Bangkok: Amphawa e Maeklong (mercados)

Antes da viagem, durante nosso planejamento, lemos muito sobre os mercados flutuantes nos arredores de Bangkok, já que são uma das atrações mais procuradas da cidade. Lemos muito sobre como esses locais foram descaracterizados pelo turismo nos últimos anos e ficamos na dúvida se valeria a pena visitar um deles. Em nosso segundo dia em Bangkok, nos convencemos de que precisávamos conhecer um dos mercados flutuantes para tirarmos nossas próprias conclusões.

Entretanto, tentamos fugir do mais famoso, o Damnoen Saduak, porque queríamos algo frequentado pelos locais e que ainda mantivesse os temperos e comidas típicos da Tailândia!

Os três mercados mais acessíveis próximos à Bangkok são:

Maeklong (mercado do trem) e Amphawa: é possível visitar os dois em um único dia, já que ficam no mesmo caminho, à cerca de 1h30 de Bangkok de carro. É possível comprar o tour direto na Khao San ou pegar uma mini van coletiva que sai do monumento da Vitória em Bangkok. Endereço do mercado flutuante: Banremu Rd., Ban Prok, Muang Samut Songkhram, Samutsongkhram 75000 | Tailândia. Aberto todos os dias das 7:30 às 17:00. O mercado do trem é famoso por ter um trem que atravessa o mercado todos dias, fazendo os vendedores retirarem suas barracas para o trem passar, dizem que é bem legal. Já Amphawa é um mercado flutuante rodeado por dezenas de barraquinhas de comidas típicas, de lojinhas de souvenires, cafés e restaurantes que vendem comidas típicas. Optamos por fazer esse dueto e contaremos mais detalhes abaixo.

Damnoen Saduak: é o maior e mais famoso mercado da Tailândia. Está a cerca de 100km de Bangkok (1h30 também). Existe há mais de cem anos e por isso é muito lotado, deve-se chegar antes das 08h00 para conseguir aproveitar. Lemos muito a respeito do quão descaracterizado e pega-turista que este mercado tem se tornado. Também é possível andar de barco pelo local. A dica aqui é tentar contratar o tour na Khao San Road que passe pelos canais pequenos e plantações de bananeiras. Edição> Na segunda visita à Tailândia, resolvemos dar uma chance e conhecer. E achamos bem legal pra falar a verdade!! É mais caótico e descaracterizado, mas também é mais divertido e fotogênico. Leia aqui.

Talin Chan: mercado que só abre de fim de semana. Neste mercado, os vendedores novamente ficam nos barcos e os compradores nas plataformas. Este mercado é o mais preservado dentre os três e é muito frequentado por famílias tailandesas que vão passear e almoçar pelo local. Outra grande vantagem é que é possível pegar um taxi até lá (saindo da estção Sanam Pao, saí por cerca de 200 BHT). Era a nossa opção número 1, mas não passamos o final de semana na cidade, então ficará para uma próxima.

Acordamos bem cedinho para aproveitar bem o dia. Optamos por nos aventurarmos indo com as mini vans que partem do monumento da vitória. A partir do nosso hotel (próximo à Khao San), colocamos no google qual ônibus deveríamos pegar até o monumento, descemos e, para nossa surpresa, o terminal que fica abaixo de um pontilhão, era um lugar bem grande, com vans espalhadas para todos os cantos. Após abordar uma quinzena de tailandeses, encontramos um que falava inglês e nos indicou o local correto para pegar as vans com destino ao Maeklong (este ponto fica bem próximo a uma loja de bolinhos e paes, que por sinal, foi um grande achado, pois sentíamos falta de comer algo do tipo de manha). Mas não há outra forma de achar a van correta a não ser perguntando para as pessoas, então tente levar o nome do mercado escrito no idioma local.

Pagamos 70 BHT por pessoa (uma pechincha) e aguardamos uns 15 minutos até a van encher e partirmos. Foi uma viagem bem tranquila de cerca de 1h30 até Maeklong. Ao descermos da van, já estávamos em frente ao mercado do trem. É bem grande e frequentado realmente por tailandeses que procuram comida fresca e temperos. Infelizmente, o trilho de trem estava em reforma e inoperante.

