Mercado flutuante Damnoen Saduak

O polêmico, o pega-turista, o rotulado… e o que ninguém deixa de ver. Ou quase! Quando estivemos na Tailândia em 2016 lemos que esse mercado era péssimo, descaracterizado, uma coisa para turista ver, enfim, péssimos reviews. Por isso optamos pelo combo Amphawa e Maeklong (leia aqui).

Mas sabe quando você fica com aquela pulga atrás da orelha, aquele leve arrependimento de não ter visto com os próprios olhos toda vez que  vê uma foto do local?! Pois no planejamento da viagem de 2019 pesquisamos mais sobre o mercado e chegamos na mesma conclusão: é pra turista ver. Somos turistas afinal, então que seja!

Demos uma chance e vou falar: adoramos!!! Rafael foi quase amarrado, só na reclamação, e curtiu até mais que eu! Adoramos porque sabíamos o que esperar, a muvuca, as barraquinhas com coisas da china, a confusão e a fumaça, o barulho. A experiência foi tipo Hanoi (leia aqui): fomos para curtir o caos de camarote mesmo.

Sobre o passeio: compramos em uma agencia chamada Coco Voyage que fica na ruela de lojinhas que liga a Khao San à Rambuttri Road. Pagamos 350,00 BHT cada e pegamos o passeio da manhã (das 8-11h).

Pegamos uma van que demorou cerca de 1,5 horas para chegar e lá fomos direto fazer o passeio de barco pelo canal (que custa 150,00 BHT cada). Acabamos conseguindo embarcar rapidinho, mas para tanto, é importante chegar e já ir comprar o barco, sem perder tempo com as lojinhas no caminho. O passeio dura uns 30 minutos em barco compartilhado (6 pessoas) e o trajeto é super curtinho. Dá para fazer um privativo, pegando uma barco particular que sai dos canais principais e te leva para conhecer a vila ao redor. Mas sinceramente é mais legal pegar o coletivo,mesmo que depois você queira o privativo.

Só assim no calor da Tailândia. Dica: lave a lata antes de abrir!

Sobre esse passeio de barquinho, ele faz meio que a “volta no quarteirão”, que é repleta de lojinhas vendendo as mesmas bugigangas ao melhor estilo “same same”. Os barcos vão se espremendo, se batendo e vira uma gritaria dos barqueiros brigando uns com os outros e das pessoas das lojas tentando chamar a atenção dos clientes… uma farra! Quando os barcos se batem as pessoas mais finas, digamos assim, dão gritinhos achando que o barco vai virar (por isso é bem mais legal o barco coletivo) e os lojistas usam uma vara com um gancho para pescar os barcos se qualquer mínimo olhar for dado na direção de algum produto… sério, é bem legal!
Ao sair do barco, fomos andar pelo mercado em si, que é bem, pequeno, basicamente só as laterias do canal principal, não mais que um quarteirão. Do mercado é possível ver mais os barquinhos vendendo seus produtos (quando se está no meio da muvuca você não vê é nada!) e algumas coisas exóticas, como pessoas com cobras, cachorros se refrescando na geladeira e essas normalidades tailandesas que amo! Comprei um saco de biscoitinhos tipo biju de praia que um moço fez na hora e uma invenção que eu adorei: um chapéu que vira um leque, super útil!

Na hora marcada encontramos nosso guia da van e ele disse que iríamos pegar um barco para chegar até a van. No fim das contas, acabamos fazendo um mini passeio pelos arredores do mercado até chegar ao tal estacionamento.

Na volta, a questão das vans é meio confusa… você pode não pegar a que te levou (porque para eles tanto faz), então as pessoas ficam confusas e isso acaba atrasando a partida… a nossa demorou quase 1h a mais, então não marque outro passeio ou voo para a parte da tarde.

Como fechamento, o que digo é: fui, gostei e iria novamente. Tentamos ser turistas “desconstruídos”, que fogem da manada, com roteiros alternativos, mas essa experiência mostrou que as vezes (só as vezes!) a massa tem razão e os locais turísticos tradicionais tem um motivo para serem tradicionais. Ah, e sim, as fotos de lá são INCRÍVEIS mesmo, não é photoshop não… o jogo de luz e sombra nos canais de água barrenta e a cor das barracas faz as fotos ficarem show.

Um comentário sobre “Mercado flutuante Damnoen Saduak

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