no centrinho. Ao descer do barco já me alertou: “Espere aqui”, e em questão de segundos já perdi ele de vista. Tempo passa e eu já desesperada, sem saber se ia ou ficava, chamava polícia ou bombeiro, quando ele aparece, todo pleno, contando do banheiro maravilhoso que encontrou em um hotel 5 estrelas…

  1. Oceano indico – “Na Primeira classe”

Estávamos sobrevoando o oceano indico, após mais de 30 horas de viagem, e o café da manhã foi servido. No momento que as bandejas foram retiradas, novamente ele, o Rafa, teve uma dor de barriga bem no momento em que havia uma fila de umas 20 pessoas no banheiro. Naquele desespero, branco igual papel, vi ele abordando uma aeromoça e gesticulando. Esse foi o passe dele para a Primeira Classe do gigante Airbus A380: ganhou entrada VIP ao banheiro exclusivo.

  1. Oceano Atlantico – “Elevador”

Voltando de Portugal, há cerca de 2-3 horas da costa portuguesa, viajava sozinho na minha fileira de assentos. As bebidas acabaram de ser servidas, quando de repente uma taça de vinho é arremessada em minha direção por uma moça na minha diagonal após uma inesperada turbulência. As aeromoças correndo pelo avião para se sentar, o negócio ia ser feio. Depois de três quedas de cerca de 10 segundos cada, 8 ave marias, 2 Pai Nosso e gritos assustados, o avião voltou a ficar estável e o piloto se desculpou pela turbulência inesperada. Ao olhar o computador de bordo, percebo que perdemos cerca de 3.000 metros, uma bela de uma queda.

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