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Mercado do trem, em reforma no dia =/

Embora seja um mercado interessante, só vale a pena se for realmente uma parada a caminho de outro mercado. Cheque na internet o horário que o trem vai passar naquele dia para não perder a atração.

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Note as comidas vendidas em sacos, muito comum nos mercados tailandeses!

Como o trem não passaria naquele dia, haviam poucos turistas perdidos, como nós, e as caminhonetes que fazem o restante do trajeto até o mercado flutuante não estavam operando.A partir daí foi um Deus nos acuda achar um jeito de chegar em Amphawa. Em Maeklong, quantos pessoas vocês acham que sabem falar inglês ou ler nosso alfabeto?! Depois de muita mímica e risadas, uma atendente de pet shop nos compreendeu e explicou que tínhamos que pegar um busão azul, que saia da “rodoviária” em frente. A partir daí foi uma espera de cerca de 40-50min até sair até o ônibus chegar. É importante destacar que, embora as pessoas não nos compreendessem, todos tentavam ajudar e o motorista do tal ônibus ficava fazendo sinal que estávamos indo na direção certa, o melhor da Tailândia é o povo tailandês!

Ufa! Mais 20-30 min e chegamos ao mercado flutuante. Achamos um charme, mas não vá esperando conseguir as fotos ultra coloridas e um canal lotado de barcos, como Damnoen Saduak. O local é composto por um canal principal com diversas barraquinhas vendendo souvenieres (bolsas, camisetas, artesanatos, tudo típico da Tailândia e de qualidade), restaurantes à beira do canal com comidas típicas tailandesas, tudo fresco feito na hora. No canal, inúmeros barquinhos que se atracavam às margens, fazendo também comida fresca na hora.

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O mercado flutuante de Amphawa

O local tem bastante gente, mas não chega a ser lotado. Nas barraquinhas, achamos algumas peculiaridades, como lulas gigantes, peixes ensopados (não sei quem tem coragem de comer aquilo), arraias e muitas outras coisas que não temos ideia do que era, mas era bizarro e impressionante.

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Barcos restaurante dentro do canal

Após bater perna pelo local, escolhemos almoçar em um dos restaurantes com mesas na beira do canal. Foi bem gostoso, pedimos algumas vieiras (chique né) e almoçamos enquanto os barquinhos (e um barcão oferecendo massagem) passavam pelo canal.

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Almoço (vieiras!) e sobremesa (docinhos de coco)

Após o almoço, passamos mais um bom tempo passeando pelo canal, experimentando alguns doces curiosos que vimos no caminho e relaxando um pouco. Por volta das 15h00, achamos que já era hora de voltar e pegamos uma van exatamente na mesma avenida que o ônibus nos deixou. Nesta avenida, que é a única de frente ao mercado, tem várias barraquinhas oferecendo van até Bangkok, é bem fácil achar. Pagamos 100 BHT e tivemos que esperar uns 10-15min a van chegar.

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Vai um peixe ensopado na bacia aí?
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Não tenho idéia do que isso seja, achei bonito!

Enfim, foi um passeio um pouco cansativo, por não ser muito trivial chegar até lá. Nossa dica é para procurarem um passeio com van fechada partindo da Kaho San. Com certeza será um pouco mais caro, mas vai valer a pena… foi um erro termos ido com a cara e a coragem, perdemos muito tempo no deslocamento. Além disso, ressalto novamente que este mercado é mais para quem esta querendo beliscar comidas típicas e se misturar, na medida do possível, ao povo local. Se você quer fazer um passeio mais “sem erro” e conseguir aquelas fotos bonitas, escolha o Damnoen Saduak.

Cruzeiro em Halong Bay

Ao norte do Vietnã, cerca de 4-5 horas de Hanói, fica situada uma das 7 maravilhas naturais do mundo, a Baía de Halong.

Halong Bay conta com um agrupado de mais de 2 mil ilhas, dos mais variados formatos e tamanhos, pontilhadas sobre uma água verde-azulada linda. São várias as lendas que cercam o local, a versão que ouvimos do nosso guia é que um Deus mandou dois dragões com corpo de serpente para proteger o povo vietnamita dos invasores bárbaros. Os dragões desceram no mar e o movimento de seus corpos na água produziram as formações rochosas vistas hoje na baía. Além disso, os dragões tiveram centenas de filhotes e estes se transformaram em humanos e ficaram com o povo, ajudando-os a reconstruir o país. Por isso, o nome Halong significa Onde o Dragão Desceu.

É possível visitar o local com passeios de de um, dois ou três dias. Um dia é muito pouco, visto que o tempo de deslocamento desde Hanói é de 4-5 horas! Três dias, para nós, é muito tempo dentro de um barco. Por isso, optamos pelo passeio de 2 dias e 1 noite (2D1N) e achamos que foi um tempo ok.

ESCOLHENDO O CRUZEIRO

São, literalmente, centenas de barcos e opções de cruzeiro! Para escolher é necessário ficar atento a alguns pontos:

  • No Vietnã, não há lei de proteção de marcas, então é comum mais de um barco com o mesmo nome. Fique atento para não levar gato por lebre;
  • Não confie em passeios baratos. Conhecemos pessoas que tiveram que dormir com baratas. Cogite os barcos a partir de 100 dólares;
  • Leia MUITO ATENTAMENTE tudo que está sendo oferecido! É comum alguns não incluírem o passeio de kaiak ou outras atividades no valor;
  • Cheque a forma de pagamento! Alguns barcos cobram mais caro se o pagamento for realizado ao fim do passeio com cartão de crédito;
  • Os barcos realmente bons costumam lotar com 1 mês de antecedência, então fique atento. Comprar em Hanói pode até ficar mais barato, mas a chance de não ter barcos bons disponíveis é relativamente alta;
  • Negocie! Como em tudo no sudeste asiático, os preços vão caindo, basta chorar um pouco.

Definir o cruzeiro foi uma das partes mais trabalhosas de todo nosso planejamento pré-viagem. Depois de ler centenas de reviews e negociar, via email, com os 5 barcos que havíamos pré-selecionado, durante semanas, fechamos com o Galaxy Premium Cruise.

O barco está na categoria mediana, não é super luxuoso, mas fica entre os 3 e 4 estrelas. Julgamos que foi uma escolha muito adequada. Nada menos que isso é recomendável por questões de higiene e saúde (e olha que nós não somos nem um pouco frescos e já nos metemos em muita biboca por aí).

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Galaxy Cruise
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Nossa suíte (segunda classe) com vista para o mar

O PASSEIO

Uma van nos pegou no hotel as 7:30 da manhã e, após passar em mais dois hotéis, seguimos para Halong. Durante o trajeto, que demorou aprox. 4,5 horas, são distribuídas garrafas de água e há uma parada para banheiro em uma espécie de shopping de beira de estrada (com preços absurdamente fora da realidade!!!). Não compre nada lá e leve um pacote de bolacha pra matar a fome durante o caminho.

DIA 1:

Chegamos no porto por volta das 11:30 e esperamos por quase uma hora para embarcarmos (tempo usado para limpar as cabines).

Entramos no navio, deixamos as coisas no quarto, lavamos o rosto e seguimos para o almoço. O restaurante é composto por 3 grandes mesas e os passageiros são estimulados a sentarem juntos e interagirem. Lemos relatos de pessoas que detestaram ter que dividir a comida com estranhos, nós achamos bem legal. Conhecemos muita gente bacana e, inclusive, trocamos muitas figurinhas das próximas cidades do nosso roteiro.

A comida estava muito saborosa, com opções de carnes, peixes, legumes e frutos do mar. Tudo em grande quantidade! Não parava nunca mais de chegar comida!!!

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Comida de primeira, para todos os gostos.

Depois do almoço, tivemos um tempo livre. Subimos para o deck e ficamos curtindo a paisagem. Por sorte, não pegamos chuva (fevereiro é um mês bem chuvoso por lá), mas estava bem nublado, o que diminui um pouco a cor verde da água.

Por volta das 15:30, paramos para fazer kaiak pelas ilhas. Para quem não curte/tem medo, é possível pagar para os locais levarem para um passeio de barco a remo. Honestamente, quem tá na chuva é para se molhar! Colocamos um short e uma jaqueta (estava muito frio, de tremer o queixo) e fomos remando!

O passeio dura quase uma hora (o que é o suficiente, porque o braço dói de remar) e foi bem legal. Pudemos ver barcos de pesca, pescadores pegando mariscos e passamos por baixo de uma caverna linda!

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Fazendo kaiak em Halong Bay!
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Pescadores trabalhando próximo à caverna
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Nesta foto, é possível ver um pouco melhor o tom verde esmeralda da água.

Ao voltarmos para o navio, havia um lanche da tarde, com direito a vinho incluso, nos aguardando no restaurante. Fizemos uma roda e cada um se apresentou brevemente.

Após, subimos novamente para vermos mais da paisagem e esperar o por do sol.

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Pôr do sol em uma tarde nublada de Halong Bay

 

Dica, após o pôr do sol, vá tomar banho! Após o jantar a água quente acabou e o Rafa ficou sem banho!

Ficamos curtindo a paisagem, deitados em espreguiçadeiras e conversando com o pessoal até a hora do jantar, por volta das 19:00. Pouco antes desse horário, o barco atraca em uma área delimitada pela marinha do país (para terem controle e não correrem o risco de algum piloto sem noção sair navegando e bater em uma ilha a noite).

Jantamos como reis, muita comida novamente. Tudo muito gostoso e variado! Terminado o jantar, fomos pescar lulas!

Confesso que não é fácil, ficamos lá durante umas duas horas e só duas pessoas (o que não nos inclui) pegaram alguma coisa. Mas foi divertido, rolou uma competição e muita risada.

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Tentando pescar alguma coisa…

Cada um ficou lá pelo tempo que desejou e, depois, subimos para o restaurante, onde foi montado um karaoke. Como no nosso grupo haviam duas meninas de Singapura que mandavam muuuuito bem, nós ficamos lá escolhendo as músicas e elas cantando. Rolou até “My Heart will go on” (música tema do Titanic), meio inapropriado, mas foi engraçado!

Lá pelas 11:00 fomos dormir. Preciso dizer: a noite fez muuuuito frio! Acordei com dor de garganta  =/

DIA 2:

Acordamos as 7:00 e subimos para uma aula de Tai Chi Chuan. Depois descemos e tomamos café da manhã (com direito a pho, lógico).

Por volta das 9:00, fomos visitar a caverna de Hang Sung Sot (Surprise Cave).

Para chegar até lá, subimos uma escadaria bem íngrime, atrás de outras dezenas de pessoas de outros barcos. Como fomos fora de temporada, o lugar não estava tão lotado, mas mesmo assim estava beeem cheio.

A caverna é gigantesca, mas é toda iluminada por umas luzes coloridas bizarras que descaracterizam a beleza natural do lugar. Tirando isso e o fato do nosso guia estar meio acelerado no dia, nos puxando e mandando parar de fotografar e andar (acreditem…), o passeio é ok… nada imperdível, mas legal.

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A vista valeu a subida 😉
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O lado iluminado de forma menos bizarra da caverna
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Neon colorido, precisa disso?!

O passeio durou 1 hora. Voltamos para o barco, arrumamos as malas e liberamos os quartos.

Subimos então para a aula de culinária, enquanto o almoço era preparado.

Depois da aula, tivemos mais um tempo para curtir a paisagem antes de almoçarmos. Comemos, já ancorados no pier, e saímos do navio por volta das 12:00.

VALE A PENA?

Tenho minhas dúvidas. O passeio ficou bem salgado (pegamos o dólar a 4 reais! não estávamos esperando por isso) e o dia não estava bonito.

Halong Bay é bacana, é bonita e diferente… mas eu não iria novamente. O passeio é meio paradão, apesar das atividades. Honestamente, trocaria os dois dias em Halong por um dia em Sapa e mais um dia nas ilhas da Tailândia.

Singapura em um dia

Singapura (ou Cingapura, ambas as grafias estão corretas) é uma cidade estado muito organizada e economicamente importante, fazendo parte dos chamados Tigres Asiáticos. Cerca de 5 milhões de pessoas habitam a cidade, sendo que pouco mais de 2 milhões nasceram lá. Como a cidade é composta basicamente por imigrantes e filhos de imigrantes, são 4 os idiomas oficiais! Só com base nesses números já dá para ter uma idéia do caldeirão cultural que a metrópole oferece.

Como a pegada da nossa viagem era mais cultural e histórica, decidimos não usarmos muito do nosso tempo e ficamos 24 horas na cidade. Para nós, foi o suficiente. O Rafa gostou bastante, ficaria mais, eu, Camila, achei que foi o tempo ideal.

Dica útil: antes de desembarcar na cidade, leia sobre as leis locais. Demonstrar afeto em público ou mascar chicletes são proibidos (entre outras coisas) e podem render multas ou até chibatadas! Além disso, não saia sem seu lenço umedecido e álcool em gel. Embora a cidade seja ultra-moderna, no bairro indiano é quase impossível encontrar papel higiênico!

TRANSPORTE E HOSPEDAGEM

Singapura é uma cidade que conta com ampla rede de metrô. Para sair do aeroporto, pegue o metrô nos Terminais 2 ou 3 (linha verde) e siga para a cidade:

Linha Violeta = Harbour Front (Sentosa Island / Universal Studios) + Chinatown + Clarke Quay + Little India

Linha Vermelha = Marina Bay Sands Cassino + City Hall + Funan Mall + Orchard Road + Novena

Linha Verde = Aeroporto + City Hall + Chinese Gardens + Arab Street + Buggis Street

Mas atenção ao horário de chegada do seu vôo!! O metrô fecha meia noite, mas quando alguma linha esta em manutenção, ele fecha as 23:00! O mais engraçado é que pegamos o metrô as 23:00 no aeroporto e, do nada, ele parou duas estações a frente e os funcionários começaram a gritar que tínhamos que sair, que o metrô estava fechando! Bizarro! Ficamos perdidos no meio da cidade, disputando um taxi com outras dezenas de pessoas na mesma situação.  Pelo menos o taxi não é muito caro por lá…

Ficamos hospedados na rede Hotel 81, que não é lá grandes coisas, mas tem hotéis com boa localização e a um preço bem menor que o praticado no restante da rede hoteleira local (depois descobrimos que as pessoas só vão a essa rede para fazerem “negócios”, por assim dizer… basicamente, dormimos em um motel sem saber).

O QUE VISITAR:

Arab Street: o bairro árabe é bem bacana, tem muitas lojas de tecidos (incríveis, tecidos riquíssimos como nunca vi antes) e de perfumes sem álcool, que são uma ótima lembrancinha, se você tiver alguns dólares pra gastar. Além disso, são muitos os restaurantes típicos, todos muito agradáveis e limpos. Encaixe a visita ao bairro perto da hora do almoço!! No bairro fica ainda a grande Mesquita do Sultão. A construção é muito imponente e visitantes são bem vindos (eles inclusive emprestam roupas, caso você esteja com ombros de fora).

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A imponente Mesquita do Sultão.

É bacana observar as diferentes culturas convivendo no bairro, vale a pena!

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Caldeirão cultural da Arab Street.

Chinatown: na estação de metro de  Chinatown, busque a saída A com direção a Pagode Street, a principal rua da super limpa e organizada Chinatown de Singapura. Ande pela rua e observe as casinhas típicas em estilo chinês. Próximo ao fim da rua (que é bem curtinha), será possível observar o muro do templo hindu Sri Mariamman, cuja entrada fica virando a direita, na South Bridge Road. Esse templo tem esculturas bem bonitas e coloridas, ao estilo indiano. A entrada é gratuita, mas é necessário pagar 5 dólares de Singapura para fotografar. Ainda na South Bridge Road, voltando no sentido da Pagode Street, há a Mesquita Jamae, que é relativamente grande e tem um estilo arquitetônico diferente das mesquitas tradicionais. A entrada também é franca e eles emprestam uma espécie de capa para as mulheres. Depois, retornamos em direção ao Sri Mariamman e viramos na primeira rua a direita, chamada de Temple Street, que se transforma, no final do dia, na Chinatown Food Street. Passeie pelas ruas transversais também. De modo geral, o passeio todo vai demorar entre 1 e 2 horas, a Chinatown de Singapura é bem pequena e descaracterizada… vale a passagem mesmo pelos templos e mesquitas que ficam nos arredores.

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Fachada do templo Sri Mariamman

 

Buddha Tooth Relic Temple: quase saindo de Chinatown, ainda pela South Bridge Road, há o grande e lindíssimo Buddha Tooth Relic Temple. Imponente por fora e magnífico por dentro, o templo é bem diferente de todos os outros que visitamos na Tailândia/Camboja/Vietnã e mistura imagens de Buda com imagens de deuses hindus, tudo em meio ao mais absoluto luxo. A entrada também é franca e há um cesto com lenços para quem estiver vestido com roupas sem manga, não deixe de visitar!

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O rico Buddha Tooth Relic Temple.

Little India: um pouco maior que Chinatown e Arab Street, o bairro indiano nos passou a impressão de ser o mais legítimo dos três em termos de apego às tradições. A rua principal do bairro é a Serangoon Road, uma rua de comércio onde é possível encontrar temperos, incensos, roupas e filmes indianos. Não deixe de entrar nas pequenas lojas e explorar os produtos legitimamente indianos (que muitas vezes você não tem idéia de para que servem)!! Nessa rua ainda ficam o Tekka Market Centre (mercado de secos e molhados) e o templo hindu Sri Veeramakaliamman Temple. Dizem que o templo é lindo, mas não conseguimos entrar, já que o templo fecha das 12:30h às 16h! Outra rua ótima para comprar coisinhas, é a Buffalo Road. Siga pela Seragoon Road até o cruzamento com a Syed Alwi Road, onde se encontra o Mustafa Centre, uma enorme loja de departamentos. Nós almoçamos por lá, na Komala’s, uma espécie de fast food indiano. Pedimos um dosai, um tipo de panqueca gigante que você mergulha em quatro molhos, servidos em baldinhos comunitários (sim, passei mal).

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Dosai e os baldinhos comunitários de molho: sabor e salmonela em uma refeição!

 

A locomoção entre Arab Street, Little India e Chinatown pode ser feita de metrô ou a pé. Fomos andando e os locais são relativamente perto um dos outros.

Marina Bay: para chegar até lá, é possível ir andando a partir de Little India (um pouco longe, mas possível) ou pegue o metrô até o City Hall ou até o Marina Bay Cassino. É na marina onde fica a famosa roda gigante, o hotel Skypark (o icônico prédio com um barco em cima), parte da pista do GP de F1 e o símbolo máximo da cidade, o Merlion. A partir do deck de observação do Merlion, é possível ter uma vista bem legal da quantidade e imponência dos prédios da cidade. De lá, fomos andando, passando pela pista de F1 e pela roda gigante, até o Skypark, cujo lobby é aberto ao público. Também é possível subir até o topo, no navio, onde existe um restaurante e uma piscina com borda infinita (mas atenção, só é permitida a subida de quem disser que vai no restaurante… e lá uma água custa 15usd!).

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Nos despedimos da Ásia com esse passeio rápido, mas eficiente, pela moderna Singapura e, as 23:00, pegamos nosso avião de volta para a casa!